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18 Junho 2020

Pode parecer irônico que neste ano de colapso dos intercâmbios internacionais, o economista agraciado com o Prêmio Princesa das Astúrias de Ciências Sociais não seja outro que Dani Rodrik, famoso por sua análise crítica à globalização. Rodrik defende algumas posições que não compartilho, especialmente em relação ao euro, mas poucos diagnosticaram com tanta precisão e antecedência as tensões e desigualdades que surgiriam de um sistema global imperfeito e que dominam a política duas décadas depois.

A reportagem é de Marta Domínguez Jiménez, publicada por Letras Libres, 16-06-2020. A tradução é do Cepat.

Seu emblemático “trilema” é uma leitura obrigatória para qualquer um que queira entender a dinâmica da globalização. Ao mesmo tempo, e embora menos conhecido, vale a pena destacar sua análise da desindustrialização prematura e o caminho que tem pela frente as economias emergentes, novo e altamente relevante para aqueles que elaboram políticas de desenvolvimento. Com grande rigor acadêmico e excelentes habilidades de comunicação, Rodrik realiza um trabalho necessário com suas críticas academicamente impecáveis a um sistema com muito a melhorar, embora também tenha muito que merece ser defendido.

De origem turca, Rodrik veio para Harvard nos anos 1970, de Istambul. Foi nos anos 1990 do otimismo desenfreado, refletido em uma produção cultural totalmente internacionalista, que ficou conhecido como acadêmico. Na época, foi um dos primeiros a alertar para as piores tendências de uma globalização que então considerávamos pouco mais que uma enorme fonte de riqueza e a melhor cura para a pobreza.

Após décadas de atraso, em 1995, finalmente, nasceu a Organização Mundial do Comércio (OMC), cópia de uma proposta histórica e fracassada de Keynes na conferência de Bretton Woods. O GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) do qual surgia a OMC acabava de experimentar sua rodada de negociações mais bem-sucedida, resultando na maior diminuição das barreiras comerciais na história. O capitalismo havia vencido a guerra de ideias e a evolução chinesa ainda era uma fonte de profundo otimismo no Ocidente. Nesse clima do início de 1997, antes da crise financeira asiática, do estouro da bolha ponto.com e, claro, do 11 de setembro, Rodrik publicou seu agora emblemático livro com o provocador título: “A globalização foi longe demais?”.

Neste volume, enumera três principais fontes de tensão diante do aumento da integração global. Com rigor, questionava o sistema internacional em contradição direta com os paradigmas estabelecidos da época e as correntes entre as quais foi formado. Rodrik avaliava que a globalização dividia a sociedade entre aqueles capazes de se beneficiar de relações transfronteiriças (os trabalhadores altamente qualificados ou que chamamos de vencedores da globalização) e aqueles cujo trabalho estava facilmente se tornando substituto (perdedores da globalização). As fissuras resultantes entre os grupos acentuariam as tensões sociais.

Também identificou a tensão que surgiria entre um mundo de normas (e cultura) internacionais e as idiossincrasias nacionais e aqueles que buscavam defendê-las. Por fim, previu a capacidade reduzida dos governos nacionais em fornecer redes de segurança e apoiar seus cidadãos. Independente da opinião de cada um, não há dúvida sobre a relevância dessas tensões hoje em dia: quantas vezes participamos desses mesmos debates, desde então.

Ainda mais famoso, seu emblemático trilema de 2011 simplifica muito uma decisão existencial que deve ser tomada por todos os estados. Fundamentalmente, Rodrik defende que os países possam escolher duas das três opções a seguir: hiperglobalização econômica, soberania nacional e políticas democráticas. O compromisso de Bretton Woods é o exemplo claro de um mundo de soberania nacional e políticas democráticas, enquanto que a hiperglobalização econômica, com políticas democráticas, resultaria em um cenário de governança global (do qual ainda não temos um exemplo absoluto).

Talvez a China seja o protótipo mais citado de hiperglobalização econômica e da soberania nacional, embora a comparação seja muito imperfeita. De muitas maneiras, a União Europeia foi uma resposta prematura a esse trilema de Rodrik, uma solução ‘sui generis’ para permitir a hiperglobalização entre um grupo de países com políticas democráticas e soberania mais ou menos compartilhadas entre os diferentes níveis de governança. Sua construção, e especialmente a do euro, também são objeto das críticas de Rodrik.

Finalmente, gostaria de destacar uma área menos conhecida de seus trabalhos posteriores, que ele chama de desindustrialização prematura dos países em desenvolvimento. A industrialização foi o recorrente roteiro para o desenvolvimento das economias, há mais de um século. Combina rápidos aumentos de produtividade, a possibilidade de exportar e, portanto, de crescer sem limitações de demanda e a absorção de trabalhadores pouco qualificados.

No entanto, o desenvolvimento tecnológico está mudando o panorama em muitos países emergentes, cujos picos industriais (em função da porcentagem de emprego dedicado a essas atividades) não se aproximam nem remotamente daqueles que tiveram os países europeus e dos chamados “tigres asiáticos”.

Rodrik nos alerta que a janela de oportunidades para muitos países está se fechando. Em apenas algumas décadas, a industrialização não será o motor do desenvolvimento econômico de uma sociedade. Simultaneamente, esboça o potencial do setor de serviços para desempenhar esse papel.

Hoje, vivemos tempos difíceis para a globalização, que é governada pelo debate entre vencedores e perdedores. A OMC se encontra em estado terminal e os fluxos de capital comercial e internacional entraram em colapso, frente à covid-19 sem dúvida, mas também por tendências anteriores. Rodrik foi capaz de identificar, há mais de duas décadas, a fonte de certas fissuras no sistema que hoje domina nossos debates políticos. Sua crítica, construtiva, como bem ressaltou o júri do Prêmio Princesa das Astúrias, sempre buscou fazer do sistema algo “mais sensível às necessidades da sociedade”.

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