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Cardeal do Sínodo sobre a Sinodalidade: não podemos subverter a tradição para agradar o mundo

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31 Outubro 2023

"Não podemos subverter a tradição doutrinal e moral da Igreja para agradar ao mundo. Olhamos para a cruz de Cristo – gloriosa, sim, mas mesmo assim uma cruz…"

O Sínodo sobre a Sinodalidade convocado pelo Papa Francisco trouxe mais uma vez à tona o choque entre as correntes internas da Igreja em disputa desde o Concílio Vaticano II.

As acusações de manipulação em nome de uma agenda mundana, por um lado, e a pressão para a ordenação de mulheres, o fim do celibato sacerdotal obrigatório e a alteração da moralidade sexual católica para aceitar a homossexualidade, por outro, vieram à tona assim que a 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos reuniu-se no início de outubro.

“Certamente não podemos ignorar o mundo e é por isso que é um erro entrincheirar-nos no passado. No entanto, nunca devemos esquecer que estamos no mundo, mas não somos do mundo”, explicou o Cardeal Agostino Marchetto à ACI Digital, parceira de notícias em língua portuguesa da CNA.

“Não podemos subverter a tradição doutrinária e moral da Igreja para agradar ao mundo. Olhamos para a cruz de Cristo – gloriosa, sim, mas mesmo assim uma cruz”, observou ele.

Criado cardeal pelo Papa Francisco em 30 de setembro, o cardeal italiano é, segundo o próprio Santo Padre, “o melhor intérprete do Concílio Vaticano II”. Para o cardeal, “é necessário reforçar o diálogo interno na Igreja entre as diferentes posições, entre aqueles que exaltam a fidelidade exclusiva à tradição e aqueles, pelo contrário, que procuram adaptar-se ao mundo”.

A ACI Digital teve recentemente a oportunidade de entrevistar o cardeal para conhecer a sua perspectiva sobre o Sínodo à luz do Vaticano II.

A entrevista é de Marcelo Musa Cavallari, publicada por National Catholic Register, 28-10-2023.

Eis a entrevista.

Alguns veem no Sínodo da Sinodalidade uma oportunidade para finalmente implementar as decisões do Concílio Vaticano II, especialmente sobre a colegialidade na Igreja, que foram supostamente suspensas durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI. Como você vê o papel do Sínodo à luz da hermenêutica do Concílio Vaticano II em continuidade com a tradição da Igreja?

O julgamento sobre a suspensão do exercício do ministério colegial na Igreja é facilmente desmantelado se pensarmos em todos os Sínodos dos Bispos realizados durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI. No seu famoso discurso de 22 de Dezembro de 2005 à Cúria Romana, o Papa Bento XVI observou que, de facto, o Concílio Vaticano II representou continuidade e não descontinuidade com a tradição católica. E todos os pontífices conciliares e pós-conciliares repetiram isto.

Quanto aos dois polos da continuidade e da descontinuidade, prefiro ir mais longe, salientando que a primeira alternativa proposta pelo Papa Bento XVI é entre a ruptura na descontinuidade e a reforma-renovação na continuidade da Igreja como sujeito único. É precisamente esta combinação de continuidade e descontinuidade, mas não de ruptura, a diferentes níveis, que constitui a verdadeira natureza da reforma autêntica.

Continuidade refere-se então à tradição com T maiúsculo, que, juntamente com a Sagrada Escritura e o magistério, formam o “gênio” do catolicismo, como disse o protestante [teólogo Oscar] Cullmann. A fidelidade neste sentido é fonte de fecundidade que se renova, tendo em conta os sinais dos tempos, o hoje de Deus, o tempo em que vivemos, o “Sitz im Leben” (posição na vida), que não é uma nova revelação. Portanto, vejo o atual Sínodo nesta perspectiva.

Importantes figuras da Igreja participantes no Sínodo defenderam a ideia de uma moral menos baseada nas leis e na verdade e mais na pastoral, com acompanhamento e discernimento de cada caso particular. Também é comum ouvir a ideia de que as ciências humanas têm agora uma contribuição mais importante a dar para a compreensão da sexualidade humana do que, por exemplo, a teologia clássica, ou simplesmente a teologia. Estas ideias ecoam uma interpretação do Vaticano II segundo a qual ali foi superada a hegemonia da “teologia”, entendida como um isolamento da dimensão da doutrina e da sua conceptualização abstracta, bem como da do “juricidismo” na moralidade. Esta é uma posição forte entre os participantes do Sínodo?

Acredito que quem me lê está convencido da importância do Concílio Vaticano II e do seu valor doutrinal, espiritual e pastoral, tanto que se pode dizer que é um “ícone” da própria Igreja Católica; isto é, daquilo que de modo especial o catolicismo é constitutivamente: comunhão. Comunhão também com o passado, com as origens, identidade na evolução, fidelidade na renovação.

O que foi uma posição extrema no Concílio Vaticano II, na sua chamada “maioria”, cada vez mais ávida por impor o seu próprio ponto de vista, surdo aos “chamados” e ao trabalho de “costura” de Paulo VI, conseguiu, depois de o concílio, para monopolizar, pelo menos por um certo tempo, a interpretação do “evento”, rejeitando qualquer interpretação diferente como anti-conciliar.

Mas para responder corretamente, voltemos ao pensamento inicial, aquele que considera a Igreja, como qualquer organismo vivo, em contínuo crescimento, interna e externamente, permanecendo ela mesma. Ora, tal desenvolvimento certamente envolve múltiplos problemas, que dizem respeito à doutrina, ao culto, à moralidade, à disciplina e ao apostolado. Geralmente — como sabemos — a sua solução é proporcionada pelo magistério ordinário dos pastores, assistido por teólogos unidos a todo o povo de Deus, em comunhão com ele. Às vezes, porém, a complexidade do assunto ou a gravidade das circunstâncias históricas sugerem intervenções extraordinárias.

Entre estes devem ser considerados os concílios, que promovem, na fidelidade à tradição, o desenvolvimento doutrinal, as reformas litúrgicas e disciplinares e as opções apostólicas, tendo também em conta as necessidades dos tempos (os famosos “sinais dos tempos” que não constituem uma nova revelação). Os sínodos aparecem, nesta perspectiva, como marcos no caminho da Igreja através da história.

Pois bem, agora surge a ideia de que a sinodalidade não é apenas a expressão de um acontecimento episódico na vida da Igreja, mas que permeia tudo, transformando-o em sinodalidade, pedindo ao povo de Deus que “caminhe junto”, em consenso sinodal como uma expressão do “católico”, para nós a “encarnação” da combinação entre tradição e renovação tal como ocorreu no Grande Sínodo Vaticano [como Marchetto chama o Concílio Vaticano II].

A alma da verdade da oportunidade e da importância do consenso permanece como a forma correta de proceder conciliar e sinodalmente. A sua ausência ou incapacidade é, de facto, algo que se paga caro, como ensina a história. De facto, o exemplo de muitos concílios importantes — desde a Calcedónia ao Vaticano II, passando por Trento — que trabalharam arduamente para chegar a um consenso é um testemunho da sua grande importância e do seu carácter de sinal, especialmente no sentido de que a verdade não é decidida através da votação, mas é atestado através do consenso.

Não creio que haja muitos neste Sínodo que adiram conscientemente a uma visão tão distorcida do Grande Sínodo, como sempre chamei de Concílio Vaticano II, ou aquele que está em curso. Se o Espírito Santo fala, estou em paz, sobretudo porque é o Papa Francisco, sucessor de Pedro, quem tem as chaves.

E qual é o caminho para chegar ao consenso católico?

Conhecendo as riquezas e as contradições da cultura moderna, as aspirações, as esperanças, as alegrias e as tristezas, as desilusões e as dificuldades do homem contemporâneo, Paulo VI, seguindo o impulso interior da caridade, procurou mergulhar nelas. Foi um evangelizador assíduo e promotor do diálogo com todos os homens de boa vontade: com os cristãos separados, com os não-cristãos, com os não-crentes.

“A Igreja deve dialogar com o mundo em que vive; a Igreja torna-se palavra; a Igreja torna-se mensagem; a Igreja se torna uma conversa”, testemunhou Paulo VI. Mais tarde afirmou expressamente: “Cabe especialmente a nós, pastores da Igreja, procurar com ousadia e sabedoria, em plena fidelidade ao seu conteúdo, os modos mais adequados e eficazes de comunicar a mensagem evangélica aos homens do nosso tempo. ”

Este é o diálogo da salvação, que encontra a sua origem transcendente na própria intenção de Deus e tem como características a clareza, a mansidão, a confiança e a prudência. “No diálogo, assim conduzido, realiza-se a união da verdade com a caridade, a inteligência e o amor”.

Paulo VI afirmou fortemente que o diálogo deve permanecer imune ao relativismo, que mina a doutrina imutável da fé e da moral: “A preocupação de nos aproximarmos dos nossos irmãos e irmãs não deve traduzir-se numa atenuação, numa diminuição da verdade”; “o nosso diálogo não pode ser uma fraqueza face ao compromisso com a nossa fé”; “não podemos comprometer os princípios teóricos e práticos da nossa profissão cristã”.

Quem nos lê percebe as ligações que aqui existem, falando de sinodalidade, com o Vaticano II, com o seu progresso, com o primado, com a colegialidade, com a procura do diálogo no seio da Igreja Católica, com aquilo que proporciona consensos constantes e fervorosos, com o desejo continuamente renovado e realizado de que a renovação e a tradição dialogem entre si, e que haja uma conexão entre o antigo e o novo, entre a sinodalidade, a colegialidade e o primado [do papa].

O Vaticano II viu-se sancionar o desenvolvimento teológico ocorrido e traduzi-lo em ação pastoral, em resposta às necessidades dos tempos, em continuidade com a doutrina. E agora este empreendimento sinodal, que tentei apresentar no seu contexto.

O que podemos esperar do Sínodo no “caminho do consenso e do diálogo para combinar tradição e renovação”, tal como já definido pelo Concílio Vaticano II?

O concílio não foi uma ruptura na história, mas uma renovação na continuidade da única Igreja Católica. Todos os papas aceitaram esta interpretação. No entanto, nós, católicos, como muitas vezes parece, entramos facilmente em guerra uns contra os outros a este respeito, e isso não está certo, não é cristão. Por outro lado, é necessário reforçar o diálogo interno na Igreja entre as diferentes posições, entre aqueles que exaltam a fidelidade exclusiva à tradição e aqueles, pelo contrário, que procuram adaptar-se ao mundo.

Certamente não podemos ignorar o mundo – e é por isso que é um erro entrincheirar-nos no passado – mas nunca devemos esquecer que estamos no mundo e não somos do mundo. Certamente não podemos subverter a tradição doutrinal e moral da Igreja para agradar ao mundo. Olhamos para a cruz de Cristo, gloriosa sim, mas mesmo assim uma cruz.

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