Militares israelenses interceptam o 'Handala' em águas internacionais e interrompem sua viagem para Gaza

Navio Handala | Foto: Anadolu Ajansi

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28 Julho 2025

O navio que transportava ajuda humanitária e ativistas foi interceptado por volta das 22h30 (horário espanhol) de sábado, 26 de julho.

A reportagem é publicada por El Salto, 27-07-2025.

As Forças Armadas israelenses interceptaram o navio Handala na costa palestina por volta das 22h30 do sábado, 26 de julho. O navio da Flotilha da Liberdade, que visa romper o bloqueio e entregar ajuda humanitária à população de Gaza durante estes dias particularmente afetados pela fome causada por Israel, está sendo direcionado para o litoral. Sua tripulação está sob custódia das autoridades israelenses, anunciou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

"A tripulação do Handala foi sequestrada ilegalmente. Exigimos sua libertação imediata", disse a eurodeputada francesa Emma Fourreau. O embarque ocorreu após muita tensão nas últimas horas, em meio a temores de uma repetição da mesma situação do Madleen, o navio da Flotilha enviado anteriormente e que sofreu o mesmo destino do Handala.

Israel confirmou que foram eles que os interceptaram e os estão levando, contra sua vontade, para território israelense. "O navio está navegando em segurança em direção à costa israelense e todos os passageiros estão seguros", afirmou o exército israelense em um comunicado, alertando que "tentativas não autorizadas de violar o bloqueio são perigosas, ilegais e prejudicam os esforços humanitários em andamento".

O navio Handala é composto por 19 ativistas de diversas nacionalidades e profissões, incluindo políticos e representantes públicos, que partiram de Siracusa, na Sicília, em 13 de junho. Entre eles está o ativista espanhol Santiago González Vallejo. Economista aposentado, González Vallejo foi cofundador do Comitê de Solidariedade com a Causa Árabe (CSCA) e se destacou por investigar e denunciar diversas empresas espanholas, como a Basque Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF), por fazerem negócios com a ocupação israelense.

Eles lembram que esta ação visa cumprir o mandato da Corte Internacional de Justiça, que, em sucessivas resoluções e em conjunto com a Assembleia Geral das Nações Unidas, pede o fim do genocídio, da limpeza étnica e do colonialismo praticados por Israel e, ao contrário, a livre circulação, o acesso à ajuda internacional, o rápido restabelecimento das atividades da UNRWA e de outras organizações internacionais e a indenização de Israel pela destruição de vidas, infraestruturas e elementos que tornam possível uma vida digna.

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