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Giordano Bruno, a fogueira que deu início ao declínio da Europa. Artigo de Massimo Cacciari

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20 Fevereiro 2017

“A Europa que se afunda na sua caverna egoica, que está levando a resultados extremos aquele declínio moral e político, já tragicamente iluminado no dia 17 de fevereiro de 1600 pela fogueira de Giordano Bruno no Campo dei Fiori, esta Europa de muros, prisões fictícias e potências impotentes, entrará em erupção pela potência da própria Natureza, se se obstinar em não escutar a voz dos seus grandes, o impiedoso realismo das suas profecias, as suas dolorosas verdades.”

A opinião é do filósofo italiano Massimo Cacciari, ex-prefeito de Veneza, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 17-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Quando Giordano Bruno foi conduzido à fogueira e jogou na cara dos seus executores as palavras: “Talvez vocês têm mais medo ao me infligir esta condenação do que eu ao sofrê-la”, e Tommaso Campanella, torturado cruelmente em Castel Nuovo, simulou a loucura para salvar a vida, a Europa está no vórtice daquelas guerras civis e entre Estados, guerras “totais”, políticas e religiosas, econômicas e ideais, que só depois de meio século encontrariam uma “paz”, repleta de todos os futuros e conflitos ainda mais terríveis.

Estas lutas marcavam para Bruno a decadência da Europa, o seu declínio político e moral. Nele e em Campanella, sopra o espírito dos grandes reformadores. Para ambas, é vazia qualquer filosofia que não liberte o homem em busca da própria felicidade. Qualquer ato é lícito para persegui-la, porque a nossa natureza a exige como seu próprio fim. Mas, para conquistá-la, é necessário derrotar – e em nós mesmos, acima de tudo – os demônios da superstição, do medo, da inveja, do egoísmo, da injustiça.

É preciso despachá-los, preparando a espera de novos heróis fundadores, novos Perseus, libertadores de Andrômeda-Europa, prisioneira dos monstros. Bruno e Campanella vêm da experiência direta das desastrosas condições dos povos do Mezzogiorno [sul da Itália], corre nas suas veias o antigo sangue dos nomótetas pitagóricos de Magna Grécia e também o da profecia medieval do abade de San Giovanni in Fiore.

Tal era também o significado autêntico da tradição civil, republicana do nosso Humanismo. Não ressuscitar o Antigo, mas suscitar os modernos para estarem à altura, para imitarem a sua virtude, isto é, a sua potência da mente e das artes, a sua potência construtiva.

E como alcançar essa altura sem furor? Nada de vagamente “estático” no fim, nada de imaginativamente “romântico” ou irracional. Uma grande reforma política e religiosa, a ponto de envolver em si todas as dimensões da vida, não seria nem mesmo concebível sem que, a ela, tendessem todas as nossas faculdades, toda a mente e todo o coração, e o próprio corpo. Sim, este corpo, as mãos, instrumento divino, os seus nervos são infinitamente mais do que res extensa.

Matéria não é inópia, não é egestas, mas “coisa divina e ótima parente”. Tudo é animado; nem um átomo de matéria é “inorgânico”. Vibra neste genus italicum do pensamento europeu a ideia de physis, Natura naturans, fonte inesgotável, das primeiras filosofias, de Demócrito, de Empédocles, mas também da Vênus lucreciana.

Para Bruno, a Natureza é infinita explicação através de infinitos efeitos da Infinita Causa. Efeitos finitos, é claro, res singulares, traços finitos ou vestigia ou sombras finitas daquela Causa, mas que formam um Todo infinito. A Causa é imanente a eles. O “obtuso sentido” capta apenas entes divididos, separados uns dos outros, ou conexões parciais. Mas a mente, que nos dota “os ombros de asas”, reconhece a Harmonia de alma e matéria, e, reconhecendo a Infinidade da Causa, também conhece a finitude infinita das suas explicações. Infinitas finita.

Essa é a própria infinidade de nossa inteligência, que tudo indaga, que de todo ente finito quer descobrir a essência, mas “nunca se satisfaz”. Na Causa ou em Deus, ser e poder coincidem em ato. No entanto, também para nós vale a coincidência, também nós somos aquilo que podemos; a perfeição do nosso ser é medida pela sua potência. Quanto mais compreendemos a harmonia entre Infinita Causa e infinidade dos seus efeitos, mais a nossa mente se revelará perfeita explicação da própria Causa.

E, se este é o fim que a sua natureza lhe impõe, se em si e em toda a Natureza não vê nada que posa ser forçado a fronteiras rígidas e predeterminadas, nenhuma Lei que possa prever as formas pelas quais se poderia explicar a Infinita Causa, então todo o cosmos inteiro lhe parecerá imagem de liberdade. Com as asas da mente, todo “cárcere fictício” é transgredido. “Não existem fins, termos, margens, muralhas que nos defraudem e roubem a infinita abundância das coisas.” Como conectar a inteligência a aparências individuais? Como murá-la, se ela é vestígio, sombra, sombra do Infinito? Mais cedo ou mais tarde, é inevitável que ela se desperte. Mas não há, no discurso do Nolano, nenhuma retórica do “ultrapassamento”, do “sempre além”.

A fecundidade da Natureza, da qual a mente participa por constituir a sua parte observante-interpretante, não se resolve em um mero “jogar fora” membros dispersos, quase destroços de uma ressaca. A Natureza cria e harmoniza, criando, conecta e compõe; os seus elementos, embora permanecendo sempre distintos, sem nunca se confundir, dialogam uns com os outros, até mesmo a infinita distância, “recordam-se” um ao outro até mesmo depois de tempos infinitos. Um divino colóquio parece ser, no fundo, a própria Causa.

É desse colóquio que a filosofia é chamada a se fazer imagem. O filósofo estuda a amizade entre os seres, as formas da sua conexão. É magia boa, que “desposa” os elementos. A guerra que nos separa até nos negar não é, então, apenas um regresso ao estado do homem lobo do homem, não é apenas loucura oposta àquele furor do qual se falou, mas pretenderia negar o supremo e ontológico vínculo de amor que rege o universo na infinidade dos seus mundos.

Cada muralha que aqui se quiser levantar trai, então, não simplesmente esta ou aquela ideia, ou é injusta para com este ou aquele homem, mas pretende se rebelar contra o eterno criar da própria Natureza, da qual a liberdade da mente é explicação e imagem.

A Europa que se afunda na sua caverna egoica, que está levando a resultados extremos aquele declínio moral e político, já tragicamente iluminado no dia 17 de fevereiro de 1600 pela fogueira de Campo dei Fiori, esta Europa de muros, prisões fictícias e potências impotentes, entrará em erupção pela potência da própria Natureza, se se obstinar em não escutar a voz dos seus grandes, o impiedoso realismo das suas profecias, as suas dolorosas verdades.

Memória ativa, imaginativa, memória de forças que podem ser a gênese do nosso futuro. Memória que esta Europa parece comprometida apenas a esquecer.

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