24 Novembro 2025
- Que os católicos e as pessoas de boa vontade se unam a nós em um renovado compromisso e ação para cuidar de nossa casa comum.
- A presença dos católicos na COP30 visou descobrir um espírito de verdadeira sinodalidade, caminhando juntos, unidos no amor de Deus pelos pobres e pela criação”.
- Somos administradores da criação, não rivais por seus bens.
A informação é de Luis Miguel Modino, publicada por Religión Digital, 21-11-2025.
Que os católicos e as pessoas de boa vontade “se unam a nós em renovado compromisso e ação para cuidar de nossa casa comum”. Este é o propósito da “Declaração dos Cardeais, Bispos e Organizações Católicas reunidos na COP30 e na Cúpula dos Povos em Belém”. O texto foi publicado no fim da Conferência das Partes realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025.
Fortalecendo a esperança
A declaração, que recebeu assinaturas online, denuncia que “dez anos após o Acordo de Paris e o apelo do Papa Francisco para proteger nossa casa comum, o mundo enfrenta condições climáticas cada vez piores e degradação ambiental”. O texto enfatiza que a defesa da vida no Brasil é um caminho percorrido conjuntamente pela Igreja, pelos povos indígenas e pelos movimentos sociais, uma dinâmica que “reforçou ainda mais a esperança sentida por toda a comunidade católica”.
Paralelamente, o relatório destaca a participação do mundo católico nos meses que antecederam a COP30, enfatizando a declaração publicada pelas Conferências Episcopais Católicas da Ásia, África, América Latina e Caribe: “Um Apelo à Justiça Climática e à Nossa Casa Comum”. Esta declaração é considerada “ um firme apelo à ação concreta e corajosa por parte daqueles mais afetados pela crise climática”. As perspectivas nela expressas foram compartilhadas por movimentos e organizações católicas.
O amor de Deus pelos pobres e pela criação
A presença dos católicos na COP30 buscou “descobrir um espírito de verdadeira sinodalidade, caminhando juntos, unidos no amor de Deus pelos pobres e pela criação”. Essa atitude manifestou-se de diversas maneiras, testemunhando “uma Igreja disposta a estar ao lado das pessoas e do planeta” e proporcionando uma fonte de esperança renovada. Tudo isso à luz da “conversão ecológica” convocada pelo Papa Francisco e reforçada pelo Papa Leão XIV.
Uma declaração que apela ao cuidado com a criação, à promoção da solidariedade e à coragem de responder fielmente aos desafios urgentes do nosso tempo, que afetam a todos, “mas especialmente as mulheres, os jovens, os migrantes, os povos indígenas e os mais marginalizados”. Tudo isto, seguindo o apelo de Leão XIV: "Somos guardiões da criação, não rivais pelos seus bens".
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