• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“As soluções virão da inteligência, não da moral”, avalia Gilles Lipovetsky

Mais Lidos

  • O oxímoro que articula o título da entrevista está na base das reflexões que o autor traz sobre levarmos a sério o pensamento e os modos de vida dos Outros, não por acaso nossos povos indígenas, cuja literatura e a antropologia são caminhos que levam a novos horizontes

    A saída para as encruzilhadas no Antropoceno está não em nós mesmos, mas em nós-outros. Entrevista especial com Alexandre Nodari

    LER MAIS
  • Seríamos todos uberizáveis? Entrevista com Ludmila Costhek Abílio

    LER MAIS
  • “A resposta a Trump não deve ser voltar ao normal”. Entrevista com Michael Hardt

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Fevereiro 2020

Gilles Lipovetsky (Millou, França, 1944), filósofo, sociólogo, professor da Universidade de Grenoble e membro do Conselho de Análises da Sociedade, está durante toda essa semana em Madri, convidado pelo Instituto de Empresa, Universidade que há alguns meses está integrando as Humanidades no campo dos negócios.

A reportagem é de Jacinta Cremades, publicada por El Cultural, 06-02-2020. A tradução é do Cepat.

Segundo Lipovetsky, uma das terríveis consequências desse momento que chama de hipermodernidade é que todos nós, manipulados pela sociedade de consumo, globalizada e capitalista, somos vítimas do individualismo - Jacinta Cremades

O filósofo convidado pelo Instituto de Empresa é uma referência no mundo cultural, desde que publicou, em 1983, seu famoso ensaio “A Era do Vazio”, no qual questionava a mudança de rumo da nossa sociedade atual. Segundo Lipovetsky, uma das terríveis consequências desse momento que chama de hipermodernidade é que todos nós, manipulados pela sociedade de consumo, globalizada e capitalista, somos vítimas do individualismo. Onde encontrar marcas de identidade quando a cultura se desmorona, desaparece diante de nossa inatividade, como um desenho na areia?

Lipovetsky, que sempre argumentou que o pós-modernismo não existiu, por meio de uma aula magistral intitulada “O reino do individualismo hipermoderno”, que se conecta com vários de seus mais famosos títulos, como “Os Tempos Hipermodernos” (2004), “A felicidade paradoxal” (2007), “A tela global. Mídias Culturais e Cinema na Era Hipermoderna” (2009), “A cultura-mundo” (2011) e “A globalização ocidental: controvérsia sobre a cultura planetária” (2012), centrou sua fala no individualismo. “O ser humano se vê arrastado por uma sociedade que perdeu seus valores diante de uma prepotência do indivíduo que chega ao extremo do narcisismo”, afirma Lipovetsky, que chama isso de “a segunda revolução individualista”.

Em seus últimos ensaios, como “A estetização do mundo” (2015) e “Da leveza: Rumo a uma civilização sem peso” (2016), Lipovetsky põe em questão o conceito de pós-modernidade convertido em hipermodernidade que se apresenta sob o signo do excesso, tanto na economia como na cultura, na arte e no esporte, um problema universal que mudou a vida das pessoas.

Ao longo de sua conferência, o professor se baseou em seis pontos para demonstrar essa transformação, iniciando todos eles a partir de uma imagem mitológica. O primeiro, o culto ao hedonismo, que não é outro senão o desejo de sentir prazer através da sociedade de consumo que transformou nossa forma de viver, nossos valores e nossa cultura. “A sociedade cristã concebia o prazer como pecado. Hoje em dia, qualquer coisa nos convida a desfrutar desta vida, prevalecendo uma cultura epicurista”.

Antes havia a religião para responder às perguntas, mas agora a busca de significado leva a humanidade a se refugiar nas terapias alternativas e psicológicas que se proliferam - Gilles Lipovetsky, citado por Jacinta Cremades

Lipovetsky articulou seu segundo postulado com o culto ao corpo, que se manifesta tanto através da comida como do esporte, e na preocupação com a saúde que nos leva a nos anteciparmos às doenças. Neste último aspecto, o filósofo vê uma clara dominação dos esportes individuais, que não buscam nem a competição, nem o sentido de equipe, mas as sensações. Proliferam os spas, as massagens e a cirurgia estética. “Esse neoindividualismo é uma nova forma de narcisismo, já que o próprio corpo se torna o objeto mais precioso”. Em tudo isso, Lipovetsky vê um paradoxo, uma vez que “nossas normas se opõem. Podemos desfrutar, mas ao mesmo tempo somos bombardeados por avisos de saúde. Não coma carne, faça esportes, etc. Assim, o indivíduo fica ansioso”.

O que o leva ao terceiro ponto de sua palestra, o culto ao psicológico, que considera “uma supervalorização do pensamento individual. A educação das crianças, por exemplo, cultiva a expressão quando antes lhes era pedido para se calar. Isso vai contra uma educação baseada em princípios, e os pais agora têm novos medos, novas ansiedades, ao impedir ou educar de forma rigorosa seus filhos, com medo de que parem de amá-los”, explica Lipovetsky. “O indivíduo deseja se expressar e ser ouvido. Antes havia a religião para responder às perguntas, mas agora a busca de significado leva a humanidade a se refugiar nas terapias alternativas e psicológicas que se proliferam”, afirma.

Por um lado, somos uma geração que cultiva a autonomia, mas, ao contrário, não podemos viver sem o olhar do outro. Quanto mais progride o individualismo, menos nos suportamos sós - Gilles Lipovetsky, citado por Jacinta Cremades

O quarto culto é o da conexão, argumenta o filósofo, que alerta para o estranho paradoxo resultante do fato de que na sociedade de hoje “o indivíduo precisa de aprovação. Por um lado, somos uma geração que cultiva a autonomia, mas, ao contrário, não podemos viver sem o olhar do outro. Quanto mais progride o individualismo, menos nos suportamos sós. Isso acarreta, explica, “o fracasso das grandes ideologias políticas, muitas delas desenvolvidas durante os séculos XIX e XX. As pessoas se encontram, hoje em dia, sem confiança em seus líderes, sem acreditar em suas promessas”.

Aproximando-se do final de sua conferência, Lipovetsky explanou o culto à autonomia individual e, para isso, remonta ao século XVIII, que viu nascer e prosperar ideias como liberdade e igualdade, embora sem chegar realmente a colocá-las em prática. Segundo o escritor, é nesse momento que nasce o individualismo atual. “O estabelecimento desses princípios de igualdade e liberdade foram únicos em toda a história da Humanidade e despertou em nós esse desejo de ser os atores de nossas vidas”, afirmou. No entanto, Lipovetsky criticou aqueles que lamentam que o passado tenha sido melhor, porque “não sou contra a revolução tecnológica e as transformações do indivíduo, muito pelo contrário”.

Para concluir, o filósofo também se referiu ao problema da mudança climática e reconheceu que tudo indica que, em vinte anos, seremos tantos seres humanos na Terra que teremos que inventar novas formas de nos alimentar. Diante deste grave problema de sustentabilidade, Lipovetsky apela à nossa inteligência, pois “embora tentemos, é pouco provável que o ser humano atue de forma moral. Acredito na inteligência humana e em encontrar novas formas de lidar com as paixões. Inventar outras paixões, como dizia Espinosa? Talvez. Somente a inteligência humana trará as soluções. Não a moral”.

Leia mais

  • ‘Da leveza’
  • O fantasma da beleza feminina. Entrevista com Gilles Lipovetsky
  • O individualismo matou a esquerda. Entrevista com Mario Tronti
  • Consumismo é maior ameaça à sustentabilidade
  • “O capitalismo sustentável é uma contradição em seus termos” diz Eduardo Viveiros de Castro
  • Acordo do clima sela o destino dos combustíveis fósseis
  • Nanotecnologia e segurança do trabalho: impactos toxicológicos e psicológicos. Entrevista especial com Arline Arcuri
  • A crítica de Nietzsche à democracia Revista IHU ON-Line N° 204
  • Revolução industrial 3.0
  • A maternidade sob o impacto da revolução tecnológica. Desafios e perspectivas. Entrevista especial com Marlene Tamanini
  • A revolução silenciosa das energias renováveis
  • O capitalismo, a degradação ambiental e a mudança climática, segundo Naomi Klein
  • A sociedade de consumo e o descarte de resíduos
  • Felicidade, privilégio para todos. Entrevista com Zygmunt Bauman
  • O individualismo lesa direitos sociais e ambientais
  • A sociedade da decepção, por Gilles Lipovetsky
  • As mudanças climáticas estão acontecendo agora e não precisamos esperar o futuro para ver os efeitos
  • Cristãos na pós-modernidade
  • “As ferramentas digitais roubam nosso livre arbítrio”. Entrevista com Bruno Patino
  • Do falso bem-estar social lulista ao individualismo predatório bolsonarista. Entrevista especial com Ricardo Cavalcanti-Schiel
  • Uma moral flexível é mais exigente do que uma moral rígida. O apelo de Francisco à ética e à aprendizagem das virtudes. Entrevista especial com Alain Thomasset
  • ‘A ideia de felicidade ocidental, baseada no individualismo, falhou’

Notícias relacionadas

  • Evolução e fé cristã: semânticas em diálogo

    Quais as implicações da evolução científica para as semânticas da fé cristã? É possível conciliar ciência e fé, a part[...]

    LER MAIS
  • "A globalização é uma uma nova forma de colonização". Entrevista com Marc Augé

    LER MAIS
  • Para onde vai a cultura europeia? Artigo de Roberto Esposito

    Filósofos e estudiosos se encontraram em 1946 para tentar reconstruir a identidade continental da Europa depois da guerra. Pondo-[...]

    LER MAIS
  • ''A fé pode dar à razão a coragem de pensar''

    O desafio para a filosofia atual é ter mais audácia. É preciso não se deter na superfície. É preciso colocar os problemas fu[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados