01 Agosto 2018
A abertura de uma base na Patagônia é um dos símbolos mais recentes dos planos de Pequim de se assentar na região, uma estratégia que envolve o futuro econômico de vários países e é celebrada por alguns e temida por outros.
O artigo é de Ernesto Londoño, publicado por The New York Time, 28-07-2018. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
A antena gigantesca se levante desde o solo do deserto como uma aparição, uma torre de metal resplandecente que se eleva dezesseis andares sobre um trecho interminável da Patagônia, açoitado pelo vento.
O dispositivo de 450 toneladas, com seu enorme prato que parece abraçar os céus abertos, é a atração principal de uma estação de controle para satélites e missões espaciais que tem um valor de 50 milhões de dólares e foi criação do Exército chinês.
A base solitária é um dos símbolos mais impactantes da estratégia que Pequim vem implementando por muito tempo para transformar a América Latina e dar forma ao futuro da região.
Frequentemente, por manobras que batem diretamente no poder político, econômico e estratégico dos Estados Unidos no continente.
A estação começou suas operações em março e teve um papel essencial na audaz expedição que planeja China para o lado mais distante da Lua. Os funcionários argentinos dizem estar eufóricos por apoiar essa iniciativa.
Embora, a maneira em que se negociou a base – em segredo, quando Argentina estava desesperada por captar investimentos – e as preocupações de que esta poderia melhorar as capacidades da China para coletar informações no hemisfério explodiram um debate na Argentina sobre os riscos e benefícios que implica deixar-se guiar à órbita da China.
“Pequim transformou as dinâmicas da região, desde as agendas dos seus dirigentes e empresários até a estrutura de suas economias, o conteúdo da sua política e inclusive suas dinâmicas de segurança”, disse R. Evan Ellis, professor de Estudos Latino-americanos da Escola Superior de Guerra do Exército dos Estados Unidos.
Na última década, Estados Unidos colocam pouca atenção no hemisfério; em seu lugar anunciou um giro para a Ásia, com a esperança de fortalecer as relações econômicas, militares e diplomáticas como parte da estratégia de governo de Obama para coar o poder chinês. Enquanto isso, China levou a cabo discretamente um plano de grande alcance na América Latina.
Expandiu o comércio de maneira considerável, resgatou governos, construiu enormes projetos de infraestrutura, fortaleceu os laços militares e assegurou imensas quantidades de recursos, assim, enlaçou seu destino ao de vários países da região e vice-versa.
China deixou muito claras suas intenções em 2008. No primeiro documento político do tipo, que então não chamou muita atenção, Pequim argumentou que as nações da América Latina estavam “em um nível de desenvolvimento similar” ao da China e que ambas partes tinham muito o que ganhar.
Os líderes da região foram mais que receptivos. Um quadro de presidentes de esquerda – de países como Brasil, Argentina, Venezuela, Equador, Uruguai e Bolívia – que queriam uma região mais autônoma desafiavam a primazia que Washington tinha sobre a América Latina e que em grande medida dava por sentada desde o final da Guerra Fria.
O convite de Pequim chegou em um momento fortuito: durante o ponto mais alto da crise financeira. Apegando-se ao apetite voraz da China por petróleo, ferro, soja e cobre da região, América Latina ficou um pouco protegida da pior parte do dano à economia mundial.
Depois, quando o preço do petróleo e de outros produtos básicos despencou em 2011, vários países da região se encontraram de imediato em um terreno instável. Uma vez mais, China correu à ajuda e, por meio de uma série de acordo, consolidou ainda mais seu papel de ator central na América Latina por décadas.
Apesar de que haja lugares da América Latina que estejam dando um giro para a direita em termos políticos, os dirigentes da zona adaptaram suas políticas para satisfazer as demandas chinesas. O domínio de Pequim em uma grande parte da região, e o que isso significa para a relação com Estados Unidos, tornou-se cada vez mais evidente.
“É uma fato consumado”, disse Diego Guelar, o embaixador argentino na China. Em 2013, Guelar publicou um livro com um título alarmante: La invasión silenciosa: el desembarco chino en América del Sur (A invasão silenciosa: o desembarque chinês na América do Sul, tradução livre).
“Já não é silenciosa”, disse Guelar, referindo-se à incursão da China na região.
No ano passado, o comércio entre China e os países da América Latina e o Caribe alcançou os 244 bilhões de dólares, mais que o dobro do que se gerou uma década antes, de acordo com o Centro de Política de Desenvolvimento Global, da Universidade de Boston. Desde 2015, China foi o principal sócio comercial da América do Sul, com o qual eclipsou os Estados Unidos.
Talvez de maneira mais significativa, China desembolsou bilhões de dólares em empréstimos para o continente americano que estão respaldados com produtos básicos, o que se permitiu reivindicar durante anos uma grande porção do petróleo regional, incluindo quase os 90% das reservas do Equador.
China também se tornou indispensável, pois resgatou governos em problemas e a empresas estatais vitais para países como Venezuela e Brasil, com o qual demonstrou estar disposta a fazer grandes apostas para garantir seu lugar na região.
Na Argentina, uma nação que havia ficado fora dos mercados creditícios a nível internacional por não cumprir o pagamento de cerca de 100 bilhões de dólares em bonificações, China se converteu em uma benção para a então presidenta Cristina Fernández Kirchner. E, enquanto lhe estendia uma mão amiga, Pequim começou a negociar em segredo a estação de satélite e de controle espacial na Patagônia.
Os funcionários argentinos asseguram que os chineses aceitaram a não utilizar a base para fins militares. Não obstante, especialistas argumentam que a tecnologia com a que conta a estação tem muitos usos estratégicos.
Frank A. Rose, que foi subsecretário de Estado para o controle de armas durante o governo de Obama, mencionou que em anos recentes China desenvolveu tecnologia sofisticada para interferir, alterar e destruir satélites.
Ademais, os especialistas asseguram que as antenas e outros equipamentos que utilizam de respaldo em missões espaciais, similares as que tem os chineses na Patagônia, possivelmente aumentem a capacidade da China para coletar informações.
“Uma antena gigante é como uma enorme aspiradora”, comentou Dean Cheng, que trabalhou como investigador no Congresso estadunidense e agora estuda a política de segurança nacional da China. “Sugam sinais, informação, todo tipo de coisas”.
Um porta-voz do Pentágono, o tenente coronel Christopher Logan, disse que os oficiais castrenses estadunidenses ainda analisam as implicações da estação de monitoramento chinês. Funcionários chineses rechaçaram solicitações de entrevistas acerca da base e dos programas espaciais.
No entanto, além de qualquer disputa estratégica com os Estados Unidos, alguns líderes latino-americanos têm dúvidas e remorsos sobre os laços com a China, pois lhes preocupa que os governos anteriores tenham carregado seus países com enormes dívidas e tenham hipotecado seus futuros.
Porém, Guelar argumentou que deveria ter pouca visão ao futuro para frear as relações com China, em particular em um momento em que Washington renunciou ao papel de âncora econômica e política que desempenhou durante muito tempo na região. “Abdicou” de sua liderança, disse, “porque não quer assumi-la”.
Em 2009, o governo argentino estava em crise. A inflação era alta, estavam a ponto de vencer as datas para pagar bilhões de dólares em dívidas, o descontentamento contra o governo ia em aumento (entre outras coisas, pela decisão de nacionalizar fundos privados de pensões que tinham um valor de 30 bilhões de dólares). Ademais, a pior seca em cinco décadas fez que a situação econômica se tornasse ainda mais desalentadora.
Porém chegou China e deu um passo à frente para iluminar o futuro. Em primeiro lugar, fechou um acordo de troca de moedas (ou swap) de 10 bilhões de dólares que ajudou a estabilizar o peso argentino, e depois, prometeu investir outros 10 bilhões de dólares para arrumar o deteriorado sistema ferroviário do país.
Em meio essa situação, China também enviou uma equipe a Argentina para discutir um assunto que não tinha nada a ver com a flutuações monetárias: as ambições espaciais de Pequim. Os chineses queriam contar com um centro no outro hemisfério do planeta que pudesse rastrear satélites antes de lançar uma expedição ao lado mais distante da Lua, o qual nunca se pode ver da Terra. Se a missão – cujo lançamento está programado para esse ano – tiver êxito, será um marco na exploração espacial e é provável que trace o caminho para a extração de hélio 3, um isótopo que alguns cientistas consideram uma fonte potencial e revolucionária de energia limpa.
Mapa da base espacial chinesa em Neuquén. Fonte: NYT
A Agência Nacional Chinesa de Lançamento, Rastreamento e Controle Geral de Satélites, uma divisão das forças armadas do país, se estabeleceu neste pedaço de 200 hectares cortado pelo vento na província de Neuquén. Flanqueado por montanhas e distante dos centros povoados, o sitio oferecia um ponto estratégico para que Pequim monitorasse satélites e missões espaciais as 24 horas do dia.
Félix Clementino Menicocci, o atual secretário geral da Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina, mencionou que os chineses convenceram os funcionários argentinos com a promessa de que haveria desenvolvimento econômico, e com a possibilidade de serem facilitadores de uma iniciativa que faria história. “Se tornaram os grandes atores do espaço em tão poucos anos”, disse Menicocci sobre o programa espacial chinês.
Depois de meses de negociações em segredo, o governo chinês e o da província de Neuquén firmaram um acordo em novembro de 2012, com o qual a China obtinha o direito a utilizar o terreno – sem pagamento de renda – durante cinquenta anos.
Quando os legisladores provinciais se inteiraram do projeto, a construção já estava em marcha, e alguns se horrorizaram. Betty Kreitman, então deputada de Neuquén, disse que estava indignada de que o Exército chinês tivesse permissão de montar uma base em território argentino.
“É vergonhoso renunciar à soberania no seu próprio país”, se lamentou Kreitman.
Disse que quando visitou o local da construção, pressionou os funcionários chineses para que lhe dessem repostas, porém saiu com um sentimento de consternação ainda maior.
“Essa é uma janela para o mundo”, recordou Kreitman que lhe comentou o supervisor chinês do local. “Me deram calafrios. O que se faz com uma janela que se vê o mundo? Se espia a realidade”.
A proposta não foi sutil, porém nunca foi a intenção que fosse.
O documento de política da China sobre América Latina em 2008 prometeu aos governos da região um “tratamento entre iguais”, uma clara referência à relação assimétrica entre Estados Unidos e seus vizinhos do hemisfério.
Quando “diminuiu nossa relação com os Estados Unidos, cresceu a que tínhamos com a China”, disse a ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, cuja os laços com o governo de Obama foram afetados depois que se revelou que funcionários estadunidenses haviam espionado ela, em seu círculo íntimo e a empresa estatal petroleira do Brasil. “Nunca sentimos que China tivesse propósitos imperialistas conosco”.
A nova aliança rendeu frutos, já que serviu para que se impulsasse na América Latina o tipo de taxas de crescimento que invejavam Europa e Estados Unidos.
“América Latina ganhou a loteria chinesa”, comentou Kevin P. Gallagher, um economista da Universidade de Boston. “Ajudou que a região tivesse seu crescimento acelerado mais importante desde a década de 1970”.
Não obstante, segundo Gallagher, a recompensa trouxe um risco significativo. Indústrias como a agrícola e a mineira estão sujeitas aos ciclos de auge e recessão nos preços dos produtos básicos, portanto, dependendo demasiado delas é uma aposta muito arriscada a longo prazo.
Precisamente, com o tempo, os preços dos produtos básicos no mundo cambalearam. Em julho de 2014, enquanto vários líderes de esquerda presidiam economias em apuros, China revelou planos ainda mais ambiciosos para a região. Em uma cúpula celebrada no Brasil, o presidente Xi Jinping anunciou que Pequim aspirava a elevar o comércio anual com a região a 500 bilhões de dólares no prazo de uma década.
Em uma entrevista com jornalistas, Xi fez referência a um refrão chinês – “Um amigo próximo que está longe de terras distantes” – citou o herói nacional de Cuba, José Martí, assim como o autor brasileiro Paulo Coelho, e recitou uma linha do poema épico da Argentina “A volta de Martín Fierro”, de José Hernández: “Os irmãos sejam unidos, porque essa é a lei primeira”.
Logo, a China deu um passo que alertou ao Pentágono. Em outubro de 2015, o Ministério da Defesa da China recebeu funcionários de onze países latino-americanos em um fórum de dez dias sobre logística militar que se intitulou: “Fortaleceu o entendimento e cooperar para o benefício mútuo”. A reunião teve como base os laços que a China estabeleceu com exércitos da América Latina, incluída a doação de equipamentos ao Exército colombiano, o sócio mais próximo a Washington na região.
Adotando o manual estratégico que os Estados Unidos havia utilizado em todo o mundo, China organizou exercícios conjuntos de treinamento, entre eles missões navais sem precedentes na costa brasileira em 2013 e na chilena em 2013. Assim mesmo, Pequim convidou um número cada vez maior de oficiais de exércitos latino-americanos de distintos níveis para desenvolver sua formação militar na China.
Os contatos sentaram as bases para que a China venda equipamentos militarem na América Latina, onde a indústria de defesa estadunidense foi considerada por muito tempo o padrão, comentou Ellis, o acadêmico da Escola Superior de Guerra.
Nos últimos anos, Venezuela gastou cem milhões de dólares em armas e equipamentos militares da China. Bolívia comprou aeronaves chineses valorizadas em dezenas de milhões de dólares. Argentina e Peru firmaram acordos mais discretos.
Ellis assinalou que os chineses provavelmente também tenham buscados sustentar relações de cooperação com nações latino-americanas prevendo qualquer possível conflito com os Estados Unidos.
“China está se posicionando em um mundo que é seguro para sua ascensão”, disse Ellis. “Se falarmos do mundo de 2049, desde a perspectiva da América Latina, China terá ultrapassado Estados Unidos, sem dúvidas, em quanto ao poder absoluto e tamanho. Francamente, caso se trate de um conflito sustentado, se chegaria a um ponto no qual não poderia negar a possibilidade de que as forças chinesas operaram em bases na região”.
Apenas umas semanas depois de que a estação espacial começara suas operações na Patagônia, Estados Unidos fez um anúncio que causou surpresa na Argentina: o Pentágono financiará um centro de atendimento de emergências em Neuquén, a mesma província onde se encontra a base chinesa. É o primeiro projeto estadunidense desse tipo em toda Argentina.
Os funcionários locais e os habitantes da zona se perguntaram se a manobra era uma resposta de olho por olho à recente presença da China nesta parte remota do país. Funcionários estadunidenses asseguraram que o projeto não estava relacionado com a estação espacial e que o centro só teria argentinos na equipe de trabalho.
Os especialistas em América Latina da Casa Branca durante o governo de Obama observaram com receio a ascensão chinesa na região. Embora, ex-funcionários assegurem que Washington não deu muita contraproposta.
“Gostaria que durante todo o tempo que trabalhei na América Latina algum governo estadunidense ao menos tivesse analisado, encontrado recursos e planejado uma política que fosse o pivô entre Ásia e a região latino-americana”, comentou John Feeley, que acaba de renunciar a seu cargo de embaixador estadunidense no Panamá depois de quase três décadas de carreira. “Desde o final da década dos anos oitenta, na realidade, nunca houve uma estratégia exaustiva e a largo prazo relacionada com o hemisfério”.
Apesar de que o presidente Barack Obama recebeu uma grande quantidade de elogios na região por haver restaurada as relações diplomáticas com Cuba ao final de 2014, ao centro da agenda de Washington se mantiveram dois assuntos que geram ressentimento na América Latina há muito tempo: a guerra contra as drogas e a imigração ilegal.
Ainda que o governo de Donald Trump ainda não articulou uma política concisa para o hemisfério, advertiu aos seus vizinhos que não se aproximem muito da China. O ex-secretário de Estado Rex Tillerson advertiu em público que a América Latina não necessitava novas “potências imperiais”, e acrescento que a China “está utilizando sua política econômica para colocar a região na sua órbita; a pergunta é ‘a que preço?’”.
É uma pergunta que se debate com veemência em certos rincões. Em fevereiro, o ex-presidente do Equador Rafael Corrêa foi interrogado por fiscais como parte de uma investigação para saber se a decisão de prometer à China as reservas de petróleo bruto do país até 2024 havia prejudicado os interesses nacionais.
Na Bolívia, um país que também presenciou um aumento repentino de investimentos chineses, evadiram várias indústrias devido a que os produtos chineses são mais baratos e mais fáceis de se comprar, apontou Samuel Doria Medina, um empresário e político boliviano que foi adversário de Evo Morales como candidato à presidência em três ocasiões.
“Nossa dependência financeira, comercial e, finalmente, política segue crescendo”, disse Doria. Bolívia e os líderes de esquerda de vários países que ataram seu destino à China “hipotecaram o futuro” de suas nações, disse.
Todavia, a influência da China não diminuiu apesar do giro à direita que se deu na América Latina. Em meses recentes, Pequim persuadiu o Panamá e a República Dominicana para que cortem seus laços com Taiwan, vitória notável para uma das prioridades da política externa chinesa.
Jorge Arbache, o secretário de assuntos exteriores do Ministério do Planejamento do Brasil, disse que não se afiançou uma colaboração mais ambiciosa com Washington devido “a falta de previsibilidade”, enquanto que China havia sido muito mais clara a respeito de sua visão.
“Todos esperam que China tenha ainda mais influência”, sentenciou Arbache.
Ao final de 2015, pouco depois de ter sido nomeado embaixador da Argentina na China, disse Guelar, se armou de valor para uma árdua tarefa: pressionar para a renegociação do acordo pela estação espacial.
O governo anterior, afirmou Guelar, havia dado demais, pois cometeu a imprudência de não especificar que a base só podia ser utilizada para fins pacíficos.
Para sua surpresa, disse, os chineses aceitaram que a base se usasse apenas para fins civis. Entretanto, isso não mitigou as preocupações na Bajada del Agrio, a população mais próxima à estação, onde os habitantes se referem à presença dos chineses com uma mescla de desconcerto e temor.
“O povo a vê como uma base militar”, comentou Maria Albertina Jara, a diretora da estação de rádio local. “O povo tem medo”.
O prefeito, Ricardo Fabián Esparza, assinalou que os chineses haviam sido amigáveis e inclusive o haviam convidado a ver as imagens que a antena havia produzido. Não obstante, se sente mais inquieto que otimista.
“Por esse telescópio, é provável que possam ver até que cuecas estamos usando”, disse.
Os Estados Unidos deveriam ser os mais preocupados, acrescentou Esparza. A base, afirmou o prefeito, é um “olho que mira para esse país”.
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A partir de uma estação espacial na Argentina, a China expande sua presença na América Latina - Instituto Humanitas Unisinos - IHU