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24 Outubro 2025

Belém quer ser lembrada como a COP da Adaptação, mas a exploração na Foz do Amazonas transforma o símbolo da cooperação em um espelho da crise global

A reportagem é de Cinthia Leone, publicada por ClimaInfo, 23-10-2025.

A oitava carta da Presidência da COP30, divulgada na quinta-feira (23/10), consolida a visão de que Belém sediará a “COP da Adaptação”. O documento convida países e sociedades a “refletirem sobre a adaptação sob novas lentes, como o próximo passo da evolução humana”. A mensagem é direta: adaptar-se já não é uma escolha, é uma condição de sobrevivência. A frase de Lula, citada no texto — de que Belém será “a COP da verdade” — reforça o tom: a conferência testará a disposição real dos governos de agir coletivamente diante de uma ameaça existencial.

Mas há um fato que a “COP da Verdade” não pode ignorar: a primeira medida de adaptação é a mitigação. Nenhum volume de recursos públicos ou privados será suficiente para adaptar um problema que seguimos agravando. O mundo pode investir trilhões em resiliência, infraestrutura e seguros, mas tudo isso será inútil se continuarmos a expandir a principal causa da crise — a produção e queima de combustíveis fósseis.

É nesse ponto que a contradição brasileira se expõe com clareza. Enquanto a presidência da COP30 convoca o planeta à cooperação e à ação para fortalecer a adaptação, o governo federal autoriza a perfuração de petróleo na Foz do Amazonas, uma das regiões mais emblemáticas da vulnerabilidade climática do planeta.

A decisão, criticada por ambientalistas e comunidades tradicionais, já é alvo de uma ação judicial na 9ª Vara Federal de Belém, movida por oito organizações — entre elas Apib, Coiab, Conaq, Confrem, Greenpeace, Arayara, Observatório do Clima e WWF-Brasil. A ação pede a anulação da licença de operação do bloco FZA-M-59 e a suspensão imediata das perfurações, alegando que o licenciamento violou a Convenção 169 da OIT e precedentes do direito internacional ambiental.

“O Brasil, às vésperas de sediar uma conferência da ONU na Amazônia, põe em risco seu próprio legado climático”, afirmam as entidades.

O próprio presidente da COP30, André Corrêa do Lago, liga adaptação e mitigação de forma explícita. Na coletiva de imprensa que acompanhou a divulgação da carta, ao tratar da meta de 1,5°C, ele ecoa António Guterres: ultrapassar o limite é inevitável, mas não definitivo — o mundo ainda pode “voltar” e manter o 1,5°C como bússola. Essa leitura combina ciência e política: admitir essa ultrapassagem não é desistir da meta, mas reconhecer que só haverá adaptação duradoura se reduzirmos rapidamente as emissões. E isso só é possível com a implementação da transição para longe dos combustíveis fósseis, compromisso assumido na COP28 de Dubai.

A carta recupera a ideia de que a humanidade evoluiu por meio da capacidade de aprender, inovar e abandonar o que já não serve, sugerindo que o mesmo deve ocorrer agora com os modelos econômicos que sustentam a crise climática.

Pobres Vs Ricos

O texto apresenta uma previsão distópica de uma nova divisão global já em curso, em que “os ricos se isolam atrás de muros resilientes ao clima, enquanto os pobres permanecem expostos”. Essa tendência, qualificada como “antiética, imoral e autodestrutiva”, já se manifesta na ampliação das desigualdades. Dados do PNUD, citados no documento, mostram que 1,1 bilhão de pessoas vivem hoje em pobreza multidimensional aguda — e 887 milhões delas em regiões que já enfrentam pelo menos um grande risco climático.

Corrêa do Lago denuncia em seu texto que, sem adaptação, a crise do clima se converte num multiplicador de pobreza, deslocando famílias, destruindo meios de vida e corroendo a estabilidade econômica. “A inação não é uma falha técnica, mas uma escolha política sobre quem vive e quem morre”, diz a carta, citando o filósofo Achille Mbembe e sua ideia de necropolítica.

Na coletiva na manhã desta quarta (23), os porta-vozes da presidência reforçaram o tom econômico e político da mensagem. “Os países em desenvolvimento já estão gastando com perdas e danos; precisam de recursos públicos para adaptação”, afirmou Ana Toni, diretora executiva da COP30, acrescentando que a “nova economia da adaptação” dependerá de cooperação e multilateralismo efetivos.

A presidência reconheceu que o setor privado ainda demonstra pouco interesse, e que países ricos relutam em contribuir, em parte porque a adaptação ainda é vista como “um tema local”. “Mas os eventos extremos mudaram isso”, explicou Corrêa do Lago. “Agora, grandes empresas buscam investir em lugares onde há adaptação — virou critério de investimento seguro.”

Segundo estimativas do Banco Mundial mencionadas no texto, cada dólar investido em adaptação pode gerar até quatro vezes mais benefícios econômicos. Mesmo assim, o financiamento para adaptação representa menos de um terço do total de financiamento climático global — uma lacuna que, segundo a presidência, precisa ser dobrada ou triplicada. Entre as soluções em debate estão ativos resilientes (resilience bonds), trocas de dívida por resiliência, seguros contra perdas e danos e fundos rotativos. A carta propõe que ministros da Fazenda e bancos de desenvolvimento passem a tratar adaptação como instrumento central de política econômica, e não como ação assistencial.

O impacto do clima sobre o setor de Seguros também está ganhando contornos políticos inéditos. A COP30, afirmam os negociadores, será a primeira conferência climática a tratar seguros de forma direta, com um pavilhão dedicado em Belém.

Sobre a incerteza na participação dos países devido aos problemas de hospedagem, a presidência afirmou que a quase totalidade dos membros da UNFCCC devem comparecer, após conseguir apoio filantrópico para a participação de delegados dos países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares. Além disso, recursos da CAF estariam garantindo estadia para representantes latino-americanos e caribenhos.

A carta, que encerra com a imagem simbólica de Belém como o lugar “onde os rios encontram o mar”, convida o mundo a renovar a aliança entre humanidade e natureza. Mas essa mesma imagem, de encontro e equilíbrio, hoje contrasta com o as brocas da Petrobras na Foz do Amazonas. Belém quer ser lembrada como a COP da adaptação, mas pode acabar sendo eternizada como a COP da incoerência.

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