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Os golpistas foram condenados, mas o câncer da extrema direita exige terapia cidadã. Artigo de Cândido Grzybowski

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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19 Setembro 2025

"A questão da representação que levanto é uma preocupação de longo prazo. A condenção dos golpistas a celebrar e lançar foguetes não redime enquanto lutadores por democracia. Mas a tarefa de tornar a democracia cada vez mais virtuosa precisa de muito mais"

O artigo é de Cândido Grzybowski, publicado em seu blog Sentidos e Rumos, 18-09-2025.

Cândido Grzybowski é doutor em Sociologia pela Sorbonne, e ex-diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase.

Eis o artigo.

A institucionalidade democrática do Brasil, sobretudo o STF, Procuradoria e Polícia Federal, pela primeira vez, respondeu de maneira eficaz condenando o núcleo central dos que haviam armado o golpe na transição de governo em 2023. Trata-se de uma ação sem precedentes em nossa história política. Lembrando a auto-anistia que se concederam os criminosos da ditadura militar de 1964-1985, estamos diante de uma demonstração para nós mesmos e o mundo que democracias podem ser extremamente virtuosas diante dos poderosos, civis e/ou militares, que se acham acima da lei. Isto é um fato histórico a celebrar.

No entanto, não podemos baixar a guarda, pois o problema político da extrema direita continua vivo entre nós, no seio da sociedade civil brasileira, como um câncer destrutivo que pode levar à morte a nossa democracia. Pior, ele tem laços fortes com algo que está presente em muitos países, como se fosse uma pandemia política que se expandiu e contaminou o mundo quase completamente.

Na falta de um imunizante conhecido que fazer? As cidadanias ativas em disputa radical de princípios éticos democráticos, valores e ideias virtuosas, com capacidade de transformação de situações, são uma das únicas possibilidades que temos. Mas o mundo pode estar caminhando para uma terceira guerra mundial catastrófica. Os que tem o dedão no gatilho que pode disparar um imenso arsenal nuclear destrutivo do planeta como um todo estão fora de nossas possibilidades como cidadanias e governos no grande Sul-Global. O vergonhoso genocídio promovido por Israel sobre o povo palestino, com o suporte incondicional dos EUA, mostra claramente que falta pouco para um desastre planetário.

Nós estamos aqui, no Brasil, que até no nome carregamos uma história de destruição, de desmatamentos, violência e morte, como nos lembram os Povos Indígenas e os milhões descendentes dos escravizados. Mas temos possibilidades, mesmo sendo limitadas, de fazer valer modos mais virtuosos de viver, que garantam uma democracia de direitos iguais na diversidade, de cuidado com nossa gente e com a preservação do território que nos pode garantir condições de bem viver. Bem ou mal, no tabuleiro mundial, sem arsenais ameaçadores, o Brasil hoje conta como voz a ser ouvida.

Temos que ter consciência do nosso tamanho e do que somos como povo e nação. Estamos entre as maiores populações e gerimos um dos territórios maiores e dos mais biodiversos do Planeta Terra. Temos a chance de fazer parte dos BRICS em busca de um mundo mais igualitário na diversidade. E temos, gostemos ou não, um líder político como Lula de projeção mundial, que pode ajudar na gigantesca tarefa de agir como cidadanias conscientes de seu papel, tanto aqui como no mundo todo.

Mas sabemos que o câncer destrutivo está ainda em nosso seio. Ele não foi condenado, menos ainda ameaçado de ser extirpado. Está livre e usa da fé como liga forte, dando unidade a seguidores. Pior é termos forças policiais que parecem, em muitas ocasiões, até conviventes com as gangues do crime. Derrotamos um de seus projetos destrutivos políticos recentes, a destruição da democracia que conquistamos com suor e sangue. Os golpistas agiram em nome de um Brasil para poucos, de imposição de uma ditadura e de negação de direitos iguais básicos para viver e ser gente. Chegaram a propor abrir totalmente a porteira do crime, para a boiada das milícias, traficantes e grileiros passar impunemente, como quizesem, matando gente e outras formas de vida, desmatando, extraindo a riqueza dos territórios e contaminando com mercúrio e agrotóxico os alimentos, os rios e o ar que respiramos. No momento, condenar os golpistas é muito e, sem dúvida uma demonstração de democracia viva. Mas olhando o amanhã, é ainda muito pouco, pois o câncer está vivo em nosso seio. Seus líderes foram condenados exemplarmente. Mas seus seguidores e líderes sorrateiros andam por aí. Sempre podem armar novos golpes.

Sabemos que temos uma institucionalidade democrática a preservar. Mas ela é, a seu modo, insuficiente para nos dar uma democracia transformadora das relações sociais e das precariedades de todos os tipos existentes em nosso seio. Precisamos almejar mais bem viver para todas e todos. Mas, para tornar tal sonho possível devemos lutar com determinação, com ativismo transformador deste os territórios – bens comuns em que vivemos. Não é aceitável que milhões ainda tenham que, a cada dia. viver sem saber se terão comida para si mesmos e os seus entes queridos à noite. Não é admissível que milhões de nós se sintam discriminados por sua cor de pele, por suas opções sexuais, por seus desejos e sonhos.

Vamos focar direito no que estou chamando de câncer no nosso seio. Não considero a prática do centrão no Congresso como algo democrático nem tolerável. Sua primazia é o próprio bolso e o privilégio do cargo, como um direito adquirido sobre os direitos de todos os demais da coletividade. Isto não tem nada minimamente virtuoso. Sim, a institucionalidade democrática existente produziu isto. Ou melhor, nós produzimos isto como cidadanias com o voto e o direito de escolher. Lamentavelmente, aceitamos ser enganados, roubados... talvez por uns trocados ou favores. Sem dúvida, muitos precisam desesperadamente de alguma ajuda. Mas vale a pena se vender hoje e amanhã continuar a ter que viver a sina de se vender novamente?

Bem, eu sei que sou, em termos de condições de vida, um privilegiado que teve oportunidades para estudar e depois bons empregos. Nunca passei pela necessidade de me vender por alguns tostões para ir levando a vida. Sei que tenho uma obrigação maior que muitos para ajudar a reverter este quadro. O câncer maior que precisa de terapia intensiva é a cura da exclusão social praticada contra milhões de nossos conterrâneos. Este maldito câncer precisa ser extirpado, para ontem. Mas a direita viva e com seu modo sorrateiro de ser e agir não deixa que algo mude e afete os seus “direitos conquistados”, Esta é a verdade afirmada e reafirmada, como se normal fosse ser assim. Mas também é verdade que a terapia ou vem da arena política ou nunca virá.

É nestes termos que caracterizo o câncer da direita presente em nosso cotidiano, sordidamente implantada e alimentando o favor como forma de manter cidadanias subordinadas aos seus interesses, nesse nosso imenso país das diversidades sem fim. É esta espécie de políticos que acaba sustentando os golpistas, sejam quais forem, desde que seus interesses mais paroquiais sejam atendidos, acima de qualquer interesse público e democrático. A direita engravatada nas esferas do poder, sem ética e sem compromisso político com o bem comum, encurrala a democracia e encurrala a institucionalidade.

Mas, no final da conta, temos que reconhecer que a direita do Centrão é legitimidade pela institucionalidade que temos. Ele não representa exatamente a cidadania sofrida. Ela se vale de tal cidadania pelas regras de nossa institucionalidade, onde o favor que subordina está acima do direito. Parece que isto tem a ver somente com a falta de consciência cidadã. Pessoalmente considero muito mais complexa a questão. Temos estados federados, extremamente diversos em todos os aspectos, a começar por tamanho da população total, a cidadania constituinte. Cada Estado Federado, independentemente do tamanho de sua cidadania, tem três senadores, seja o menor dos Estados ou o maior. Donde vem a distorção na composição do Senado? Será que não precisamos de uma profunda reforma democrática da política institucional de representação, dando maior equilíbrio na representação final? O presidente é eleito pelo voto igual em valor, algo mais democrático impossível sem dúvida. Mas deputados e senadores não, pois dependem do território em foram votados. Temos um mínimo de 8 deputados para os menores Estados e um máximo para os aqueles maiores. A desigualdade é legitimida pela institucionalidade. Será que não podemos inventar algo mais virtuoso para um equilíbrio de cidadania instituinte com o seu voto?

Sei que estou fazendo um desabafo de mal-estar em meio a euforia da justa condenação dos “graúdos” chefões que se consideram acima da lei democrática e que pensam poderem fazer prevalecer a sua vontade. Na verdade, nem tenho proposta para os problemas de nossa institucionalidade em relação ao monstrengo do Centrão no Congresso, que paralisa praticamente tudo, especialmente qualquer política mais virtuosa e transformadora em busca de direitos iguais. Mas vale enfatizar o muito que temos que fazer para extirpar possíveis golpistas instalados nas instâncias do poder democrático, imunes, com poder de barganha a partir do Congresso, instância democrática, mas que poderia ser mais representativa...O coronelismo numa foi virtuoso, mas ainda persiste em nossa institucionalidade política. Penso que deveríamos dar mais atenção a tal problema. Não estou convicto que a distorção legal da atual representação seja compatível com a democracia transformadora que precisamos, até para os que vivem nos menores Estados Federados.

A questão da representação que levanto é uma preocupação de longo prazo. A condenção dos golpistas a celebrar e lançar foguetes não redime enquanto lutadores por democracia. Mas a tarefa de tornar a democracia cada vez mais virtuosa precisa de muito mais. Termino dizendo, que podemos sonhar com mais, sem medo de ser felizes.

Leia mais

  • Anatomia de um golpe fracassado. Artigo de Flávio Aguiar
  • O 11 de setembro de Jair Bolsonaro — Condenação de golpistas fortalece STF como guardião da democracia. X- Tuitadas
  • Soberania, o agro e o golpismo antipatriótico. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • 8 de janeiro: A democracia venceu, até quando? Artigo de Alexandre Francisco
  • Brasileiros relembram ataques bolsonaristas de 8 de janeiro e cobram: “Sem anistia”
  • O risco de descarrilhamento de Lula 3. Artigo de Cicero Araujo
  • Esquecer a história é abrir caminho para novas tentativas de golpe. Entrevista com Francisco Teixeira
  • É preciso um governo Lula 3-B. Artigo de Antônio Martins
  • Imagens, apesar de tudo: o direito à memória dos atos do dia 08 de janeiro de 2023
  • Abin acha ligação entre garimpo ilegal no Pará e atos golpistas de 8 de janeiro
  • Um sentido inusitado do 8 de janeiro
  • O Brasil depois do 8 de janeiro
  • Como uma rede internacional de desinformadores ajudou a tentativa de golpe no Brasil
  • Do impeachment à tentativa de golpe, direita também passou a ocupar as ruas
  • Por trás do golpe: todos os generais da República. Artigo de Francisco Carlos Teixeira da Silva
  • Steve Bannon e aliados de Donald Trump comemoram “Capitólio brasileiro”
  • Ataques bolsonaristas à democracia e o desejo de destruição, morte e guerra civil. Algumas análises
  • Manual prático do golpismo internacional
  • Tudo foi facilitado
  • De milicos golpistas e golpes previsíveis
  • Três respostas ao golpe fracassado. Artigo de Antônio Martins
  • Lula vai ao governo e o perdedor seguirá cultuando o golpe. Artigo de Tarso Genro
  • O que fazer diante de um golpe em preparação. Artigo de Vladimir Safatle
  • Ataque feroz à democracia. Tuitadas
  • Bolsonaristas usam código “Festa da Selma” para coordenar invasão em Brasília
  • Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas publica nota de repúdio a ataque aos Três Poderes em Brasília
  • Nota do Cimi em defesa da democracia: golpistas devem ser punidos com severidade
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