Enquanto isso, morre-se em Gaza. Artigo de Tonio Dell'Olio

Foto: Anadolu Ajensi

Mais Lidos

  • “O capitalismo do século XXI é incapaz de atender às necessidades sociais da maioria da população mundial”. Entrevista com Michael Roberts

    LER MAIS
  • Zohran Mamdani está reescrevendo as regras políticas em torno do apoio a Israel. Artigo de Kenneth Roth

    LER MAIS
  • Guiné-Bissau junta-se aos países do "cinturão de golpes militares" do Sahel e da África Ocidental

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Março 2024

"A verdade é que nós não sabemos absolutamente nada sobre Gaza, não conseguimos nem remotamente imaginar o que significa, o que comporta e até que ponto esse embrutecimento que atinge a vida pode reduzir uma pessoa", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 01-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em Gaza agora morre-se por tudo. Não apenas pelas bombas que caem ou pelas projeteis que atingem os alvos.

Morre-se por fome e morre-se por doença. Morre-se porque não há mais médicos e hospitais suficiente para cuidar dos feridos e doentes. Morre-se por infecção porque bebe-se água poluída e agora come-se qualquer coisa que possa encher o estômago. Morre-se por epidemias que, nesse meio tempo, estão se espalhando.

E alguns morrem de medo porque o batimento para repentinamente após outro sobressalto do coração devido a um disparo.

A verdade é que nós não sabemos absolutamente nada sobre Gaza, não conseguimos nem remotamente imaginar o que significa, o que comporta e até que ponto esse embrutecimento que atinge a vida pode reduzir uma pessoa.

Nesse interim, nós ficamos discutindo se no plano da jurisprudência internacional, isso possa ser definido como genocídio ou se não estaríamos diante de um massacre, de uma série de crimes de guerra, de uma carnificina.

Mas para aquelas famílias forçadas a fugir de norte a sul da Faixa, sempre em busca de abrigos improvisados e esperando que a ajuda da Jordânia caia do céu ou que os caminhões superem os obstáculos na fronteira e que ninguém atire enquanto assalta-se um comboio de ajudas, não faz diferença se são vítimas da violação do jus in bello ou de uma guerra total. Nessa altura, só pedem misericórdia.

p>

Leia mais