Governo italiano esclarece regras de confinamento para igrejas

Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

31 Março 2020

Embora muitas igrejas na Itália permaneçam abertas, visitar uma igreja para rezar não é uma desculpa válida para sair de casa durante o confinamento da Covid-19 na Itália, afirmou uma nota do Ministério do Interior italiano.

A reportagem é de Cindy Wooden, publicada em Catholic News Service, 30-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O cardeal Gualtiero Bassetti, de Perugia, presidente da Conferência Episcopal Italiana, pediu ao governo que esclareça as regras do confinamento e como elas se aplicam à Igreja e aos serviços eclesiais.

As pessoas que desejam rezar em uma igreja podem fazê-lo apenas se “a igreja estiver situada ao longo do caminho” que leva a um motivo aprovado pelo governo para sair de casa: ir ao supermercado, farmácia, consultório médico ou para trabalhar quando for necessário e não puder ser feito de casa, disse a resposta do ministério, que foi publicada em seu site no dia 28 de março.

As forças da lei podem deter qualquer pessoa que esteja em público; quando saem de casa, as pessoas são obrigadas a levar consigo uma “autocertificação”, jurando que não estão em quarentena e não obtiveram um resultado positivo para a Covid-19 e declarando o motivo pelo qual estão fora.

O governo pode multar ou até prender aqueles que mentirem no formulário. Somente no dia 28 de março, segundo o ministério, a polícia exigiu os formulários de mais de 203.000 pessoas e multou perto de 5.000 delas. Os números não incluem o número de pessoas que a polícia simplesmente aconselhou a voltar para casa.

Após quase três semanas de confinamento, Roberto Speranza, ministro da Saúde da Itália, disse no dia 29 de março que o país ainda estava na pior fase da pandemia, e que as pessoas não deveriam baixar a guarda. O Ministério da Saúde informou naquele dia que um total de 97.689 pessoas na Itália haviam testado positivo para a Covid-19 desde fevereiro; 10.779 pessoas morreram; e 13.030 se recuperaram.

O Departamento de Liberdades Civis e Imigração do Ministério do Interior, na nota sobre como as medidas do confinamento afetam as igrejas, afirmou: “As medidas para conter a emergência epidêmica da Covid-19 trazem consigo a limitação de vários direitos constitucionais, incluindo o exercício de culto, mas não preveem o fechamento de igrejas nem a proibição de celebrações religiosas”.

“No entanto, as cerimônias devem ocorrer apenas na presença dos celebrantes e dos assistentes necessários para o rito – sem a presença dos fiéis – para evitar aglomerações que possam se tornar potenciais ocasiões de contágio”, disse a nota.

Os casamentos, segundo o texto, não estão proibidos, mas as mesmas regras se aplicam: “Eles podem ocorrer apenas na presença do celebrante, da noiva e do noivo, e das (duas) testemunhas, respeitando a distância prescrita entre os participantes”.

O ministério também forneceu algumas orientações logísticas para a celebração das liturgias da Semana Santa e da Páscoa, que serão transmitidas ao vivo.

“As presenças das pessoas devem ser entendidas como limitadas aos celebrantes, ao diácono, ao leitor, ao organista, ao cantor e aos que lidam com a transmissão”, afirmou o comunicado. Essas pessoas, e somente elas, se detidas pela polícia, podem indicar uma “obrigação de trabalho necessária” como motivo em seu autocertificado, “mesmo que o serviço litúrgico não seja estritamente comparável” a um emprego.

Leia mais