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16 Junho 2021

 

"Pode-se acreditar na ciência porque alcança a objetividade. Uma objetividade que primeiro avaliou limites, contradições, confirmação experimental das teorias. Os valores influenciam a ciência, mas a ciência tem seus valores. Como cuidar dos outros e do planeta, 'casa comum', um valor que pode ser alcançado com a contribuição", escreve Flavia Marcacci, professora de História do Pensamento Científico na Universidade de Notre Dame, em artigo publicado por Avvenire, 15-06-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Segundo alguns cientistas, quando os filósofos falam da verdade na ciência, pecam por graves defeitos, entre os quais não passar tempo no laboratório e não fazer referências concretas à ciência real (H.R. Kricheldorf, Getting it right in science and medicine, Springer 2018).

Certamente não é o caso de Naomi Oreskes, que chega à filosofia passando pela história da ciência, caminho obrigatório para evitar as críticas generalistas mencionadas acima. A estudiosa de Harvard se pergunta Perchè fidarsi dela scienza? (Por que confiar na ciência?, em tradução livre, Bollati Boringhieri, p. 208).

Boa pergunta, em tempos de pandemia, de análise de dados, de ânsia pelo retorno à vida normal. Boa pergunta, quando presenciamos contraposições cotidianas entre cientistas, quando as dúvidas da ciência não têm eco se não forem convenientes, quando na política a ciência costuma ser usada para propaganda.

Especialista em história das ciências da Terra, Oreskes já era conhecida pelo estudo realizado com o colega Erik M. Conway, historiador da ciência ligado à NASA, Mercanti di dubbi: come un manipolo di scienziati ha oscurato la verità, dal fumo al riscaldamento globale (Mercadores de dúvidas: como um punhado de cientistas obscureceu a verdade, do tabagismo ao aquecimento global, em tradução livre, Ed. Ambiente, 2019). Aqui, os dois autores reconstruíam os mecanismos de desinformação implantados para enfraquecer as teses sobre o aquecimento global a partir de meados do século passado. Desta vez, Oreskes muda de estratégia: explica como funciona a ciência e por que, para além de qualquer dúvida razoável, vale a pena acreditar. Assim começa uma emocionante aventura sobre como se faz o conhecimento hoje.

A ciência é um conhecimento disciplinado e controlável. Vamos direto à tese central do livro: devemos confiar na ciência não em virtude de um método "mágico" para as certezas absolutas. Devemos confiar na ciência porque é "a atividade comunitária de especialistas, que empregam diferentes métodos para reunir evidências empíricas e convalidar as conclusões que extraem delas". Por esse motivo aconteceu na história que teorias erradas fossem apoiadas: por motivos ligados a formação cultural, fraquezas instrumentais, até mesmo a crenças metafísicas e religiosas.

Estamos no âmago de um tema caro a filósofos famosos como Thomas Kuhn, Paul Feyerabend, Larry Laudan; somos contíguos às investigações dos Science studies e da sociologia da ciência, que de Robert Merton a Bruno Latour insistiram sobre a dimensão social e humana dos "fatos" científicos.

Mas já Auguste Comte escrevia: “Se não se trata de saber o que é o método científico, mas de ter um conhecimento tão claro e profundo dele que possa efetivamente ser usado, é necessário considerá-lo em ação”.

Por isso, Oreskes estuda a ciência em ação e relembra casos marcantes de teorias declaradas errôneas e depois revalidadas, como a deriva continental de Wegener. O que permitiu que essas teorias voltassem à moda e se mostrassem válidas? A circulação das ideias. Não houve censura: algumas ideias permaneceram ali, e depois de ter superado o parecer dos especialistas (hoje isso acontece com os referees, processos de peer review que acontecem na fase de avaliação das publicações científicas) talvez continuem a suscitar perplexidade. Mas as ideias, quando expressas, podem realizar percursos inesperadas e instrutivas na história.

Os referees são suficientes para garantir cientificidade e evitar a exclusão de teorias do rol da ciência? Não. Os cientistas precisam arrolar pessoas de todas as origens, proveniência, religião e sexo. A esse respeito, Oreskes lembra que a epistemologia feminista, em particular graças aos trabalhos de Helen Longino e Sandra Harding, mostrou algumas dinâmicas discriminatórias inconscientes na ciência: comunidades de pessoas muito homogêneas permitem que preconceitos devidos a mentalidades comuns se reflitam na prática científica.

O melhor antídoto epistêmico para uma boa ciência é a diferença. Temos que acreditar na ciência, portanto, porque ela produz conhecimentos confiáveis. Porque é um empreendimento coletivo, controlado, democrático e com antídotos contra os preconceitos. O melhor dos conhecimentos possíveis. Mas não há o risco de cair no relativismo se aceitarmos que a ciência é um empreendimento tão “humano”? Onde está a verdade objetiva que todos esperam? Oreskes lembra que o contrário do relativismo é o absolutismo, não a objetividade.

Portanto sim, pode-se acreditar na ciência porque alcança a objetividade. Uma objetividade que primeiro avaliou limites, contradições, confirmação experimental das teorias. Os valores influenciam a ciência, mas a ciência tem seus valores. Como cuidar dos outros e do planeta, "casa comum", um valor que pode ser alcançado com a contribuição da ciência: nisso Oreskes diz que acredita, e remete ao Papa Francisco. Podemos concordar com ela.

 

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