Lula monitora ação militar dos EUA contra Maduro e teme impacto no Brasil

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom | Agência Brasil

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18 Agosto 2025

Presidente brasileiro acompanha com apreensão a operação ordenada por Donald Trump para combater cartéis de drogas, que inclui presença de submarinos, navios de guerra e aeronaves de reconhecimento no Caribe.

A informação é publicada por Agenda do Poder, 15-08-2025. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha com preocupação a decisão de Donald Trump de enviar forças militares dos Estados Unidos para o Mar do Caribe Meridional. Segundo apuração publicada pela agência Reuters e pela CNN, a medida foi anunciada pelo governo americano com o objetivo declarado de combater cartéis de drogas na América Latina, mas é vista por assessores do Planalto como potencialmente desestabilizadora para a região.

A operação ocorre em meio a tensões com a Venezuela, cujo presidente, Nicolás Maduro, é apontado por Washington como ligado ao narcotráfico. Nos últimos dias, Trump aumentou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. O líder venezuelano reagiu, alertando que um ataque militar poderia representar “o fim do império americano”.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que a ação acontece em águas internacionais e não caracteriza intervencionismo. No entanto, em Brasília, auxiliares de Lula consideram que a movimentação de forças estrangeiras na região é preocupante “em qualquer circunstância”, especialmente se houver risco de violação territorial envolvendo o Brasil.

Operação militar de grande porte

O destacamento inclui militares do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, além de um submarino de ataque com propulsão nuclear, aeronaves de reconhecimento P8 Poseidon, contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados. Todos estão sendo alocados para o Comando Sul dos EUA (Southcom) como parte de um reposicionamento estratégico iniciado há três semanas.

Fontes ligadas à defesa americana afirmam que o reforço militar busca “enfrentar ameaças à segurança nacional” oriundas de organizações narcoterroristas atuantes na região. Um oficial da Marinha dos EUA declarou que as tropas estão prontas para “executar ordens legais e apoiar os comandantes combatentes nas necessidades que lhes forem solicitadas”.

Para o governo brasileiro, o cenário exige monitoramento constante e ação diplomática coordenada, a fim de evitar que a escalada de tensões afete diretamente a estabilidade da América do Sul.

Em tempo

"Governo acha que Trump quer mudança de regime no Brasil e prevê ações para além de Bolsonaro. Na visão de fontes do Planalto, EUA podem inclusive questionar a legitimidade da eleição de 2026" é o título da reportagem de Patrícia Campos Mello, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-08-2025.

Segundo a reportagem, o governo brasileiro encara o tarifaço e as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil como uma tentativa de "mudança de regime" e acredita que as ações de presidente Donald Trump não se restringem a pressão sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para setembro. Para uma fonte do Planalto, as ações de Trump visam a influenciar o processo eleitoral brasileiro. Nessa visão, a ideia do governo americano é garantir que exista um candidato com afinidade ideológica com Trump na cédula eleitoral da eleição presidencial do Brasil em 2026. O governo brasileiro também acredita que, caso haja vitória do presidente Lula (PT) no ano que vem, haverá questionamento da legitimidade da disputa no Brasil por parte de Trump. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem afirmando há meses que, se Bolsonaro não estiver na cédula, os EUA não vão reconhecer a eleição no Brasil.

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