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Chile. Restauração conservadora em tempos de constituinte?

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29 Novembro 2021

 

“A vitória de Gabriel Boric, no próximo dia 19 de dezembro, é muito mais do que a vitória de um candidato em particular, do Pacto Aprovo Dignidade ou de um determinado setor político. Tem relação com o cuidado da convivência no país e a defesa de um processo inédito, conduzido por milhões de chilenos que acreditaram que era possível fazer uma constituição de forma diferente, após mais de 200 anos de história”, escreve Andrés Kogan Valderrama, sociólogo, em artigo publicado por OPLAS, 26-11-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

A surpreendente vitória no primeiro turno presidencial do candidato de ultradireita José Antonio Kast, com superioridade em relação ao candidato Gabriel Boric, não apenas coloca em xeque a possibilidade de um futuro governo de cunho transformador no Chile, como também coloca em risco o próprio processo constituinte em curso no país.

A verdade é que está muito difícil entender o que aconteceu no Chile naquele dia, já que víamos a ascensão da ultradireita negacionista como uma ameaça que não chegaria tão cedo, considerando tudo o que aconteceu no país e o colapso do governo de Sebastián Piñera, após a revolta social e a instalação da Convenção Constitucional.

Embora a porcentagem de votos alcançada por Kast não seja muito alta (27,91%), o problema maior é o fraco desempenho do candidato do bloco Aprovo Dignidade (25,83%), que obteve praticamente o mesmo resultado das primárias (somado aos votos de Daniel Jadue), o que demonstra que sua candidatura evoluiu bem abaixo do que se esperava.

As causas da baixa votação de Gabriel Boric são certamente múltiplas e correspondem a diferentes fatores internos e externos da campanha, mas o que está claro é que para obter uma vitória no segundo turno, no próximo dia 19 de dezembro, terá que inevitavelmente ceder muito de seu programa de governo antineoliberal e fazer alianças com setores de esquerda mais conservadores, como é o caso dos partidos da ex-concertación.

Além disso, parece que também terá que responder ao discurso impulsionado por Kast, centrado no medo e na ordem pública, sendo que a criminalidade, o narcotráfico e a falta de certeza econômica parece que serão os temas abordados pelos grandes meios de informação para os próximos debates entre os dois candidatos.

Por isso, Boric compreendeu que a segurança é um tema central para as próximas semanas e está adaptando seu discurso de campanha, o que obviamente é um risco, pois pode ser visto como algo não credível a essa altura, podendo até mesmo ser contraproducente.

Pela mesma razão, o fato de ter incluído Eduardo Vergara como responsável pela segurança em seu governo é um acerto, considerando que não será suficiente que fale sobre o assunto, caso não apresente um discurso que se diferencie da ultradireita, questionando fortemente o populismo penal e a guerra contra as drogas de Kast, e proponha uma alternativa sem complexos, posicionada à esquerda, que vá muito além da punição (1).

A mesma coisa em relação à esfera econômica, que deve se voltar ao chileno(a) médio(a), que foi abandonado(a) por um Estado improvidente e abusado(a) por grandes setores empresariais, fazendo com que as famílias vivam completamente bancarizadas, por meio do crédito, ao passo que o Estado goza de grandes reservas no estrangeiro.

Diante disso, também seria interessante incorporar no governo o economista da Fundação Sol, Marco Kremerman, que melhor do que ninguém no país desmontou empiricamente o mito da chamada classe média (2), que não passa de uma construção das elites, que permitiu implementar um discurso do esforço individual, da meritocracia e do empreendimento.

Não obstante, para além dessas estratégias de campanha para o segundo turno, o que mais deve nos preocupar, caso vença José Antonio Kast, não é propriamente o seu governo, que será limitado por não ter maioria no congresso, mas o uso de seu cargo para fazer uma campanha, no Executivo, contra a Convenção Constitucional.

O candidato do Partido Republicano já manifestou explicitamente que caso seja presidente e não concorde com o texto constitucional que for escrito, o que certamente acontecerá, levantará a bandeira da recusa ao plebiscito de saída do ano 2022(3), sendo seu governo um mero instrumento para uma restauração conservadora.

Um cenário assim, de confronto entre José Antonio Kast e a Convenção Constitucional, não apenas causaria um gigantesco dano à democracia do país, como também poderia gerar um clima de violência política de alcance insuspeitado, trazendo consigo muito sangue e uma fratura total no país.

Consequentemente, de maneira irresponsável, Kast utilizará o seu cargo de presidente para destruir a paz social que tanto diz defender, passando por cima de tudo o que se está buscando construir institucionalmente para o país, deixando evidente que mais do que o bem no Chile, está preocupado em manter a ordem autoritária, fazendo fracassar o processo constituinte para manter a qualquer preço a Constituição de 1980.

Diante de tudo o que foi apontado, a vitória de Gabriel Boric, no próximo dia 19 de dezembro, é muito mais do que a vitória de um candidato em particular, do Pacto Aprovo Dignidade ou de um determinado setor político. Tem relação com o cuidado da convivência no país e a defesa de um processo inédito, conduzido por milhões de chilenos que acreditaram que era possível fazer uma constituição de forma diferente, após mais de 200 anos de história.

Notas

1: https://www.theclinic.cl/2021/11/22/columna-de-eduardo-vergara-seguridad-y-orden-las-llaves-para-entrar-a-la-moneda-y-gobernar/ 

2: https://www.youtube.com/watch?v=l9wNlf8O1-c&t=906s&ab_channel=HolaChileLaRed 

3: https://www.youtube.com/watch?v=lTCiEhrn6SE&ab_channel=Pol%C3%ADticaChile

 

Leia mais

 

  • Chile. Gabriel Boric, o ex-líder estudantil que quer acabar com o neoliberalismo
  • Chile. O ultradireitista Kast: o pesadelo dos indignados
  • José Antonio Kast, o neopinochetismo com Bolsonaro
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  • Chile. A construção do poder constituinte
  • Chile. Camilo Catrillanca, mártir do povo mapuche, expressão da violência do Estado 

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