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“Por que os italianos agora querem a super religião”

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18 Mai 2021

 

"Quase metade dos italianos invoca uma religião ecumênica, global e padronizada, mas que tem poucas chances de se enraizar. Eu leio o fenômeno como um desejo de pacificação religiosa, em um mundo marcado pelas guerras travadas em nome de Deus e do terrorismo, mas é um alarme que ainda deve ser decifrado", afirma Franco Garelli, professor de sociologia da Universidade de Turim e autor dos livros Educazione [Educação] e Piccoli atei crescono. Davvero una generazione senza Dio [Pequenos ateus crescem. Verdadeiramente uma geração sem Deus], ambos editados pela Il Mulino.

A entrevista é de Simonetta Fiori, publicada por La Repubblica, 16-05-2021.  A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Acreditam mais no diabo, mas não têm uma imagem precisa da vida após a morte. E muitos estão invocando uma super religião que una em uma única fé o catolicismo, o cristianismo ortodoxo, o islamismo, o judaísmo, o budismo e todas as confissões do mundo. Os italianos e o sentimento religioso: como nossa necessidade de Deus mudou durante a pandemia?

É como uma árvore sacudida por uma mão invisível. As folhas secas caem.

E o musgo na superfície também se desprende da casca. O mesmo aconteceu com a árvore da fé com o Covid: a seiva dos católicos convictos cresceu na oração, mas quem vive à margem do sentimento religioso tende a se perder no caminho.

Há muitos anos, o professor Franco Garelli investiga a religiosidade dos italianos e o desgaste crescente de um catolicismo que hoje vive sua "estação outonal". Foi professor de Sociologia das Religiões na Universidade de Torino e é autor para a editora Il Mulino de inúmeros ensaios que investigam as transformações de nosso país através da lente das crenças religiosas (o último, Gente de pouca fé, saiu nos dias da peste). Ele se declara "católico com todas as dúvidas da consciência moderna". E no longo lockdown foi o promotor de vários mapeamentos sobre como o vírus tenha influenciado a relação com Deus.

 

Professor Garelli, durante a pandemia prevaleceram mais os sinais da fé ou da indiferença religiosa?

Diria certamente os primeiros, mas este crescimento da procura espiritual ficou circunscrita ao círculo dos católicos convictos, cerca de vinte por cento da população, envolvendo menos os “católicos culturais”, aqueles que se professam cristãos mais por tradição familiar do que por uma fé ativamente vivida. Nenhuma mudança de perspectiva aconteceu entre aqueles que se declaram não crentes.

 

Mas um evento extremo como a pandemia não deveria questionar mais profundamente a consciência individual?

Isso aconteceu em parte, com o crescimento do senso de mistério evocado pela peste. E não é por acaso que na área do catolicismo cultural mais morno os símbolos mais tradicionais da cultura cristã voltaram ao primeiro plano: estou me referindo à atenção dada aos gestos do Papa Francisco ou à renovação dos votos aos santos padroeiros. Existe um repertório do sagrado católico que volta à cena em momentos excepcionais, apenas para se esconder nos bastidores em períodos comuns. Mas os católicos menos empenhados o experimentam mais como espectadores do que como protagonistas.

 

Você insiste muito na noção de "católicos culturais".

É um dos dados mais relevantes dos últimos anos. Cresceu muito o número dos que interpretam o catolicismo mais como uma intenção do que como vivência: é mais uma opção cultural do que uma experiência de vida. Esses católicos praticam pouco ou de forma descontínua, mas não se afastam da matriz. E recorrem a ela nos momentos decisivos da existência. Aplicamos ao mundo católico instrumentos de leitura que até agora haviam sido estendidos ao judaísmo na distinção entre observadores e judeus de família: o mesmo acontece no catolicismo.

 

Mas você fala de um catolicismo vivido em uma chave identitária e étnica que remete à cruz exibida por Salvini contra os migrantes.

Uma parte dos católicos culturais é sensível a tal apelo. Num contexto religioso cada vez mais plural, onde o Islã é sentido sobretudo como uma ameaça, há quem reaja desfraldando a sua identidade cristã. E é aqui que se enraíza a pregação das forças soberanistas.

Outro dado marcante é o crescimento dos não crentes: em vinte anos dobraram, hoje 18% dos italianos se declaram estranhos a qualquer pertencimento confessional.

Sim, o nosso catolicismo vive a sua fase outonal, mas, apesar das tribulações e das angústias, mantém o seu peso na península. Seria equivocado falar de uma saída da Itália de sua cultura católica. Bastaria comparar nossos números com os níveis de incredulidade alcançados em outros países europeus, sejam de cultura católica ou protestante: o ateísmo declarado atinge quase a metade da população.

 

O problema é que os "sem Deus" são especialmente difundidos entre os mais jovens. Isso nos leva ao pessimismo sobre o destino do cristianismo na Itália?

Os jovens pertencem a uma geração pós-ideológica que não fechou totalmente com o discurso religioso. Mas, para se envolver ativamente, precisam de experiências significativas, caso contrário, eles entram em uma situação de espera ou procuram em outro lugar por fontes de significado. Não vivemos mais em um mundo marcado pelo destino, mas pelas escolhas. E o indivíduo escolhe viver em plenitude, fugindo a qualquer doutrina que possa lançar uma sombra cinzenta sobre a sua vida.

 

Mesmo entre aqueles que acreditam prevalece uma fé incerta, você fala de "um Deus mais esperado do que acreditado".

Esta é outra mudança importante. A nossa não é mais uma fé congelada no freezer, mas modulada sobre as dinâmicas da vida. Talvez menos robusta, mas certamente mais humana. E não é por acaso que são sobretudo os jovens e as pessoas entre os cinquenta e os sessenta anos que vivem esta religiosidade mais incerta: é aquela a idade mais atingida pelas adversidades pessoais, pode acontecer de perder o emprego ou sofrer rupturas familiares. Pode acontecer então que se tome um ano sabático da fé.

 

Os italianos tendem a se confessar cada vez menos. Por que perderam o senso do pecado ou por que tendem a evitar as mediações?

Não, o sentido do pecado continua muito forte. O declínio das confissões toca um ponto controverso que é a nossa relação com a mediação da Igreja. Muitos acreditam que se possa ser “católicos doc" sem seguir os preceitos da Igreja: o crescimento de consensos à eutanásia e aos direitos dos homossexuais é uma plena confirmação disso. Mas mais ou menos a mesma parcela da população defende que a Igreja deve manter firmes os seus princípios. A nossa é uma marca religiosa tão forte que temos dificuldade em vivê-la no dia a dia, mas dela não conseguimos nos livrar.

 

Qual é a nossa relação com a vida após a morte?

Nebulosa. Não sabemos realmente o que pode ser. Aqui chamo em causa a teologia que não consegue elaborar imagens congruentes com a sensibilidade contemporânea. Estamos presos às chamas do inferno e às alegrias celestiais do paraíso.

 

Mas tendemos a acreditar mais no paraíso.

Sempre houve mais consideração pelo prêmio do que pelo castigo. Mas, durante a pandemia, o diabo voltou ao primeiro plano, com uma convicção cada vez maior de que forças do mal estão em operação com as quais devemos acertar as contas. Não é um fenômeno ligado apenas à peste contemporânea.

 

Hoje vivemos em um contexto de pluralismo religioso, onde 8% dos italianos acreditam em outras religiões: islã, cristianismo ortodoxo, judaísmo, budismo, hinduísmo. Que consequência acarreta a coexistência com outras doutrinas?

Reduz-se a convicção de possuir a verdade. A maioria dos italianos reconhece que vive em um mundo onde existem mais verdades ou, melhor, mais facetas da verdade. Já não existe mais uma única religião que seja a guardiã de um conhecimento superior.

E não é por acaso que há uma necessidade crescente de uma religião universal que mantenha unidas as diferentes religiões em termos de valores e crenças comuns. Marco Ventura a definiu como uma "super religião" em seu livro recém-saído pela editora Il Mulino.

Sim, quase metade dos italianos invoca uma religião ecumênica, global e padronizada, mas que tem poucas chances de se enraizar. Eu leio o fenômeno como um desejo de pacificação religiosa, em um mundo marcado pelas guerras travadas em nome de Deus e do terrorismo, mas é um alarme que ainda deve ser decifrado.

 

Por que você chama a "super religião" de um alerta?

Parece-me mais uma aspiração abstrata do que um recurso vital. Além disso, implica cortar as pontes com as religiões historicamente estabelecidas. Mas, mesmo que bizarra, a nova instância deve ser considerada pela sensibilidade que revela: o desejo de religiões mais cooperativas, que deem o melhor de si na construção e não na exibição de músculos.

 

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