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07 Fevereiro 2025

Enquanto permanecermos presos a uma guerra de narrativas – de um lado o aceleracionismo destrutivo de Trump, do outro a retórica ecoamigável de Lula –, o Planeta Terra continuará a sofrer

O artigo é de Guilherme Purvin, Pós-doutorando junto ao Depto. de Geografia da FFLCH/USP, graduado em Direito e Letras pela USP. Doutor em Direito (USP), publicado por ((o))eco, 06-02-2025.

Eis o artigo.

No último dia 5 de fevereiro de 2025, Lula declarou em entrevistas a rádios de Minas Gerais:

“Queremos o petróleo, porque ele ainda vai existir muito tempo. Temos que utilizar o petróleo para fazer a nossa transição energética, que vai precisar de muito dinheiro. A gente tem perto de nós a Guiana e o Suriname pesquisando o petróleo muito próximo à nossa margem equatorial. Precisamos fazer um acordo e encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da margem equatorial que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do rio Amazonas, nada do oceano Atlântico.”

Ao norte do continente americano, nos primeiros dias de seu segundo mandato, Donald Trump retomou uma agenda que prioriza a exploração de combustíveis fósseis e o desmonte de iniciativas ambientais. Sua primeira ação foi retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, revertendo a adesão do governo anterior e reafirmando uma postura de negação climática. Trump também declarou uma “emergência energética nacional”, eliminando subsídios a energias renováveis e desregulamentando políticas de incentivo a veículos elétricos. Esse movimento visa fortalecer a independência energética dos EUA, mas a um custo ambiental e climático significativo.

No Brasil, as declarações de Lula sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas geraram preocupações. Estaria ele, de certa forma, seguindo a cartilha de Trump? Em termos discursivos, é evidente que não! O Brasil, assim como o Belize, Colômbia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e México, felizmente ainda apresenta um discurso civilizado, em tudo oposto ao do seu principal parceiro no Mercosul, que por sinal ameaça abandonar.

No entanto, o que está em discussão é a defesa da exploração de combustíveis fósseis como necessária para financiar a transição energética. Como era de se esperar, ela foi recebida com ceticismo por ambientalistas, povos indígenas e comunidades locais.

Renato Santos, diretor-executivo do Instituto E+ Transição Energética, chamou essa estratégia de “oportunismo climático”. Com formação e experiência no setor de transição energética, Santos argumenta que investir em infraestrutura de longa vida útil para petróleo e gás solidifica a dependência de combustíveis fósseis, dificultando a descarbonização da economia e comprometendo recursos que poderiam ser destinados às energias renováveis. A crítica de Santos também expõe um paradoxo: ao mesmo tempo que o Brasil busca justificar a exploração de petróleo como necessária para a transição energética, essa decisão perpetua emissões de gases de efeito estufa, fragiliza compromissos internacionais como o Acordo de Paris e coloca em risco a credibilidade do país em negociações globais e mercados sustentáveis.

E então Lula cita a Guiana e o Suriname em seu socorro. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, de fato, apresenta uma narrativa que tenta equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Ele defende a exploração de petróleo como essencial para financiar programas sociais e infraestrutura, mas enfatiza que seu país permanecerá neutro em carbono, graças à preservação de sua vasta cobertura florestal. Diferentemente de Lula, porém, Ali não coloca sua política energética sob a bandeira da transição, mas sob a lógica de reparação histórica e descolonização. Essa abordagem, embora longe de ser ideal sob a perspectiva estritamente ambiental e climática, reconhece de forma transparente o papel da exploração de recursos em um país em desenvolvimento.

Será que podemos equiparar a postura de Lula à de Ali? Essa comparação ignora diferenças substanciais nas condições políticas, econômicas e institucionais dos dois países. Lula opera em um contexto de extrema pressão política, em que o Congresso limita sua margem de manobra, forçando concessões em várias frentes para evitar um impasse governamental. Nesse cenário, o discurso de transição energética se torna uma justificativa política para decisões economicamente pragmáticas, mas ambientalmente incoerentes.

Ainda assim, é importante reconhecer que Lula, apesar de suas contradições, representa uma tentativa de resistência ao negacionismo climático, ao autoritarismo e ao fascismo que voltam a ganhar força globalmente. No entanto, enquanto permanecermos presos a uma guerra de narrativas – de um lado o aceleracionismo destrutivo de Trump, do outro a retórica ecoamigável de Lula –, o Planeta Terra continuará a sofrer. O clima não responde a discursos, mas a ações concretas.

O Brasil é signatário de acordos como o Acordo de Paris e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), compromissos que exigem políticas públicas voltadas à redução de emissões e ao desenvolvimento sustentável. Insistir na expansão de combustíveis fósseis não apenas viola esses tratados, mas compromete o papel do país como líder potencial em transição energética. É hora de superar disputas discursivas e priorizar ações que realmente promovam a sobrevivência da humanidade e do planeta. Afinal, o tempo está se esgotando.

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