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E o homem criou a morte. Artigo de Enzo Bianchi

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28 Setembro 2023

"Muitos textos antigos mostram grande resignação diante da morte percebida como caminho de toda a terra. Mas isso, em vez de nos fazer concluir que o homem daquele tempo sabia morrer, nos prova justamente o contrário: sem conhecer ainda plenamente a morte, o homem morria como uma criança. Ele ainda tinha que aprender a ver na morte o grande inimigo a ser denunciado e consequentemente estava muito longe de pressentir uma vitória de Deus sobre a morte. É assim que 'Abraão expirou morrendo em boa velhice, velho e farto de dias', assim como Isaque e os outros patriarcas. Antes de morrer Josué diz: 'Eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra', e no livro de Samuel está escrito: 'Todos nós conheceremos a morte; somos como água derramada sobre o chão, que não pode ser juntada de novo'", escreve Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, membro da comunidade Casa Madia, em artigo publicado por La Stampa, 26-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Na antiga narrativa da criação do mundo contada nas primeiras páginas do Antigo Testamento, Israel tentava principalmente exprimir uma verdade: o homem é uma criatura e o Senhor é o Criador, aquele que quis o homem e o mundo. A relação que liga o homem ao seu Deus é, portanto, acima de tudo a obediência, e toda a história que deriva daquele início não será outra coisa senão uma história medida pela obediência.

Deus molda o homem com o pó da terra e sopra em suas narinas o sopro de vida para que o homem se torne um ser vivente e da mesma forma molda do barro todos os animais e todas as aves do céu. O homem e os animais são, portanto, criaturas, fruto da vontade e da ação de Deus e têm a mesma origem: não deveriam, portanto, também ter o mesmo fim? Vida e morte não são ambas parte da condição humana? E a morte não é o destino inevitável do homem como o é dos animais? Ora, se essa é uma verdade fundamental da revelação bíblica vivenciada por cada homem e encarada de maneira extremamente lúcida pelo crente no Senhor, também é verdade que se encontra em todas as páginas da Bíblia uma força extraordinária em negar que a morte tenha sido desejada e introduzida por Deus em sua obra de criação.

O homem (adam) carrega em seu próprio nome um parentesco com a terra (adamah) e é por isso que ele é carne (basar), ser transitório caracterizado por uma condição de fragilidade, finitude e dependência. Animado por um espírito de vida, ele está vivo (nefesh) e sua respiração permanece como uma misteriosa manifestação daquele espírito (ruakh) soprado nele por Deus no ato criador. Mas precisamente porque tudo isso está profundamente unido nele, perfeitamente uno, da mesma forma que vive uma unidade inseparável de carne e sopro vital, assim inteiramente morre.

A dissolução da carne e a cessação do sopro são os sinais externos do fim do ser vivente (nefesh), daquela que nós chamamos impropriamente de alma. Todo homem experimenta a morte e esta é realmente o fim, o destino de cada coisa e de cada ser sob o sol. Um sábio da época helenística, Eclesiastes, forçado a polemizar com as ideias gregas de pensamento estoico, reitera a verdade do relato da criação: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Não há diferença na morte entre homens e animais porque “como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade”.

No entanto, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e por essa razão há nele uma superioridade sobre outras criaturas: como é possível resignar-se a tal destino? E, além disso, Deus não colocou no coração do homem um ‘desejo’, uma noção de duração, de eternidade que o torna inquieto, um dinamismo que lhe faz sentir a morte como uma violência?

Muitos textos antigos mostram grande resignação diante da morte percebida como caminho de toda a terra. Mas isso, em vez de nos fazer concluir que o homem daquele tempo sabia morrer, nos prova justamente o contrário: sem conhecer ainda plenamente a morte, o homem morria como uma criança. Ele ainda tinha que aprender a ver na morte o grande inimigo a ser denunciado e consequentemente estava muito longe de pressentir uma vitória de Deus sobre a morte. É assim que “Abraão expirou morrendo em boa velhice, velho e farto de dias", assim como Isaque e os outros patriarcas. Antes de morrer Josué diz: “Eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra”, e no livro de Samuel está escrito: “Todos nós conheceremos a morte; somos como água derramada sobre o chão, que não pode ser juntada de novo."

Conhecer o pecado, conhecer a morte

Mas seguindo a nossa leitura transversal das Escrituras, torna-se significativo o fato de que o crescimento do conhecimento sobre a morte é paralelo ao crescimento do conhecimento do pecado. Somente quando o pecado se tornou abundante é que se alcança o pleno conhecimento da morte, identificada como o grande inimigo do homem. Afinal, o pecado e a morte já não parecem ligados no relato da criação?

Quando o Senhor colocou o homem moldado da terra no jardim do Éden, onde havia a árvore da vida, deu-lhe como mandamento de comer de todas as árvores do jardim, exceto “da árvore do conhecimento do bem e do mal" porque se dela comesse morreria. O homem, porém, instigado pela Serpente que lhe insinuou uma proibição nunca dada por Deus - “não coma de nenhuma árvore de jardim!" - e sentindo a tentação de se tornar como Deus, acabou caindo na desobediência e comeu o único fruto proibido. Preferiu a árvore proibida à árvore da vida! Sabemos bem que essa narrativa da pré-história se alimenta de mitos do Médio Oriente, mas a justaposição das duas árvores no jardim e sua incompatibilidade querem significar que a morte entrou na criação não por vontade Deus, mas estreitamente ligada ao pecado, à desobediência.

O homem que come da árvore do conhecimento do bem e do mal não morre imediatamente, mas o seu conhecimento da morte, adiado em relação à queda, é depois ligado a uma maldição do solo, à dor de tirar o alimento da terra, ao suor do pão, às dores da gravidez e do parto: o homem deve voltar ao pó porque dele foi feito, pó é e pó voltará a ser.

Literalmente, Deus não executa a condenação mortal ameaçada e o homem morre porque foi tirado do pó, mas essa memoria mortis, colocada na maldição pelo pecado cometido, termina por denunciar uma ligação muito estreita entre morte e pecado. O que não é explicitamente dito aqui, requer uma leitura teológica que significativamente encontraremos no último livro do Antigo Testamento, a Sabedoria, onde lemos: “Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio a provarão."

Claro, ainda sobra o enigma desconcertante de um homem criado para a vida, imediatamente posto à prova no espaço de liberdade que Deus lhe deu e caído diante de um poder externo, a Serpente atrás da qual está o Adversário do projeto de Deus, aquele que quer o retorno da criação ao caos, ao abismo escuro e sem vida. Pecado e morte parecem, portanto, inseparáveis ​​e Paulo, justamente, voltando à história da queda através da meditação sapiencial judaica, concluirá: “por um só homem o pecado entrou no mundo e, com o pecado, a morte”.

Afinal, com o crescimento da maldição, devido ao crescente pecado dos homens das origens, os anos de vida atribuídos aos homens também diminuem: Adão morre com novecentos e trinta anos, seu filho Seth com novecentos e doze, Enos com novecentos e cinco... Enoque com trezentos e sessenta e cinco, até que Deus, vendo a crescente perversão do homem, estabelece que o limite máximo da vida será de cento e vinte anos: “Não contenderá o meu Espírito (ruakh) para sempre com o homem; porque ele também é carne (basar); porém os seus dias serão cento e vinte anos. " (Gênesis).

A existência humana, portanto, permanece limitada, “Os anos da nossa vida são setenta, oitenta para os mais robustos”, é curta como a palma da mão, quase nada, e toda a sua fragilidade é sentida como uma sombra passageira, como um sopro que se agita e se dispersa, como uma flor no campo que nasce, floresce e logo morre.

Uma coisa, porém, ainda precisa ser dita a respeito da conexão pecado-morte: apesar da ameaça virtual de Deus ao homem – “Você morrerá!” - em caso de desobediência, a primeira morte registrada pelas Escrituras é aquela de Abel, uma morte causada pelo homem, pelo irmão assassino. Quando o homem teve a história nas mãos, livremente inventou a morte e criou-a como fato central através do pecado dos pecados, o ódio do irmão, o homicídio.

Ao usurpar o dom da vida, que pertence apenas a Deus, o homem conheceu o pecado supremo, consumiu-o e, ao fazê-lo, inventou a morte. Desde então, pecado e morte têm vivido lado a lado, aliás, vivem um do outro.

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