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A Igreja queima, mas se regenera. Artigo de Gianfranco Ravasi

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01 Junho 2021

 

"O problema da pandemia misturou as cartas sociais e culturais e, portanto, afetou também a religião. Apesar do esgotamento do cristianismo histórico institucional, a espiritualidade continua a se aninhar de forma fecunda na contemporaneidade, mesmo que eventualmente com os desvios do sacralismo e do devocionismo e os pesadelos do fundamentalismo", escreve o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 30-05-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

A Europa apresenta várias questões críticas (poucas vocações, declínio demográfico e pobreza generalizada), porém, contrastadas por uma espiritualidade forte e nova. Sobrevivido a constantes reduções sofridas por minha biblioteca pessoal durante as várias mudanças ou as doações, no mês passado encontrei, devidamente empoeirado, um livro publicado em 1977 com o título mordaz, O cristianismo está prestes a morrer? Foi composto por um historiador do calibre de Jean Delumeau, tendo em vista a Igreja e a sociedade francesa da época.

“La Chiesa brucia. Crisi e futuro del cristianesimo”
[A Igreja queima. Crise e futuro do cristianismo,
em tradução livre] (Ed. Laterza), escrito por Andrea Riccardi

Agora, com um título igualmente provocador, mas com um panorama mais amplo, especialmente na Europa, outro importante historiador como Andrea Riccardi, o fundador da Comunidade de Santo Egídio, chega às livrarias: La Chiesa brucia? (A Igreja queima?, em tradução livre) ele se pergunta, adotado como parábola simbólica o incêndio de Notre-Dame de 2019, lido por alguns como o sinal do desmoronamento do cristianismo em sua fase terminal, visto por outros como um fogo sob as cinzas, pronto para reavivar-se e resplandecer em luz e calor.

O autor no subtítulo recolhe este oximoro interpretativo falando de "crise e futuro do Cristianismo", reapropriando-se de uma frase sugestiva do Cardeal Carlo M. Martini:" A perenidade é garantida por Cristo à Igreja, não às Igrejas individuais, corresponsáveis por seu futuro". O teatro desta crise, que certamente não pode ser resolvida nem pelo entrincheiramento autodefensivo do tradicionalismo conservador, nem por uma cativante debilitação temática de viés progressista, é criada por Riccardi através de uma sequência de quadros que se sucedem visando o horizonte europeu. Para descrever seu cenário, talvez a imagem mais pertinente seja a de uma tomada cinematográfica: o zoom parte da Itália, retratada em seus antecedentes históricos e na contemporaneidade onde a prática religiosa perde força, as vocações se esgotam, o impacto sócio-político-cultural se encolhe, para depois seguir adiante.

A lente passa então para a Espanha, outrora muito católica, em vão revivida pelas estratégias de ataque da hierarquia eclesiástica de ontem, enquanto hoje se encontra empenhada em um diálogo difícil com a sociedade secularizada e insidiada pelo neo-protestantismo evangélico. Muitas vezes lemos nos jornais sobre a Alemanha e seu "caminho sinodal", como se fosse uma "alternativa progressista ao Papa Bergoglio".

A série de quadros, sempre sustentados por uma rica e interessante documentação, inclui também o leste europeu com a Hungria de Orbàn e a Igreja ainda poderosa da Polônia ladeada pela visão identitária e nacionalista do partido "Direito e Justiça". Nesse sentido, o discurso também se volta para o modelo do nacional-catolicismo, surgido já na virada do século XX, muitas vezes ancorado em tabelas de valores fixos e “não negociáveis”, um modelo a não ser confundido, aliás, a ser oposto àquele católico-democrático iniciado na Itália por Dom Sturzo em contraste com o nacionalismo fascista.

A esta altura, sempre movendo-se no terreno histórico, Riccardi dirige um aguçado olhar hermenêutico para os nós daquela crise que primeiro representou. O termo grego krisis semanticamente remete à categoria de "juízo" e não à de declínio. Claro, algumas tipologias podem estar passando por dificuldades, evoluindo ou em metamorfose. A lista pode aumentar e o autor foca o seu objetivo nos vários elos que a compõem: o enfraquecimento das vocações religiosas, o definhamento das paróquias, a questão feminina que questiona a dominação masculina, o fenômeno migratório, o desmantelamento da própria sexualidade, a inverno demográfico, a agonia da família, a viseira provocada pelo individualismo, a perda da memória histórica, a urbanização e o anonimato, os baques econômicos, as devastações ecológicas, as pobrezas generalizadas e, de forma mais geral, a fluidez da antropologia e da sociedade e, acima de tudo, a transição para o status arriscado da indiferença amoral e arreligiosa que substitui o ateísmo conclamado.

Riccardi escolhe alguns emblemas da "crise-juízo" regenerativa: o pontificado longo e complexo de João Paulo II, incisivo mas também segmentado, e o de Francisco nascido da virada traumática da renúncia de Bento XVI e sensível aos fenômenos da transição, de uma humanidade fraterna e global, dos movimentos migratórios, das agruras e feridas infligidas ao nosso planeta. O problema da pandemia misturou as cartas sociais e culturais e, portanto, afetou também a religião. Apesar do esgotamento do cristianismo histórico institucional, a espiritualidade continua a se aninhar de forma fecunda na contemporaneidade, mesmo que eventualmente com os desvios do sacralismo e do devocionismo e os pesadelos do fundamentalismo.

O inegável sopro de frescor que o Papa Francisco trouxe sobre a velhice da Europa (as crianças são apenas um doze avo, enquanto os idosos são um terço), apesar de suas limitações e reações adversas, torna a Igreja “um grande recurso no deserto da solidão de muitas periferias, destituídas de laços e de empatia”. Comecei com a nota pessoal do texto redescoberto de Delumeau, concluirei - reproduzindo Riccardi - com outro livro da minha biblioteca, o provocativo Agonia do Cristianismo (1931) de Miguel de Unamuno que explicava, também em chave etimológica: “É preciso definir o Cristianismo agonicamente, polemicamente, isto é, em função da luta”.

 

Nota do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

 

De 04 de junho a 10 de dezembro de 2021, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU realiza o XX Simpósio Internacional IHU. A (I)Relevância pública do cristianismo num mundo em transição, que tem como objetivo debater transdisciplinarmente desafios e possibilidades para o cristianismo em meio às grandes transformações que caracterizam a sociedade e a cultura atual, no contexto da confluência de diversas crises de um mundo em transição.

 

XX Simpósio Internacional IHU. A (I)Relevância pública do cristianismo num mundo em transição

 

Leia mais

  • Tudo pode mudar. Resenha do livro “A Igreja queima? Crise e futuro do Cristianismo”, de Andrea Riccardi
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