20 Março 2023
Com o encerramento da investigação, o Ministério do Trabalho e Emprego concluiu que 85 trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão em lavouras de arroz em Uruguaiana foram explorados pela Basf, multinacional de sementes. A empresa deve depositar 365,5 mil reais como verbas rescisórias para os agricultores.
A informação é publicada por Matinal, 20-03-2023.
Os trabalhadores, que atuavam na remoção de arroz vermelho – planta daninha encontrada em lavouras de arroz –, foram resgatados de duas propriedades no último dia 10. De acordo com o MTE, a Basf "detinha absoluto controle e gerenciamento sobre tudo o que acontecia na plantação, incluindo a capacitação e a utilização dos trabalhadores resgatados". Em nota, a empresa afirmou que "recebeu com surpresa a manifestação".
O resgate ocorreu menos de duas semanas depois de revelada a exploração de mais de 200 safristas que trabalhavam em vinícolas da serra gaúcha. Após os episódios, na sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o governo do RS assinaram um acordo de cooperação para combater o trabalho escravo. Segundo afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB), o objetivo é reforçar as ações de conscientização para evitar que se repitam casos semelhantes no Estado.
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Basf é “efetiva empregadora” de trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão em Uruguaiana, RS - Instituto Humanitas Unisinos - IHU