Leão XIV: a comunhão não implica absorção nem domínio

Foto: Vatican Media

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01 Dezembro 2025

  • Sua presença aqui hoje é um profundo gesto de solidariedade, afirmou o patriarca Sahak II, pedindo ao Papa que utilize sua influência para proteger os cristãos, especialmente no Oriente Médio. Que o Senhor o transforme em um anjo da paz entre povos desgastados pela guerra.

  • Prevost afirmou que devemos nos inspirar para recuperar a unidade que existiu nos primeiros séculos entre a Igreja de Roma e as antigas Igrejas orientais.

A informação é de Jesus Bastante, publicada por Religión Digital, 30-11-2025. 

Uma bênção no início da cerimônia. Assim começou o quarto e último dia da viagem de Leão XIV à Turquia. Neste meio-dia, o Papa se deslocará (com o avião já reparado) ao Líbano, para uma nova etapa. Prevost iniciou a manhã na catedral ortodoxa armênia, sendo recebido por uma multidão de crianças, com aqueles gritinhos que já se tornaram clássicos nesta visita.

Irmão e companheiro, guardião do povo, saudou-o o patriarca armênio Sahak II Mashalian, que destacou o testemunho universal que o Papado oferece ao mundo. A divisão dos cristãos fere o corpo de Cristo, afirmou em suas palavras. Sua presença hoje aqui é um profundo gesto de solidariedade, concluiu, pedindo ao Papa que utilize sua influência para proteger os cristãos, especialmente no Oriente Médio. Que o Senhor o converta em um anjo da paz entre povos desgastados pela guerra.

Em sua alocução, Leão XIV agradeceu o valente testemunho cristão do povo armênio ao longo dos séculos, muitas vezes em circunstâncias trágicas, e os laços fraternos que unem ambas as Igrejas há mais de meio século. Desde então, pela graça de Deus, o diálogo da caridade entre nossas Igrejas floresceu.

Sahak II, com Leão XIV

Evo­cando a razão última desta viagem, o 1.700º aniversário do Concílio de Niceia, Prevost voltou a celebrar o Credo Niceno, do qual devemos nos inspirar para recuperar a unidade que existiu nos primeiros séculos entre a Igreja de Roma e as antigas Igrejas orientais.

Uma inspiração que também deve vir da experiência da Igreja nascente para restaurar a plena comunhão, uma comunhão que não implica absorção nem domínio, mas uma troca dos dons que nossas Igrejas receberam do Espírito Santo, proclamou o Papa, que convidou a Comissão Mista de diálogo a retomar em breve sua colaboração, buscando um modelo de plena comunhão, naturalmente juntos.

Troca de presentes

Neste caminho rumo à unidade, nos precede e nos envolve uma verdadeira nuvem de testemunhas, os santos, como Nerses IV, cuja morte completou 850 anos recentemente. Que o exemplo de São Nerses nos inspire e sua oração nos sustente no caminho para a plena comunhão.

Ao agradecer a Sua Beatitude pela acolhida cordial, asseguro-lhe minha plena dedicação à santa causa da unidade cristã. Que possamos receber este dom celestial com o coração aberto, para sermos testemunhas cada vez mais convincentes da verdade do Evangelho e servir melhor à missão da única Igreja de Cristo, finalizou.

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