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Coronavírus: confinamento é um luxo inviável para os mais pobres, afirma sociólogo francês

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14 Abril 2020

Como sociólogo e professor da Universidade Paris 8, Hamza Esmili tem se dedicado a estudar temas como a desigualdade, a radicalização e a marginalização urbana, que são muito recorrentes nos famosos subúrbios de Paris.

Ele vive no mais emblemático de todos, Saint-Denis, palco de violentos protestos que acabaram se espalhando pela França em 2005. À época, a população saiu às ruas para manifestar insatisfação com o alto desemprego e a brutalidade policial.

Quinze anos depois, Saint-Denis figura como uma das regiões da França com os mais altos índices de criminalidade, desemprego e, agora, mortalidade pelo novo coronavírus."É como se a vida dos pobres não tivesse nenhum valor", afirma Esmili em entrevista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

A pandemia atingiu com força os franceses e a economia do país. Na semana passada, o Banco da França anunciou uma queda de 6% no PIB, o pior desempenho trimestral desde 1945. E o número de infectados segue aumentando. Até esta segunda-feira (13/04), o país havia registrado 133 mil casos da doença e 14 mil mortes.

Para o sociólogo francês, o confinamento é um luxo que não chega às classes mais pobres, que precisam continuar trabalhando para sobreviver.

A entrevista é de Norberto Paredes, publicada por BBC News Mundo, 13-04-2020.

Eis a entrevista.

 

Qual é a opinião do senhor sobre o confinamento?

Acredito que obviamente o confinamento é necessário para frear a pandemia atual. Mas, como sociólogo, vejo que a ideia de confinamento tem um certo número de pressupostos e não corresponde à realidade. Especialmente, não corresponde à realidade da população nos bairros mais pobres.

O confinamento é um conceito burguês. A ideia é que todos tenhamos uma casa separada, um pouco burguesa, na qual possamos nos refugiar quando há uma pandemia ou um desastre natural. Mas nos bairros pobres não vejo nada disso. Existe uma realidade rodeada de condições insalubres, mas não é só isso. Nesse tipo de bairro, há casas em que vivem quatro, cinco pessoas por cômodo, por exemplo.

Há também moradias que não são habitáveis, onde não é possível ficar ali o dia inteiro porque o espaço não serve para isso. O problema do confinamento é que ele se baseia numa espécie de mentira, de que estamos todos confinados. Mas em bairros mais pobres, como Saint-Denis, muita gente continua trabalhando, já que algumas fábricas continuam abertas, alguns mercados continuam abertos. O mesmo se passa com os agentes de segurança.

Tudo isso tem consequências dramáticas. Hoje, a região de Saint-Denis tem uma das mais altas taxas de mortalidade da França por causa do vírus.

Como a população local recebe anúncios do governo de que não deve sair em casa e deve trabalhar remotamente, se puder?

Isso não significa nada para eles. É como se você falasse em um idioma que ninguém entende. Não se traduz no cotidiano de muitas pessoas. Como você diz a um caixa de mercado para trabalhar remotamente? Como você diz isso a um vigia?

Eles não têm medo de se infectar?

Claro que sim. Mas o que é possível ser feito quando se trabalha em um hospital ou quando se encontra em uma situação em que tem de alimentar sua família? Hoje, por exemplo, uma caixa de um mercado de Saint-Denis morreu. No dia anterior, foi um açougueiro que morreu.

As pessoas morrem porque as circunstâncias as obrigam a continuar trabalhando. Isso gera medo e raiva ao mesmo tempo, porque muitos se sentem abandonados. É como se a vida dos pobres não tivesse valor nenhum.

O senhor acredita ser possível permanecer confinado quando se vive em um bairro periférico na América Latina, no Sudeste Asiático ou na África?

O caso brasileiro é ainda mais complicado porque lá o próprio presidente nega a realidade da pandemia. Em alguns casos, como no Marrocos, uma realidade que eu conheço bem, o confinamento é extremamente difícil porque a maioria da população vive de economia informal.

Atualmente, temos visto manifestações no Líbano, na Tunísia e em um países do hemisfério sul, onde as pessoas falam 'sim, o coronavírus mata, mas mata menos que a fome. A fome mata com certeza'.

O senhor acha necessário impor punições a quem viola as medidas de confinamento, como tem sido adotado em alguns países, como a França?

Acho que essa é uma medida extrema. Há governos que têm sido inconsistentes no tratamento da crise. Na França, o Estado manteve as eleições municipais no mesmo momento em que a epidemia ganhava força no país.

Hoje, sabemos prefeitos que morreram e pessoas que colaboraram nos colégios eleitorais também foram afetadas. Contamos com governos que não sabem como gerenciar a crise e mudam de opinião constantemente. Essas ações têm cobrado vidas humanas. Punir pessoas, seja por repressão policial, multas ou prisão, parece grave e extremo para mim.

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