19 Fevereiro 2025
A reportagem é publicada por Religión Digital, 18-02-2025.
Patriarcas e líderes religiosos em Jerusalém uniram suas vozes ao protesto mundial contra o plano do presidente Donald Trump de realocar palestinos de Gaza para outros países, dizendo que o deslocamento em massa proposto é "uma injustiça que atinge o próprio cerne da dignidade humana".
Em uma declaração assinada, entre outros, pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, e pelo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton OFM Cap, os líderes da Igreja expressam seu total apoio à posição do Rei Abdullah II da Jordânia e do Presidente El-Sisi do Egito, que criticaram o plano.
"O povo de Gaza, pertencente a famílias que viveram por gerações na terra de seus ancestrais", eles disseram, "não deve ser forçado ao exílio, despojado do que resta de suas casas, de sua herança e de seu direito de permanecer na terra que forma a essência de sua identidade".
As Igrejas de Jerusalém afirmam que, como cristãs, não podem ficar indiferentes ao sofrimento do povo de Gaza, "porque o Evangelho nos ordena defender a dignidade de cada ser humano".
The appeal of the Custos of the Holy Land, Fr. Francesco #Patton, and the Latin Patriarch of Jerusalem, Card. Pierbattista #Pizzaballa, to pilgrims to confidently return to visit the Holy Places. 🙏🏻🙏🏻🙏🏻#holyland #pilgrims #ceasefire #January20 @LPJerusalem @terrasantacmc pic.twitter.com/qFVVnOueH2
— Custodia Terrae Sanctae (@custodiaTS) January 20, 2025
Além de se oporem ao deslocamento, os líderes da Igreja estão pedindo a libertação imediata de todos os prisioneiros de ambos os lados, reconhecendo o sofrimento suportado por inúmeras famílias separadas pelo conflito.
Eles também pedem que governos, comunidades religiosas e a comunidade internacional tomem medidas rápidas e decisivas para deter a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza.
Eles insistem que não há justificativa para desarraigar um povo que já sofreu imensamente. Em vez disso, eles exigem acesso humanitário imediato e irrestrito àqueles em extrema necessidade, alertando que a omissão de ação seria uma traição aos valores humanos compartilhados. "Abandoná-los agora seria abandonar nossa humanidade compartilhada", dizem eles.
"Que a santidade da vida humana e a obrigação moral de proteger os indefesos superem as forças da destruição e do desespero. Apelamos por acesso humanitário imediato e irrestrito àqueles em necessidade desesperada."
Concluindo seu apelo com uma mensagem de fé e esperança, os líderes da Igreja de Jerusalém oram por conforto para aqueles que choram, cura para os feridos e resiliência para aqueles que permanecem em sua terra natal, apesar do sofrimento.
Seu apelo final é por uma paz justa e duradoura, que proteja a dignidade humana e garanta a presença contínua de todos os povos na terra à qual pertencem.
"Que o Deus da misericórdia fortaleça os aflitos, amoleça os corações dos que estão no poder e traga uma paz que defenda a justiça, preserve a dignidade humana e salvaguarde a presença de todas as pessoas na terra à qual pertencem."