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Rolex, Tiffany, Bulgari e o ‘ouro do sangue’ Yanomami

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01 Fevereiro 2023

O governo de Jair Bolsonaro é o principal responsável pela crise humanitária nas comunidades indígenas da Amazônia, que foi denunciada nesta semana em uma série de imagens duras de centenas de crianças desnutridas do Povo Yanomami.

A reportagem é de Andy Robinson, publicada por Ctxt, 31-01-2023. A tradução é do Cepat.

A invasão da imensa reserva Yanomami por milhares de garimpeiros ilegais de ouro e diamantes foi incentivada diretamente pelo governo Bolsonaro, como parte de uma ofensiva contra as áreas indígenas protegidas pela Constituição brasileira e que se estendem por quase um terço da Amazônia.

Os chamados garimpeiros têm desmatado e cometido graves ataques contra seus habitantes, incluindo violações e assassinatos. O uso de mercúrio para separar o ouro da rocha afetou gravemente a pesca, principal fonte de subsistência de muitos dos 30.000 Yanomami, bem como de centenas de milhares de outros povos indígenas da Amazônia. E tudo isso enquanto o governo fazia vistas grossas.

Mas há outros responsáveis pela crise humanitária dos Yanomami, segundo organizações não-governamentais consultadas no Brasil: o mercado mundial de ouro e as grandes marcas de luxo, empresas como LVMH ou Rolex, que faturam bilhões de dólares com a venda de joias e relógios fabricados com ouro de possível origem ilegal.

“Mais da metade do ouro exportado do Brasil tem indícios de ilegalidade”, diz Larissa Rodrigues, pesquisadora do Instituto Escolhas, de São Paulo. “A maior parte é refinada na Europa, por isso é muito provável que haja sangue indígena nas joias de luxo ali compradas”, conclui.

Apesar das tentativas de limpar a imagem do negócio multibilionário, nenhuma das marcas de consumo ostensivo forneceu evidências convincentes de ter eliminado o chamado “ouro de sangue” de suas cadeias de suprimentos.

Marcas como Rolex e Swatch, com sede em Zurique, bem como Tiffany e Bulgari, ambas filiais da LVMH, não deram informações sobre a origem do ouro que compram.

“A Rolex e a Swatch se recusam veementemente a falar sobre as fontes do seu ouro”, explica Mark Pieth, da Universidade de Basileia, em seu livro Gold laundering, the dirty secrets. “A Rolex não fornece informações sobre suas matérias-primas e, em algumas investigações, não forneceu nenhum contexto sobre sua cadeia de suprimentos de ouro”, concorda a Amazon Watch.

A Tiffany só fornece dados sobre 16% do ouro que usa. A Bulgari insiste que seu ouro vem de duas minas que atendem aos requisitos do Conselho de Joalheria Responsável. Mas a ONG Human Rights Watch denunciou falhas graves nas auditorias desse conselho e adverte que não é garantia que não tenham sido cometidas violações de direitos humanos na obtenção do ouro.

As refinarias de ouro na Suíça já utilizam um processo químico para descobrir o país de origem do ouro. Mas isso não é suficiente para saber se é ouro de sangue ou não, adverte Pieth. Embora tenha sido desenvolvida uma estratégia de marketing sob o lema “Joias Sustentáveis”, não foi desenhado um método de identificação do ouro equivalente ao Processo de Kimberley, que foi adotado no mercado de diamantes após o escândalo de financiamento de conflitos na Serra Leoa.

O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva abriu investigações sobre ministros e funcionários do governo Bolsonaro, acusados de negligência ou mesmo de genocídio. Da mesma forma, "será extinta a presunção de boa-fé quanto às informações sobre a origem do ouro prestadas pelos vendedores", disse o novo ministro da Justiça, Flávio Dino. “A lei atual permite que o ouro ilegal se transforme magicamente em ouro legal”.

Mas com a demanda cada vez maior por ouro e os preços próximos dos máximos históricos, é difícil resistir aos incentivos para cometer crimes. Como acontece no tráfico de drogas, a desigualdade extrema, que leva 30 milhões de brasileiros a uma situação de fome, leva muitos a se tornarem garimpeiros.

Na outra ponta do abismo, as vendas de joias e relógios da LVMH – cujo fundador Bernard Arnault já ultrapassou Elon Musk e Bill Gates na liga dos mais ricos, com patrimônio líquido de 190 bilhões de dólares – aumentaram 167% em 2021, de acordo com um relatório da Amazon Watch/Profundo. Graças ao prodigioso poder de compra de uma nova classe de consumidores super-ricos, as vendas de bens de luxo – incluindo joias de ouro – totalizaram 1,4 trilhão de euros em 2022, mais do que o PIB da Espanha.

“Podemos estar caminhando para uma recessão, mas há um grupo de pessoas que não consegue parar de gastar… os ricos”, resume Rana Foroohar no Financial Times. Os gastos com bens de luxo cresceram 20% em 2022, mais do que qualquer outro segmento de mercado. Tudo isso cria uma demanda insaciável por ouro, legal ou ilegal.

A impunidade tem sido total até agora. Não apenas na Amazônia, onde Bolsonaro incentivou os garimpeiros a penetrar em áreas protegidas. Também na Europa. Em 2021, a Polícia Federal brasileira denunciou, em uma operação chamada Terra Desolata, que uma refinaria da empresa Chimet, em Abruzzo, na Itália, processava grande parte do ouro extraído de uma mina ilegal dentro da reserva indígena Kayapó, em Ourilândia do Norte, no estado amazônico do Pará. Apesar disso, nenhuma medida foi tomada contra a empresa italiana.

Os Kayapó, segundo o cacique Patkore Kayapó, consultado por telefone esta semana, não podem mais pescar no Rio Fresco devido à contaminação. Alguns indígenas já circulam com carrinhos de compras, às vezes com cocar de penas e corpos pintados, pelos supermercados de descontos de Ourilândia do Norte, ainda que os preços sejam proibitivos. Mais ao norte, em terra Yanomami, a Aeronáutica começou a distribuir latas de sardinha para suprir a falta de peixes de rio.

Enquanto isso, no mundo dos ricos, quem mais consome joias são os jovens bilionários das gerações X, Y e até Alpha, segundo a consultoria Bain & Company. Neste setor, “dominam compras como roupas e joias e as pessoas começam a comprar a partir dos 15 anos”.

Diante do panorama, pode ser lógico sugerir que há outros responsáveis indiretos pela tragédia dos Yanomami: as celebridades da era do "bling-bling" – traje ostentoso – que anunciam joias de luxo enquanto se declaram defensoras da proteção da Amazônia e de seus habitantes.

Angelina Jolie, Beyoncé e Shakira, por exemplo, todas identificadas com campanhas em defesa dos direitos humanos, já promoveram joias da marca de luxo brasileira HStern, multinacional joalheira com sede no Rio de Janeiro.

Segundo fontes da Polícia Federal brasileira citadas em uma investigação da Repórter Brasil, a HStern estaria envolvida no tráfico de ouro extraído ilegalmente do território Yanomami.

Leia mais

  • Garimpo ilegal traz fome, doença e exploração sexual para Território Yanomami, diz estudo
  • Yanomami ontem, hoje e amanhã. Artigo de missionários do Cimi
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  • Etnocídio Yanomami e Ecocídio Amazônico
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