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Nawal, o anjo que tenta salvar os migrantes: "No nosso mar vivemos um segundo Holocausto"

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14 Setembro 2022

  

No nome está gravada a sua missão: Nawal, em árabe, significa dom. Esta ítalo-marroquina de 35 anos decidiu dedicar sua vida aos últimos dos últimos: os migrantes. Um dom, o dela, que doa todos os dias a quem abandona tudo para buscar uma nova vida a bordo de um barco aos pedaços.

 

Na época da indiferença coletiva, escolheu não se virar para o outro lado. Desde os 14 anos, Nawal Soufi tem ajudado dezenas de milhares de migrantes, denunciando os abusos que sofrem ao longo das rotas que levam à Europa. Tentar falar com ela pelo telefone é uma façanha: ela passa a maior parte do tempo, muitas vezes até noites sem dormir, coletando informações sobre naufrágios e barcos em perigo para poder alertar as guardas costeiras europeias e norte-africanas e permitir os resgates no mar. "Eu não trato de migrantes, eu mesmo sou uma migrante - ela gosta de repetir -. Numa terra, a Sicília, de migrantes”.

 

A reportagem é de Filippo Femia, publicada por La Stampa, 13-09-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Ela chegou à Itália quando tinha pouco menos de um mês de idade. Herdou o valor da solidariedade e da hospitalidade de seus pais, que chegaram a Catânia vindos do Marrocos. “Quando havia naufrágios nas costas da Sicília, eles eram os primeiros a ajudar as famílias do norte da África a recuperar os corpos daqueles que não conseguiram sobreviver”, conta ela. Estudante de Ciência Política e Relações Internacionais, atuou como jornalista e mediadora cultural, trabalhando também como intérprete nos tribunais e na prisão. Mas foi nos centros migrantes da ilha que descobriu a sua vocação: “Falando italiano e quase todos os dialetos árabes, traduzia as necessidades de quem acabava de desembarcar e não tinha a quem recorrer.

 

Depois os ajudava com as questões burocráticas para o pedido de asilo”. Para todos ela se torna "o anjo dos migrantes". Logo seu número de celular é passado de mão em mão, numa corrente virtual, entre os desesperados em fuga de guerras, carestias e pobreza. Sua vida muda um dia em 2013, ano em que o Mediterrâneo se transforma em um imenso cemitério de água. “Recebi um telefonema do mar, nunca tinha me acontecido: eram migrantes à procura de ajuda - recorda -. Liguei imediatamente para a Guarda Costeira e não parei desde aquele dia”.

 

Foi ela quem contou no Facebook a tragédia de Loujin, a menina síria de quatro anos que morreu de sede em um pequeno barco à deriva na costa maltesa. Havia saído do Líbano para a Itália, há dias não havia comida nem água a bordo: “Eu alertei as autoridades em Valletta, mas elas não enviaram nenhuma ajuda. Nenhuma embarcação de passagem parava para prestar socorro – explica -. No Mediterrâneo, estamos vivendo um segundo Holocausto, mas todos viram o olhar”.

 

Mais de 70.000 pessoas a seguem no Facebook, suas publicações são uma mistura entre um diário íntimo e um lugar de denúncia. Mas para as suas batalhas, Nawal coloca seu corpo. Literalmente. Dos campos de refugiados de Lesbos às florestas na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia, ele acompanhou os migrantes em suas travessias desesperadas. Caminhou no frio do inverno balcânico ao lado daquelas pessoas, depois mandadas de volta às portas da Europa para testemunhar os abusos que sofrem: “Quando olho nos seus olhos não posso deixar de sentir vergonha - confessa -. Um dia teremos que explicar aos nossos filhos por que ficamos calados quando milhares de seres humanos estavam morrendo tentando chegar a um lugar que consideram seguro”. Para ajudar os migrantes, ela arrecada fundos que depois usa para comprar comida, sapatos ou pagar uma consulta médica ou uma recarga de telefone.

 

O seu é um grito de dor e de denúncia, que quer despertar as consciências da Europa e dos seus cidadãos: "Temos sangue nas mãos, não vamos esquecer disso - desabafa -. Vivemos naquela parte do mundo que deve assumir as responsabilidades por todos os massacres de migrantes que ocorrem todos os dias no silêncio mais absoluto”. A quem lhe pergunta quem a obriga a sacrificar a sua vida assim, ela responde com um sorriso: “É o coração que me paga. Os olhares das crianças que conseguem pôr os pés na Europa são uma recompensa incomensurável: naqueles momentos sinto-me mãe”.

 

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