Ajuda humanitária não chega à população de Gaza

Foto: UNRWA

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25 Julho 2025

Dos 2,1 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, perto de 100 mil mulheres e crianças estão sofrendo de desnutrição aguda grave e precisam de tratamento urgente. Um terço da população está sem comer há dias seguidos, denunciou no início da semana o diretor de respostas de emergências do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Ross Smith.

A informação é de Edelberto Behs, jornalista.

“As pessoas estão morrendo por falta de assistência humanitária todos os dias, e estamos vendo isso aumentar dia após dia”, declarou. Durante o cessar-fogo, no início de maio, o PMA transportou mais de 200 caminhões de assistência por dia para Gaza. Desde então, o programa só conseguiu levar menos de 10% do necessário para a população oprimida pelo exército israelense.

Ele pediu a entrada de pelo menos 100 caminhões por dia, e defendeu um roteamento adequado dentro do enclave para que as equipes de ajuda humanitária possam se mover de forma independente. Solicitou, ainda, que não haja atores armados perto dos pontos de distribuição de alimentos, perto dos comboios, e que as equipes de ajuda alcancem as pessoas onde elas estão e não em locais pré-determinados.

A Agência France Presse (AFP) e o seu sindicato de jornalistas apelou às autoridades israelenses que permitam a evacuação de repórteres freelancers contratados desde o início de 2024, quando a empresa retirou sua equipe internacional da Faixa de Gaza, uma vez que a imprensa estrangeira está proibida de entrar no território ocupado.

Os freelancers são os únicos a reportar de dentro de Gaza. “Se a situação continuar assim por mais alguns dias, todos morreremos de fome”, compartilhou no Facebook um dos jornalistas locais contratados pela agência. A direção da AFP classificou a situação como “insustentável”, apesar da “coragem, comprometimento profissional e resiliência” da equipe.

Fundada em 1944, a AFP cobriu guerras e crises diversas em todo o mundo. Mas esta é a primeira vez, lembra a Sociedade de Jornalistas da AFP, que a agência enfrenta a possibilidade de perder profissionais para a fome.

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