01 Mai 2017
Como já é habitual ao concluir as suas viagens internacionais, o Papa Francisco concedeu uma coletiva de imprensa no voo de volta a Roma, 29-04-2017, depois da sua viagem ao país africano do Egito.
Em diálogo com os jornalistas, o Santo Padre tratou de diversos temas, tais como a forma como são realizadas as audiências privadas que ele concede, a situação atual da França e da Europa, a "terceira guerra mundial" em pedaços, a situação na Venezuela, dentre outros.
Confira a íntegra do diálogo abaixo. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Greg Burke (diretor da Sala de Imprensa do Vaticano) – Obrigado, Santo Padre. O senhor sabe que, aqui, entre os jornalistas, estão aqueles que fazem a viagem pela primeira vez, e também aqueles que fizeram quase 100, ou mais de 100, eu acho. Eu não sei se o senhor [dirige-se ao papa] sabe quantas viagens internacionais fez.
Papa Francisco – Dezoito.
Greg Burke – Ah, dezoito. Bem! A 19ª está logo ao virar da esquina, então o senhor também tem um bom número de viagens papais agora. Obrigado por este momento, que é sempre um momento forte para nós. Começamos com o grupo italiano. Paolo Rodari. Bem, não sei se o senhor [dirige-se ao papa novamente] quer dizer algo primeiro.
Papa Francisco – Sim. Boa tarde. Agradeço-lhes pelo trabalho, porque foram 27 horas, eu acho, de muito trabalho. Muito obrigado por aquilo que vocês fizeram. Obrigado. Estou à disposição de vocês.
Paolo Rodari (La Repubblica) – Quero perguntar-lhe sobre o encontro com o presidente (egípcio) Al-Sisi. De que falaram? Acenou-se ao tema dos direitos humanos? E, particularmente, foi possível falar do caso de Giulio Regeni? Na sua opinião, se chegará à verdade?
(Nota: Regeni era um italiano de 28 anos que estava fazendo doutorado, e foi torturado e assassinado no Cairo, em janeiro de 2016, um caso pelo qual o governo egípcio recebeu diversas acusações, porque ainda não foi elucidado.)
Papa Francisco – Sobre isso, vou dar uma resposta geral para, depois, chegar ao particular. Geralmente, quando estou com um chefe de Estado em diálogo privado, este permanece privado, a menos que, de acordo, dizemos: “Sobre este ponto, vamos torná-lo público”. Eu tive quatro diálogos privados aqui: com o grão-imã de Al-Azhar, com Al-Sisi, com o Patriarca Tawadros e com o Patriarca Ibrahim. Acho que, se é privado, por respeito, deve-se manter a reserva. É reservado.
Sobre a pergunta de Regeni, eu estou preocupado. Na Santa Sé, eu me movi sobre esse tema, porque os pais também me pediram isso. A Santa Sé se moveu. Não vou dizer como nem onde, mas nos movemos.
Darío Menor Torres (Correo Español) – Ontem, o senhor disse que a paz, a prosperidade e o desenvolvimento merecem cada sacrifício e, depois, salientou a importância do respeito aos direitos inalienáveis do homem. Isso significa um apoio ao governo egípcio, um reconhecimento do seu papel no Oriente Médio, como, por exemplo, na defesa dos cristãos, apesar das insuficientes garantias democráticas desse governo?
Papa Francisco – Não. Devem ser interpretados literalmente como valores em si mesmos. Eu disse aquilo sobre defender a paz, defender a harmonia dos povos, defender a igualdade dos cidadãos, seja qual for a religião que professem... São valores. Eu falei dos valores. Se um governante defende um ou defende o outro, esse é outro problema.
Eu fiz 18 visitas. Em muitos desses países, eu ouvi: “O papa, indo lá, apoia aquele governo”, porque um governo sempre tem as suas fraquezas ou tem seus adversários políticos que dizem algumas coisas ou outras. Eu não me intrometo. Eu falo dos valores, e que cada um veja e julgue se este governo, este Estado ou aquele outro levam adiante esses valores.
Darío Menor Torres – Faltou-lhe visitar as pirâmides...
Papa Francisco – Mas você sabe que, hoje, às 6h da manhã, meus dois assistentes foram visitar as pirâmides? [risos]
Darius Minor – Mas o senhor não gostaria de ter ido com eles?
Papa Francisco – Sim.
Greg Burke – Se pudermos nos manter no tema da viagem... De quem é a vez? Virginie Riva, do grupo francês Europe One.
Virginie Viva – Santo Padre, uma pergunta talvez partindo da viagem para ampliar à França, se o senhor aceitar. O senhor falar em Al-Azhar, na universidade, sobre os populismos demagógicos. Os católicos franceses, neste momento, são tentados pelo voto populista ou extremo, estão divididos e desorientados. Quais podem ser os elementos de discernimento que o senhor poderia dar a esses eleitores católicos?
Papa Francisco – Muito bem. Há uma dimensão dos “populismos” – entre aspas, porque vocês sabem que essa palavra, eu tive que reaprender na Europa, porque, na América Latina, tem outro significado. Existe o problema da Europa e existe o problema da União Europeia por trás disso. O que eu disse sobre a Europa, não vou repetir aqui. Falei disso quatro vezes, acho: duas em Estrasburgo, uma no Prêmio Carlos Magno e esta no início da comemoração do sexagésimo [o 60º aniversário dos Tratados de Roma, com os quais se criou a União Europeia]. Aí está tudo o que eu disse sobre a Europa.
Cada país é livre para fazer as escolhas que achar convenientes frente a isso. Eu não posso julgar se essa escolha é feita por este motivo, ou por aquele outro, porque não conheço a política interna. É verdade que a Europa está em perigo de se desagregar. Isso é verdade! Eu disse isso suavemente em Estrasburgo, disse isso mais fortemente no Carlos Magno e, finalmente, sem nuances.
Devemos meditar sobre isso. A Europa que vai do Atlântico aos Urais... Há um problema que assusta a Europa e, talvez, a alimenta: o problema da imigração. Isso é verdade. Mas não esqueçamos que a Europa foi feita por imigrantes. Séculos e séculos de imigrantes... Somos nós [risos]. Mas é um problema que deve ser bem estudado, também respeitar as opiniões, mas as opiniões honestas em uma discussão política – com a letra maiúscula, grande, com a grande Política, não com a pequena política de um país que, no fim, acaba caindo.
Sobre a França, eu digo a verdade: não entendo a política interna francesa. Não a entendo. Busquei ter boas relações também com o presidente atual, com o qual houve um conflito uma vez, mas depois eu pude falar claramente sobre as coisas, respeitando a opinião dele.
Sobre os dois candidatos políticos, eu não sei a história, não sei de onde vêm, nem... Sim, sei que um representa a direita forte, mas o outro, de verdade, não sei de onde vem. Por isso, não posso dar uma opinião clara sobre a França.
Mas, falando dos católicos, aqui, em uma das reuniões, enquanto eu cumprimentava as pessoas, um me disse: “Mas por que não pensa a política à la grande?”. O que quer dizer? “Bem – ele me disse como que pedindo ajuda – fazer um partido para os católicos.” Esse senhor é bom, mas vive no século passado [risos]. Por isso, os populismos têm relação com os imigrantes, mas isso não tem nada a ver com a viagem. Se houver tempo, depois, eu posso voltar sobre esse assunto.
Correspondente da TASS – Santo Padre, eu lhe agradeço, em primeiro lugar, pela sua bênção. O senhor me abençoou, eu me ajoelhei um minuto antes aqui na frente. Sou ortodoxa e não vejo nenhuma contradição, fui batizada e vejo isso com grande prazer. Em resumo, eu queria lhe perguntar: quais são as perspectivas das relações com os ortodoxos, obviamente russos, mas também, ontem, a declaração comum com o o patriarca copta, a data comum da Páscoa, e também falaram do reconhecimento do batismo... Onde estamos neste ponto? E, outra coisa, como o senhor avalia as relações entre o Vaticano e a Rússia como Estado, também à luz da defesa dos valores dos cristãos no Oriente Médio e, especialmente, na Síria? Obrigado.
Greg Burke – Essa é Vera Sherbokova, da agência TASS, a agência russa.
Papa Francisco – [Diz em russo:] Cristo ressuscitou! Eu, com os ortodoxos, sempre tive uma grande amizade, desde Buenos Aires. Por exemplo, todos os dias 6 de janeiro, eu ia às Vésperas, às leituras completas, na catedral de vocês do Patriarca Platón, que agora na zona da Ucrânia, como arcebispo. Duas horas e quarenta (minutos) de oração, em uma língua que eu não entendia, mas se podia rezar bem... E, depois a ceia com a comunidade, 300 pessoas, uma ceia na véspera de Natal, não a ceia de Natal, na véspera. Ainda não se podia comer laticínios nem carne. Mas era uma ceia bonita [risos]. E, depois, o bingo, a loteria... Amizade. Também os outros ortodoxos, algumas vezes, tinham necessidade de ajuda legal, vinham à Cúria católica, porque são comunidades pequenas, e iam ao encontro dos advogados, entravam, saíam... Mas eu sempre tive uma relação filial, de irmãos. Somos Igrejas irmãs!
Com Tawadros, eu tenho uma amizade especial. Para mim, ele é um grande homem de Deus, um grande homem de Deus. E Tawadros é um patriarca, um papa que levará a Igreja em frente, o nome de Jesus em frente. Ele tem um zelo apostólico grande. Ele é um dos mais – permita-me a palavra, entre aspas – “fanático” por encontrar a data fixa da Páscoa. Eu também. Buscamos o modo. Ele diz: “Lutemos, lutemos!”. É um homem de Deus. É um homem que, quando era bispo, longe do Egito, ia dar de comer aos deficientes, um homem que foi enviado a uma diocese com cinco igrejas e deixou 25, não sei quantas famílias cristãs com o zelo apostólico. Depois, você sabe como se faz a eleição entre eles... Buscam-se três [candidatos] e, depois, colocam-se os nomes em um saco, chama-se uma criança, tapam-se-lhe os olhos, e a criança escolhe o nome. O Senhor está aí, claramente. Ele é um grande patriarca.
A unidade de batismo segue em frente. A culpa do batismo é algo histórico, porque, nos primeiros concílios, era o mesmo. Depois, como os cristãos coptas batizavam as crianças nos santuários... Quando queriam se casar, vinham até nós, se se casavam com uma católica, pediam-lhe a fé [o documento do batismo], não a tinham e se fazia o batismo sob condição... Começou conosco, não com eles. Mas, agora, a porta se abriu, e estamos em um bom caminho para superar esse problema. Na declaração comum, o penúltimo parágrafo fala disso.
Vera Sherbokova – E os russos?
Papa Francisco – Os ortodoxos russos reconhecem o nosso batismo, e eu reconheço o batismo deles. Eu era muito amigo do bispo em Buenos Aires. Também com os georgianos, por exemplo. O patriarca dos georgianos é um homem de Deus, Ilia II, é um místico! Nós, católicos, devemos aprender também com essa tradição mística das Igrejas ortodoxas.
Nesta viagem, fizemos esse encontro ecumênico. Estava o Patriarca Bartolomeu também, estava o arcebispo greco-ortodoxo e, depois, estavam outros cristãos: anglicanos, também o secretário da União das Igrejas de Genebra. Mas tudo o que faz o ecumenismo está em caminho. O ecumenismo se faz em caminho, com as obras de caridade, com as obras de ajuda, fazer as coisas juntos quando podem ser feitas juntos. Não existe um ecumenismo estático! É verdade que os teólogos devem estudar e pôr-se de acordo, mas não será possível que isso termine bem se não se caminha.
O que podemos fazer agora? Fazemos coisas que podemos fazer juntos: rezar juntos, trabalhar juntos, fazer as obras de caridade juntos... Mas juntos, hein! E isso é ir em frente. As relações com o Patriarca Kirill são boas. O Arcebispo Metropolita Hilarion, que veio várias vezes falar comigo, e temos uma boa relação.
Greg Burke – Ela perguntou sobre o Estado [russo]...
Papa Francisco – Ah, com o Estado. Eu sei que o Estado fala disso, da defesa dos cristãos no Oriente Médio. Isso eu sei e acho que é uma coisa boa lutar e falar contra a perseguição. Hoje, há mais mártires do que nos primeiros séculos, sobretudo no Oriente Médio.
Greg Burke: Phil Pulella... Esta pergunta falará sobre a viagem [dirigindo-se ao papa]. Devemos veremos onde termina.
Phil Pulella (Reuters) – Eu, se puder, quero falar de outra coisa, se me permite. Parto da viagem, se é para satisfazer a Greg [risos]. O senhor falou, no seu primeiro discurso, sobre o perigo das ações unilaterais, e que todos devem ser construtores de paz, no primeiro discurso ontem. Agora, o senhor falou muito da terceira guerra mundial em pedaços, mas parece que, hoje, esse medo e ansiedade estão concentrados naquilo que está acontecendo na Coreia do Norte.
Papa Francisco – Sim, é o ponto de concentração.
Phil Pulella – Exato, é o ponto de concentração. O presidente Trump enviou uma frota de navios militares ao longo da costa da Coreia do Norte. O líder da Coreia do Norte ameaçou bombardear a Coreia do Sul, o Japão, inclusive os Estados Unidos, se conseguirem construir mísseis de longo alcance. As pessoas têm medo. Está se falando da possibilidade de uma guerra nuclear, como se não fosse nada. O senhor, se vir o presidente Trump, mas também outras pessoas, o que diria a esses líderes que têm a responsabilidade pelo futuro da humanidade? Porque estamos em um momento bastante crítico.
Papa Francisco – Mas eu os chamo, os chamo e os chamarei, assim como chamei aos líderes de diversos lugares a um trabalho para resolver os problemas no caminho da diplomacia. E há os facilitadores, muitos no mundo. Há mediadores que se oferecem, há países como a Noruega, por exemplo. Ninguém pode acusar a Noruega de ser um país ditatorial, e sempre está pronta para ajudar. Para dar um exemplo, mas há tantos. O caminho é o caminho da negociação, o caminho da solução diplomática.
Essa guerra mundial em pedaços, da qual venho falando há mais ou menos dois anos, é em pedaços, mas os pedaços se alargaram, se concentraram. Concentraram-se em pontos que já estavam quentes, porque isso dos mísseis da Coreia vem de um longo ano que está se preparando, mas agora parece que a questão esquentou demais.
Eu sempre chamo para resolver os problemas pelo caminho diplomático, pela negociação, porque é o futuro da humanidade. Hoje, uma guerra alargada destruirá não digo a metade da humanidade, mas uma boa parte da humanidade e da cultura, tudo, tudo, não? Seria terrível. Eu acho que, hoje, a humanidade não é capaz de suportar isso.
Olhemos para aqueles países que estão sofrendo uma guerra interna, dentro deles, não? Onde há focos de guerra, no Oriente Médio, por exemplo, mas também na África, ou no Iêmen... Paremos! Busquemos uma solução diplomática! E, aí, eu acho que as Nações Unidas têm o dever de retomar um pouco a sua liderança, porque se diluiu um pouco.
Phil Pulella – O senhor deseja se encontrar com o presidente Trump quando vier à Europa? Foi feito um pedido para esse encontro?
Papa Francisco – Não fui informado ainda pela Secretaria de Estado de que foi feito um pedido. Mas eu recebo todos os chefes de Estado que pedem uma audiência.
Greg Burke – Acho que as perguntas sobre a viagem terminaram. Pode-se fazer mais outra? Depois podemos ir jantar às 18h30... Antonio Pelayo, da Antena 3, que o senhor conhece.
Antonio Pelayo – Bem, obrigado. Santo Padre, a situação na Venezuela degenerou ultimamente de modo muito grave e houve muitas mortes. Eu gostaria de lhe perguntar se a Santa Sé e o senhor, pessoalmente, pensam em relançar essa ação, essa intervenção pacificadora, e que formas essa ação poderia assumir.
Papa Francisco – Houve uma intervenção da Santa Sé sob um forte pedido dos quatro presidentes que estavam trabalhando como facilitadores. E isso não deu resultado. Ficou aí.
Não deu resultado porque as propostas não eram aceitas, ou se diluíam, era um “sim-sim, mas não-não”. Todos conhecemos a difícil situação da Venezuela, que é um país de que eu gosto muito. E eu sei que agora estão insistindo, não sei bem a partir de onde, acho que dos quatro presidentes, para relançar essa facilitação, e estão buscando o lugar. Eu acho que deve ser com condições, condições muito claras. Uma parte da oposição não quer isso. É curioso, a própria oposição está dividida, e, por outro lado, parece que os conflitos se tornam cada vez mais agudos. Mas há algo em movimento. Fui informado disso, mas está muito no ar ainda. Mas tudo o que se puder fazer pela Venezuela deve ser feito, com as garantias necessárias, senão jogamos ao “tin tin pirulero” [expressão popular em espanhol, que se refere ao fato de pular de uma coisa para outra, sem foco, a algo pouco sério e veleitário], e a coisa não anda.
Greg Burke – Obrigado, Santo Padre. Mais uma.
Correspondente alemão – O senhor, há alguns dias, falou do tema dos refugiados, na Grécia, em Lesbos, e usou essa expressão de “campo de concentração”, porque havia muitas pessoas. Mas, para nós, alemães, obviamente, essa palavra é muito grave e muito próxima do “campo de extermínio”. Há pessoas que dizem que se tratou de um lapso linguístico do senhor. O que o senhor quis dizer?
Papa Francisco – Vocês devem ler bem tudo o que eu disse. Eu disse que os mais generosos da Europa eram a Itália e a Grécia. E foram. É verdade, são os mais próximos da Líbia, da Síria. Sobre a Alemanha, eu sempre admirei a sua capacidade de integração. Quando eu estudava lá, havia muitos turcos, muitos turcos integrados em Frankfurt, muitos. Integrados e levavam uma vida normal.
Não foi um lapso linguístico: existem campos de concentração – desculpe – campos de refugiados que são verdadeiros campos de concentração. Há alguns, talvez, na Itália, alguns talvez em outras partes... Na Alemanha, não, com certeza. Pense no que as pessoas fazem que estão trancadas em um campo e não podem sair. Pense no que aconteceu no norte da Europa, quando queriam cruzar o mar para ir para a Inglaterra. Estão trancadas dentro.
Fez-me rir – e esta é um pouco a cultura italiana [risos] –, fez-me rir o que aconteceu em um campo de refugiados na Sicília. Quem me contou foi o delegado da Ação Católica, um dos delegados da diocese de Agrigento. Há um ou dois [delegados] na zona, não sei de qual diocese. O chefe daquela cidade onde está o campo falou com as pessoas sobre o campo de refugiados e lhes disse: “Vocês, aqui dentro, vão ter problemas de saúde mental. Vocês devem sair. Mas, por favor, não façam coisas más. Nós não podemos abrir a porta, mas fazemos um buraco atrás. Vocês saem, dão um belo passeio”. E, assim, fizeram-se relação com os habitantes daquela cidadezinha, relações boas. Eles não fazem delinquência, não fazem criminalidade. Só o fato de estarem trancados sem fazerem nada é um lager [campo de concentração, em alemão], mas não tem nada a ver com a Alemanha.
Greg Burke – Obrigado, Santo Padre.
Papa Francisco – Obrigado a vocês por esse trabalho que fazem e que ajuda a muitas pessoas. Vocês não sabem o bem que podem fazer com as suas crônicas, com os seus artigos, com os seus pensamentos. Devemos ajudar as pessoas e ajudar também a comunicação, para que a comunicação, também a imprensa, nos leve às coisas boas e não nos leve a desorientações que não nos ajudam. Muito obrigado! Muito obrigado! E boa janta! E rezem por mim!
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"Não existe um ecumenismo estático." Entrevista com o Papa Francisco no voo de volta do Egito - Instituto Humanitas Unisinos - IHU