• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Não é inconcebível que agora o Estado assuma um papel maior, não totalitário, mas com mais responsabilidades sobre o elementar”. Entrevista com Gilles Lipovetsky

Mais Lidos

  • Karl Polanyi. “O atual colapso da biodiversidade, da qualidade dos laços sociais e dos nossos regimes políticos é o efeito direto da remercantilização”. Entrevista com Nicolas Postel e Richard Sobel

    LER MAIS
  • Breve dicionário comunicacional do Papa Francisco: obra reflete sobre estilo evangelizador do pontífice

    LER MAIS
  • Quantas crianças de Gaza morrerão enquanto Trump toma café com os reis do petróleo? Artigo de Mahmoud Mushtaha

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

18 Abril 2020

Quando o mundo sair da crise devido à pandemia, terá mudado, sim, mas não tanto. É o que acredita o sociólogo francês Gilles Lipovetsky, que se atreve a contradizer aqueles que entoam o recorrente “nada será igual”: “Se algo esse período fizer, será reforçar a desconfiança dos cidadãos, e é compreensível”.

Refugiado em sua casa, em Grenoble [França], Lipovetsky (Paris, 1944) repassa nesta entrevista as palavras com as quais atualmente analisa a situação: prudência, desconfiança, desigualdade... Suas opiniões não são tão categóricas como há 40 anos, quando afirmava em sua obra que havíamos entrado em “A era do vazio”.

“Acredito que as coisas mudarão, mas não brutalmente motivadas por um único acontecimento, mesmo que pareça dramático em nosso presente. A não ser que a crise se eternize”, reflete.

A entrevista é de María Valderrama, publicada por Infobae, 16-04-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Quando estamos diante de cenários catastróficos, é fácil prever e dizer frases espetaculares. Isso será suficiente para provocar uma mudança das consciências? Não acredito - Gilles Lipovetsky

E se, como apontam alguns especialistas, o confinamento se prolongar de maneira intermitente até 2021?

Quando estamos diante de cenários catastróficos, é fácil prever e dizer frases espetaculares. Isso será suficiente para provocar uma mudança das consciências? Não acredito. Isso significaria que a história avança a golpe de milagres da consciência.

Não acredito nos efeitos concretos, mas, sim, nas mudanças reais e efetivas que podemos fazer, por exemplo, com as novas tecnologias. A conscientização das pessoas é forte... mas com a condição de que as mudanças não afetem a elas mesmas.

Isso acontece também com a crise climática. Todo mundo está de acordo em baixar a pressão sobre a natureza, mas isso não basta. Continuamos no velho caminho idealista de que basta julgar bem para agir bem, como dizia Descartes. Acredito que não seja assim. É necessário algo a mais que pensar bem para agir bem.

A exigência por justiça social não vem da crise de saúde. Na Europa, esse fenômeno é recorrente há séculos e as revoluções não acabaram com a desigualdade - Gilles Lipovetsky

A crise da saúde também evidenciou as desigualdades sociais.

Devemos relativizar. A exigência por justiça social não vem da crise de saúde. Na Europa, esse fenômeno é recorrente há séculos e as revoluções não acabaram com a desigualdade. Assistimos provavelmente aos danos dessas desigualdades excessivas e pode ser que, aqui, acabe o ciclo que começou em 1980.

O capitalismo criou, nos últimos 40 anos, populações cada vez mais isoladas do desenvolvimento, não ultrapobres, mas que se sentem marginalizadas. É uma das razões do sucesso do populismo. Os serviços públicos recuam, a presença do Estado é menor.

Essa crise devolverá a importância do Estado, dos serviços públicos como a saúde?

Acredito que sim. O exemplo da saúde é interessante. O fato de não termos máscaras, sistemas para fazer testes, aparelhos de respiração, é o resultado de uma política que consiste em dizer “isso custa muito caro” e, “na Europa, não teremos grandes epidemias”. Houve erros de avaliação.

A crise é também o sinal de que será necessário modelar a globalização e devolver um papel para a Europa, por exemplo, de garantir nossa segurança sanitária. Não é normal que não tenhamos meios para fazer máscaras, nem um certo número de dispositivos de proteção.

De onde vêm esses erros?

Não vêm do capitalismo, mas da política. Temos em certos países, como na França, regiões onde não há médicos. Mesmo nas grandes cidades, você precisa esperar seis meses para ter uma consulta, se tiver problemas de audição ou de visão, porque não há especialistas. Enquanto isso, se reduzem o número de estudantes nas universidades. É inconcebível.

Os erros não recaem sobre um único governo, mas sobre uma sucessão de decisões de diferentes Estados. Durante 40 anos, tivemos um movimento que privilegiou o mercado em detrimento do Estado, (sendo assim) não é inconcebível que agora o Estado assuma um papel maior, não totalitário, mas com maiores responsabilidades sobre o elementar, sobretudo a saúde, a segurança e a educação.

O movimento de desconfiança em relação às autoridades será ampliado porque houve erros. O ceticismo hoje atinge os políticos, o Estado, os meios de comunicação e inclusive a ciência - Gilles Lipovetsky

Não teme que a pandemia ameace ainda mais as democracias liberais e dê um novo impulso aos populistas?

Certamente, o movimento de desconfiança em relação às autoridades será ampliado, e é compreensível porque houve erros. O ceticismo hoje atinge os políticos, o Estado, os meios de comunicação e inclusive a ciência.

Haverá um reforço do soberanismo? Acredito que sim, mas não acho que ganhe. Sou europeu e desejo que a Europa continue nesse caminho, mas não estou seguro. Pode ser que a força da opinião conduza a medidas cada vez mais egoístas das nações. A solidariedade europeia não tem estado à altura e a Europa caminha mal.

A China parece aproveitar a oportunidade para presumir que seus cidadãos foram mais cívicos. Essa situação poderia comprometer as bases de nossas democracias?

Penso que não, a vinculação das liberdades privadas e públicas na Europa é muito forte. Não vejo que as pessoas contestem a legitimidade das medidas. É muito mais a gestão receosa dos Estados, que temeram a reação dos cidadãos. Na Espanha, por exemplo, permitindo a manifestação do Dia da Mulher, com milhões de pessoas, quando o vírus estava circulando.

Quando se toca o botão da segurança sanitária, as exigências loucas do individualismo diminuem. Ninguém protesta em um hospital ou em um aeroporto, sabem que é para o seu bem. As pessoas não são tão irresponsáveis como dizem.

No caso da China, isso será visto mais tarde, mas é provável que as autoridades mentiram sobre o número de mortos. Por outro lado, Taiwan e Coreia do Sul foram eficazes e não são estados totalitários.

Os observadores contemporâneos anunciam que o estado de exceção se tornou a regra em nossas democracias. Não compartilho dessa análise apocalíptica - Gilles Lipovetsky

Lá, impuseram medidas como a localização dos cidadãos graças a seus telefones, ideias que são debatidas na Europa. Não pode se tornar um ataque às liberdades individuais?

'Voilà', a grande questão. Os observadores contemporâneos anunciam que o estado de exceção se tornou a regra em nossas democracias. Não compartilho dessa análise apocalíptica.

Quando os ataques à liberdade são feitos dentro de uma estrutura de proteção vital, as pessoas colocam sua vida à frente da liberdade, o que me parece normal, porque sabem que quando esse período terminar, a recuperarão.

Acredita que as cicatrizes do distanciamento social, a nostalgia do contato físico, contribuirão para colocar fim ao hiperconsumismo das últimas décadas?

"Voltar a se centrar nas coisas profundas”, dizia Emmanuel Macron em seu discurso. Isso cabe muito bem para os intelectuais, mas são palavras evangélicas. Depois da crise, as pessoas precisarão respirar, sentir-se leves, e já sabemos que ser leve hoje significa sair de férias, fazer compras, ir ao cabeleireiro, assistir a uma série. Não que seja muito elevado, mas é o que existe.

 

Leia mais

  • “O coronavírus é um sintoma da hipermodernidade”. Entrevista com Gilles Lipovetsky
  • “As soluções virão da inteligência, não da moral”, avalia Gilles Lipovetsky
  • “Não deve haver limite para intervenção do Estado, porque não há limite para a crise”. Entrevista com Luiz Gonzaga Belluzzo
  • Desigualdade e polarização. Artigo de José Luís Fiori
  • Nasce aliança europeia para defender uma saída verde para a crise econômica do coronavírus
  • Coronavírus expõe as profundas desigualdades da nossa sociedade
  • COVID-19 expõe desigualdades gritantes entre ricos e pobres
  • A pandemia de Covid-19 aprofunda e apresenta as gritantes desigualdades sociais do Brasil. Entrevista especial com Tiaraju Pablo D’Andrea
  • Pandemia global, governo e desigualdade no Brasil: Um olhar das ciências sociais
  • O vírus põe a globalização de joelhos. Artigo de Luigi Ferrajoli
  • Coronavírus: o fim da globalização como a conhecemos
  • Os custos sociais de uma pandemia
  • Pandemia de coronavírus deverá aumentar número de pobres
  • Desigualdades deixam o Brasil mais vulnerável a epidemias como a do coronavírus
  • Nenhuma pandemia cancela as desigualdades de riqueza
  • O vírus do autoritarismo e da desigualdade
  • Fatos sobre coronavírus e meio ambiente
  • Um vírus, a humanidade e a terra. Artigo de Vandana Shiva
  • “A covid-19 é o último aviso, e sem consciência crítica de espécie, na próxima, a humanidade colapsará”. Entrevista com Eudald Carbonell
  • Organizações de proteção animal pedem à OMS o fim do comércio de animais silvestres
  • Pesquisa relaciona a disseminação de vírus, a extinção da vida selvagem e o meio ambiente
  • O assassinato e a exploração de animais nos colocará diante de novas pandemias
  • Comércio global de répteis é um viveiro de doenças, indica pesquisa
  • ‘Não há solução para saúde humana sem pensar injustiças da nossa relação com os animais e o ambiente’
  • “O coronavírus está diretamente vinculado à saúde do planeta”. Entrevista com Juan Carlos del Olmo
  • Imaginar os gestos-barreiras contra o retorno da produção anterior à crise. Artigo de Bruno Latour
  • O coronavírus ataca também a luta contra a emergência climática
  • “A crise sanitária incita a nos preparar para as mudanças climáticas”. Artigo de Bruno Latour
  • Sérgio Trindade, especialista brasileiro em mudanças climáticas e ganhador do Nobel da Paz com o IPCC, morre em decorrência do coronavírus
  • Pandemia COVID-19 na Era do Capitaloceno: Racismo ambiental disfarçado de consciência ecológica
  • O que o coronavírus tem a ver com as mudanças climáticas?
  • Coronavírus: Qual a relação do meio ambiente com a pandemia? Artigo de Bernardo Egas
  • O coronavírus nos obriga a reconsiderar a biodiversidade e seu papel protetor
  • Coronavírus, ecologia integral, fraternidade humana e informação. Entrevista com Antonio Spadaro
  • Coronavírus: “Esta é uma oportunidade ímpar para fazer uma verdadeira transição ecológica”
  • Coronavírus: uma represália de Gaia, da Mãe Terra?
  • O coronavírus e a questão ambiental
  • Preservação ambiental é a chave para a contenção de doenças
  • Surto de coronavírus é reflexo da degradação ambiental, afirma PNUMA
  • Pandemia em tempos de Antropoceno. Coronavírus pode nos ensinar a enfrentar a verdadeira emergência: o clima
  • Coronavírus, o WWF: a destruição de ecossistemas é uma ameaça à nossa saúde

Notícias relacionadas

  • “A valorização do Centro Histórico com o uso social que se pode fazer do Cais Mauá não pode ser reduzida a ganhos econômicos”, diz o sociólogo.

    A cidade (rebelde) da modernidade tardia contra a cidade fordista-industrial. Entrevista especial com Milton Cruz

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • ‘Da leveza’

    LER MAIS
  • As noites grávidas

    "Para o Capital financeiro não há escuridão, nem sombra. E quase todos os governos do mundo lhes servem como súditos fieis de [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados