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Fé e clima: e para a COP, como nos movemos? Artigo de Luiz Felipe Lacerda

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04 Abril 2025

"Se engana, contudo, quem pensa que a correlação entre fé e clima é uma promoção exclusivamente católica, ou mesmo ocidental. Muitas crenças e religiões carregam a Natureza na centralidade de suas concepções sagradas, como pudemos comprovar em uma pesquisa realizada em colaboração entre a Cátedra Laudato Si’ e o Observatório Transdisciplinar das Religiões de Recife, ambas organizações da ... UNICAP, em colaboração com o ... OLMA, que em 2023 reuniram cerca de 16 lideranças de diferentes credos para debater o assunto, culminando na publicação As Religiões e a Natureza", escreve Luiz Felipe Lacerda, psicólogo, doutor em Ciências Sociais, docente da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP e secretário executivo do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA).

Eis o artigo.

Em novembro de 2025 receberemos a Conferência das Partes do Clima da ONU, em Belém do Pará. Ela acontece onze anos após a última COP realizada exclusivamente em território latino-americano, em Lima no Peru em 2014. Antes, portanto, da COP 21 que firmou o Acordo de Paris, atual balizador das intenções climáticas dos países membros da Organização das Nações Unidas.

A justiça climática, o fundo de perdas e danos, descarbonização da economia e outras pautas centrais são agendas climáticas que se arrastam durante todos esses anos sem uma resolutividade efetiva, o que acarreta grande desconfiança e descredito de significativa parte da sociedade, em especial organizações ambientalistas, movimentos sociais e comunidades locais, sobre a real capacidade destes eventos resolverem a emergência que bate a nossa porta.

Parece mesmo que os líderes globais reproduzem a figura do cachorro freneticamente correndo atrás do próprio rabo, a exemplo do que recordou recentemente o presidente da COP 30, o embaixador André Correa do Lago, em entrevista no programa Roda Viva, lembrando que o Acordo de Paris foi criado pela derrocada do Protocolo de Kioto, ocasionada pela saída dos Estados Unidos do tratado firmado no Japão e que agora, em 2025, se clama por um novo impulso que possa salvar o Acordo de 2015, novamente com a saída do governo norte-americano das negociações.

Se as grandes soluções globais não avançam, nos territórios crescem as soluções locais e populares desenvolvidas por inúmeras organizações, coletivos e comunidades que sofrem diretamente os efeitos das mudanças climáticas e ao mesmo tempo despontam no protagonismo nas respostas inovadoras. Entre elas destacam-se a crescente centralidade das organizações e dos atores ligados a fé na resolução de conflitos socioambientais.

Recentemente um importante estudo liderado pela World Resources Institute (WRI) e pelo Instituto Laudato Si’ da Universidade de Oxford, demonstrou como as comunidades de fé são atores relevantes, porém ainda pouco valorizados, dentro do debate climático. Da mesma forma, diferentes análises apontam como a Encíclica Laudato Si’ e a centralidade do conceito de Ecologia Integral, promulgada pelo Papa Francisco (2015) promoveram uma aproximação entre fé e ecologia poucas vezes vista no ambiente religioso. Isto tem causado impactos formidáveis, como a escolha do enfoque da Campanha da Fraternidade de 2025, sob a perspectiva da Ecologia Integral.

Se engana, contudo, quem pensa que a correlação entre fé e clima é uma promoção exclusivamente católica, ou mesmo ocidental. Muitas crenças e religiões carregam a Natureza na centralidade de suas concepções sagradas, como pudemos comprovar em uma pesquisa realizada em colaboração entre a Cátedra Laudato Si’ e o Observatório Transdisciplinar das Religiões de Recife, ambas organizações da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em colaboração com o Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA), que em 2023 reuniram cerca de 16 lideranças de diferentes credos para debater o assunto, culminando na publicação As Religiões e a Natureza. Por sua vez, em âmbito global foi a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (2023) que trouxe o tema da espiritualidade para o centro da discussão das Conferências do Clima inaugurando dentro do evento o Pavilhão da Fé.

Para a COP 30 no Brasil o tema da Fé uma vez mais ganha centralidade, afinal comunidades eclesiais de base, organizações sociais da igreja e pastorais sociais, há décadas unem-se na luta com povos originários e tradicionais do campo, das águas e das florestas para defender a Casa Comum. Como exemplo, há mais de 30 anos, em Belém, sede da próxima Conferência do Clima, atua o Centro Alternativo de Cultura (CAC), um Centro Social da Província dos Jesuítas do Brasil, que oferta educação de qualidade pautada no protagonismo infantil de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, além de promover assessoramento e apoio aos movimentos sociais e comunidades locais na busca de garantia de seus direitos.

No outro espectro deste contexto climático que se refere ao âmbito global a Companhia de Jesus também possui tradição em colaborar nas Conferências sobre o Clima, principalmente através de seu coletivo de incidência ligado ao campo da ecologia, nominado Ecojesuit, com apoio do Secretariado de Justiça e Ecologia, organismo vinculado diretamente a Cúria dos Jesuítas em Roma. Estas organizações globais articulam-se com as conferências continentais alinhando agendas estratégicas para colaboração no Cuidado da Casa Comum e do apoio aos mais vulneráveis de nossa sociedade; duas de suas Preferências Apostólicas Universais.

Para a COP 30 a Companhia Universal, alinhada com a Conferências dos Provinciais para América Latina e Caribe (CPAL) e a Província dos Jesuítas do Brasil, defendem três agendas centrais:

1. Cancelar a dívida dos países em desenvolvimento e fortalecer o fundo de compensação por perdas e danos.

2. Acelerar a assinatura de acordos e estabelecer metas para uma transição energética justa que reduza as emissões de CO2.

3. Estabelecer objetivos concretos para avançar em direção a um Sistema Global Sustentável de Soberania Alimentar baseado na agroecologia.

Evidentemente tais agendas buscarão pontes de diálogos com as agendas locais e regionais como a demarcação das terras indígenas sistematicamente ameaçada pela Tese do Marco Temporal; as estratégias efetivas para condução de uma transição energética justa com o protagonismo das comunidades; o debate sobre o uso excessivo de agrotóxicos no alimento brasileiro, a exploração de petróleo e minerais estratégicos as margens dos grandes rios continentais; a proteção dos defensores socioambientais; o racismo ambiental, entre outros.

Pois é neste movimento de articular agendas globais e locais que o modo de proceder relacionado a colaboração com os outros entra em cena. Para além da mobilização das organizações que constituem a Província dos Jesuítas do Brasil, entre elas inclusive a Rede de Promoção para a Justiça Socioambiental, a Igreja do Brasil, através da Campanha Igreja Rumo a COP liderada pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e suas pastorais sociais, busca realizar um processo de formação e sistematização de escutas sobre as principais demandas de comunidades locais, realizando eventos pré-COPs em todos os seus regionais.

Essa colaboração também se alarga para além do universo católico adentrando uma articulação nominada Tapiri Ecumênico, um espaço ecumênico e inter-religioso criado no Fórum Social Pan-amazônico que também aconteceu em Belém do Pará em 2019. O Tapiri Ecumênico assume a pauta das lutas por direitos humanos, sociais e territoriais; afirma o compromisso com o Estado Democrático de Direito; defende a importância e fortalecimento do Estado Laico; e denuncia como crime o avanço dos fundamentalismos religiosos; bem como os fundamentalismos econômicos e políticos. O Tapiri, que articula uma importante diversidade religiosa, está organizando uma ampla programação a partir do dia 12 de novembro, em Belém, trazendo temas vinculados a fé para dentro do debate sobre o clima.

Por fim, alarga-se ainda mais a colaboração das organizações de fé na defesa do planeta ao promoverem aliança com a Cúpula dos Povos, uma teia com mais de 400 organizações da sociedade civil, que articulando-se em seis eixos centrais como Soberania dos Povos, Justiça Climática e Ambiental, Transição Justa, Direitos Humanos e Defesa da Democracia, Reparação Histórica e Descolonização e Protagonismo Feminino e Juvenil, trará para a atmosfera da COP de Belém toda a diversidade das lutas socioambientais do Brasil e da América Latina.

Portanto, se os líderes globais se movem a passos lentos imbricando-se entre os interesses econômicos nacionais, a sociedade civil e em especial os atores e organizações ligados a fé, estão produzindo frutíferas alianças que apresentam com nitidez e firmeza suas agendas e reivindicações. Basta saber se lograrão influência suficiente para que suas demandas saiam da zona colorida e adentrem os salões da zona azul e da zona verde, os espaços efetivos de deliberação das Conferências do Clima.

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