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“Hoje os economistas progressistas são os defensores de Adam Smith”. Entrevista com Naomi Oreskes

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13 Junho 2024

Naomi Oreskes adverte que até mesmo algumas vozes neoliberais estão conscientes de que foram longe demais no seu “fundamentalismo de mercado”. A estadunidense, junto com Erik M. Conway, publica em espanhol El gran mito (Editora Capitán Swing), livro em que os dois historiadores explicam “como as empresas nos ensinaram a odiar o governo e a amar o livre mercado”.

A entrevista é de Daniel Yebra, publicada por El Diario, 07-06-2024. A tradução é do Cepat.

“Há mais de um século que estamos saturados da ideologia pró-mercado, antigovernamental e extremamente individualista”, lamenta Oreskes, que admite que as democracias e os Estados de Bem-Estar Social (como o da Espanha) sofrem as ameaças daqueles que procuram deixar tudo nas mãos da “magia” da oferta e da procura, e aponta ironicamente que as visões neoliberais transformaram o escocês Adam Smith, considerado o “pai” do capitalismo, num progressista.

No entanto, a acadêmica afirma que “sempre há esperança!”, e recorda que “milhões de pessoas em todo o mundo falam agora sobre a necessidade de políticas que combatam a desigualdade em larga escala, protejam a natureza e o clima e restaurem a equidade”.

Eis a entrevista.

Quem seriam os seguidores e defensores de Adam Smith se o economista que fundou o capitalismo publicasse hoje a sua investigação e visão da economia?

É uma pergunta muito boa. Acredito que economistas progressistas, como Joseph Stiglitz, da Columbia, que reconhecem o poder dos mercados, mas também a necessidade de regular os bancos e outras indústrias que podem causar danos. E também reconhecem a necessidade de os governos apoiarem bens comuns, que os mercados geralmente não fornecem ou fornecem apenas de forma inadequada e desigual.

Quem realmente se beneficia do “fundamentalismo de mercado”, das teorias neoliberais que deixam tudo nas mãos da “magia” do mercado?

Os ricos e poderosos. As pessoas que possuem empresas, fábricas, bancos, propriedades... São elas que se beneficiam de mercados pouco regulamentados e de baixas taxas de impostos.

Você acha que alguns promotores de visões neoliberais estão conscientes de que foram longe demais?

Sim, acho que pelo menos alguns deles estão. A minha citação favorita sobre isto é a de Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial. Ele é um neoliberal absoluto: um defensor do livre comércio, de taxas de impostos baixas, de um poder regulador modesto ou limitado, mas também reconheceu que o fundamentalismo de mercado tem sido um desastre. “O fundamentalismo do livre mercado corroeu os direitos dos trabalhadores e a segurança econômica, desencadeou uma corrida desregulamentadora até ao fundo e uma concorrência fiscal ruinosa, e permitiu o surgimento de novos monopólios globais em grande quantidade”.

Recentemente, ele pediu uma “grande reinicialização”. Eu acho que isso é muito importante. Demonstra que as falhas do fundamentalismo de mercado são evidentes mesmo para as pessoas que estão no centro da ideologia pró-mercado.

Existe uma falta de educação na sociedade em geral sobre a importância da intervenção estatal e da regulação na economia, após anos de visões neoliberais?

Absolutamente. E este é um dos pontos-chave do nosso novo livro. Os estadunidenses estão saturados de ideologias pró-mercado, antigovernamentais e individualistas extremas há mais de um século. Os propagandistas do mercado trabalharam ativamente – e gastaram centenas de milhões de dólares – para promover as suas opiniões em todos os aspectos da sociedade, e especialmente na educação. O nosso livro centra-se nos Estados Unidos, mas os efeitos também se espalharam pela Europa, Austrália e Canadá.

Você acredita que as sociedades ocidentais estão conscientes de que o neoliberalismo põe em perigo a democracia e o Estado de Bem-Estar Social?

Penso que alguns estão. O recente livro de Martin Wolf, La crisis del capitalismo democrático, é bom neste aspecto.

Olhando para o perfil dos dois candidatos que concorrem às próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, vê-os como uma demonstração de que o poder não está na democracia, mas nas corporações e, sobretudo, nos monopólios?

Penso que sim. O presidente Biden tentou empoderar seu Departamento de Justiça para fazer cumprir as leis antitruste, mas é uma batalha difícil devido à influência de monopólios como Apple, Microsoft e Amazon, à influência de bilionários da tecnologia como Elon Musk e ao poder dos bilionários de Wall Street como Bill Ackman.

O Financial Times informou recentemente que Ackman apoia Trump. Ele o enquadra em termos da sua preocupação com o antissemitismo, mas penso que as evidências apontam fortemente para que isto seja o que Wall Street chama de “exagero regulamentar” de Biden. No nosso livro, defendemos a opinião oposta: os acontecimentos desde 2008 mostraram que Wall Street tem estado em grande parte desregulamentado desde as reformas da década de 1990, que desfizeram muitas das proteções postas em prática após a crise de 1929.

Há esperança para as democracias e o Estado de Bem-Estar Social? Estarão os avanços na luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas em perigo?

Claro. Enquanto estivermos atentos, sempre haverá esperança! E milhões de pessoas em todo o mundo falam agora sobre a necessidade de políticas que combatam a desigualdade em larga escala, protejam a natureza e o clima e restaurem a equidade. Entre elas está o Papa Francisco, que compreende claramente a ligação entre a crise climática e a desigualdade.

Em que setores é mais urgente reverter a excessiva desregulamentação e a formação de monopólios?

Eu diria na banca e nas finanças, porque daí vêm muitas coisas.

Serão os impostos e as medidas fiscais internacionalmente harmonizadas a forma mais eficaz de os Estados combaterem o crescente poder do mercado e a “magia” empresarial? Ou será que os paraísos fiscais os tornam ineficazes?

Ah, essa é uma boa pergunta, que provavelmente ultrapassa o meu conhecimento. Mas é interessante notar que a União Europeia, a OCDE e outros organismos têm feito muito trabalho nas últimas décadas para harmonizar o comércio, incluindo a regulamentação dos produtos químicos. Assim, em princípio, não há razão para que não possam também harmonizar a política fiscal.

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