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10 Julho 2023

O drama dos refugiados barrados na fronteira entre a Polônia e a Belarus, já descobertas 48 vítimas, mas existem milhares de pessoas das quais nada mais se sabe.

A reportagem é de Monica Perosino, publicada por La Stampa, 09-07-2023.

Bialowieza, a floresta virgem mais antiga da Europa, restituiu 48 cadáveres e engoliu milhares de almas, desaparecidas na escuridão da mata tão cerrada que nem o sol nem a lua de julho conseguem iluminar. Os sortudos que conseguem atravessá-la acabam se deparando com um muro de cinco metros de altura e são obrigados a voltar, para os espancamentos e as pauladas.

O último corpo recuperado pelos guardas é de um homem. Não tem nome, idade, passado. A pele negra denuncia um ponto de partida, genericamente indicado como: “África”. As feridas nas costas especificam que não morreu de doença.

Aqui, entre pântanos e carvalhos, na fronteira que corta a floresta em duas e separa a Polônia da Belarus com um muro de 186 quilômetros, as pessoas continuam desaparecendo e morrendo. Desde que, em 09-08-2021, o aliado de ferro de Putin, Alexander Lukashenko, decidiu perturbar a Polônia e a Europa empurrando milhares de migrantes para suas fronteiras, a rota nunca mais se fechou, muito pelo contrário.

Iraquianos, curdos, sírios, afegãos, africanos, a certa altura até cubanos e russos: desembarcam em Minsk e a pé avançam sem problemas ou impelidos por cassetetes até à fronteira, que, entretanto, é um muro e uma presença de forças sem precedentes. Eles caminham feridos por espancamentos, queimados por choques elétricos, humilhados pelas mordidas de cães dos guarda de fronteira. Eles são empurrados de volta, retornam ainda mais feridos, são novamente caçados, se perdem na floresta, morrem: "Não sabemos quantos, neste momento, estejam lutando para sobreviver, presos entre a violência belarussa e o muro polonês", diz Aleksandra, voluntária do Grupa Granica, uma rede informal criada para a crise de fronteira. "Estamos longe dos números que transformaram o Mediterrâneo em um cemitério, mas tememos que na floresta haja milhares de pessoas em perigo, assim como estamos certos de que encontraremos outros corpos. Sabemos que 48 migrantes não sobreviveram, mas “o que não sabemos é quantos não vão conseguir, e para quantos já é tarde demais". Muitos deles, como Ysuf, da Eritreia, tentaram inúmeras vezes passar “para a Europa” para pelo menos ter a esperança de tentar buscar asilo e proteção internacional. Encontrado por um voluntário, estava se escondendo há dias no meio da floresta por medo. Ele havia sido espancado cinco vezes.

Varsóvia não permite chegar ao ponto de pedir ajuda. Famílias inteiras ficaram bloqueadas por semanas, crianças, como Mila, foram separadas de seus pais presos em uma operação, e poderiam ter vagado sozinhos por dias na floresta. Nada se sabe sobre eles.

No início da crise, menos de seis meses antes da invasão da Ucrânia, entre folhas e galhos de carvalhos foram encontrados pedaços de papel amassados​, indícios de que a rota havia sido aberta intencionalmente de Minsk: recibos de voos, indicações de "agências de turismo" belorusso, indicações para transporte na fronteira polonesa. Hoje, não há mais dúvidas que Lukashenko tenha desencadeado a crise, assim como é evidente que uma rota, uma vez aberta, é difícil de fechar.

“Mas continua a ser difícil digerir que a Polônia, diante da solidariedade com o povo ucraniano, não aplique os mesmos critérios aos migrantes africanos, que também fogem das guerras e da fome”, afirma Alexandra.

As ONGs polonesas, proibidas de se aproximarem a menos de 200 metros da floresta, são muitas vezes ajudadas pelos moradores locais, que arrecadam alimentos e roupas, e sinalizam pedidos de socorro. "Mulheres grávidas, crianças, mulheres jovens, todos podem ser espancados pelos guardas. E mesmo quando o frio do inverno dá lugar ao verão, ainda não é fácil sobreviver na floresta com um braço ou uma perna quebrada".

Em 2022, a Polônia construiu um muro de aço para impedir que os migrantes cruzassem a fronteira de 416 quilômetros. “Uma armadilha - diz Karolina Grzanka, da Intersos Polonica. Esta já se tornou como a rota dos Bálcãs, nada mudou em dois anos, as pessoas estão ainda tentando cruzar a fronteira”. Para dissuadir as viagens, os guardas poloneses usam bastões, tiram o dinheiro, destoem os telefones para que os migrantes não possam mais se comunicar. A Intersos está operando na fronteira desde finais de outubro: “3.000 pessoas chegaram antes do inverno, 700 nos meses mais frios. Lembro-me do resgate de 8 sudaneses, que chegaram a Minsk de avião e depois foram a pé até o muro. Demorou uma semana, já estavam em hipotermia“. O muro não serve tanto para barrar os migrantes, explica Karolina Grzanka, mas para “quebrar pernas e tornozelos durante o salto”.

20% dos migrantes são mulheres grávidas: “O que mais me entristece é que a Polônia continue a ser um país contra os migrantes, ucranianos à parte, usados pelo governo como bicho-papão. Apesar da imensa generosidade em acolher refugiados da guerra de Putin, para os negros continua sendo a Polônia de sempre". A Intersos está ao lado das ONGs com suas equipes médicas, e quando chega um pedido de ajuda, se aproxima o máximo possível da floresta.

Embora Lukashenko esteja empenhado em servir Putin, “o mínimo que se pode dizer é que continua a ‘facilitar’ a chegada de refugiados” à Polônia: faz parte da sua guerra híbrida contra a Europa. E ontem os presidentes da Lituânia, Polônia e Letônia lançaram o alarme sobre a situação da Belarus em uma carta dirigida à OTAN em vista da cúpula de Vilnius. Os três chefes de estado pedem "solidariedade e união" para enfrentar as "diversas ameaças" que decorrem da situação na Belarus. Varsóvia decidiu enviar outros 500 agentes para a fronteira. Eles se juntarão aos 5.000 guardas de fronteira e aos 2.000 soldados que "mantêm a fronteira segura".

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