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Os Jubileus, da afirmação política do Papa à “pastoral dos eventos”

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07 Janeiro 2025

Em 24 de dezembro, o Papa Francisco deu início ao Ano Jubilar. Essa celebração, que ocorre a cada 25 anos e convida os católicos à peregrinação e ao perdão, contribuiu por muito tempo a afirmar a centralidade de Roma e dos papas. Mas seu peso político (e religioso) diminuiu nas últimas décadas.

A reportagem é de Cyprien Mycinski, publicada por Le Monde, 29-12-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Quando 1299 se aproxima do fim, na atmosfera exaltada da passagem para um novo século, dezenas de milhares de peregrinos acorrem espontaneamente em Roma para compartilhar um momento de celebração e comunhão. O Papa Bonifácio VIII, ansioso para fortalecer sua autoridade na cristandade, percebe que pode se beneficiar desse entusiasmo.

No início de 1300, declara então que vai conceder “indulgências” - a remissão diante de Deus das penas merecidas pelos pecados - a todos que fizessem uma peregrinação à Cidade Eterna durante o “Ano Santo” que ele acaba de iniciar: o primeiro jubileu católico (termo derivado do latim jubilare, “alegrar-se”) acabara de ser instituído.

Essa tradição herdada de práticas antigas, cujos vestígios podem ser encontrados na Bíblia Hebraica, convida os fiéis ao perdão mútuo, ao arrependimento e à confiança em Deus. Mas, na época, assume outra dimensão, mais política. “O Papa Bonifácio VIII conseguiu assumir o controle de um movimento espontâneo e o utilizou para fortalecer sua autoridade espiritual”, explica o historiador Bernard Dompnier, professor emérito da Universidade de Clermont-Auvergne. Em uma cristandade medieval na qual as informações e as pessoas circulavam pouco, e na qual as referências espirituais eram os bispos e seus sacerdotes, o papa impõe um evento de envergadura universal que ele controla e do qual está no centro. Tudo isso em um contexto de tensões com o rei francês Filipe, o Belo, cuja autoridade sobre a Igreja Bonifácio VIII contesta.

O primeiro Jubileu foi tão concorrido que o papado decidiu repetir a nova festividade a cada vinte e cinco anos (sem contar os Jubileus menores “extraordinários” menos importantes que podiam ser realizados entre dois Anos Santos).

Cerca de setecentos e vinte e cinco anos depois, na noite de 24 de dezembro de 2024, às 19h, o Papa Francisco abriu o 27º Jubileu e declarou oficialmente 2025 como um “Ano Santo”.

Roma no centro do mundo

Durante séculos, os fiéis acorrem ao pontífice pelo menos a cada quarto de século. “Os Jubileus são uma oportunidade de reafirmar a centralidade de Roma no mundo católico”, explica Bernard Dompnier. Durante esses Anos Santos, os fiéis são convidados a convergir na Cidade Eterna. Os jubileus servem como um lembrete de que “Roma tem um status único na Igreja: é a cidade de São Pedro e São Paulo [de acordo com a tradição, ambos morreram em Roma, onde estão seus túmulos] e a sede do Papa. Por esses dois motivos, é o coração do catolicismo”, acrescenta o padre Bernard Ardura, presidente emérito do Pontifício Comitê de Ciências Históricas.

As basílicas de São Pedro em Roma e São Paulo Fora dos Muros, onde as relíquias dos dois apóstolos são guardadas, são etapas essenciais para os peregrinos. O caráter sagrado da Cidade Eterna também deriva das catacumbas e dos antigos circos onde os primeiros cristãos foram mortos. “Durante muito tempo, foi falado aos fiéis que o solo de Roma era irrigado pelo sangue dos mártires”, lembra Bernard Dompnier.

Mas, durante muito tempo, os peregrinos vieram principalmente para ver o Papa, o chefe da Igreja, provavelmente pela única vez em suas vidas, e para ver realizada a promessa de uma “indulgência plenária” - a garantia de evitar o purgatório após a morte - algo que somente o Sumo Pontífice pode fazer.

Especificamente, durante os Anos Santos, o Papa concede essa indulgência aos fiéis que vão às quatro basílicas principais de Roma (as de Pedro e Paulo, além de São João de Latrão e Santa Maria Maior) para recitar uma série de orações e fazer uma confissão geral antes de receber a Sagrada Comunhão.
O papa, Roma, as indulgências, as relíquias e a peregrinação dos Anos Santos foram rejeitados a priori pelo protestantismo.

Na época da Contrarreforma, o movimento pelo qual a Igreja Católica reagiu às reformas luteranas e calvinistas, os jubileus se tornaram uma oportunidade de afirmar ostensivamente a identidade católica. Do final do século XVI até meados do século XVII, os Anos Santos se tornaram grandiosas celebrações do poder da Igreja e de seu líder. A Cidade Eterna se transforma em “uma arca de tesouro de jubileus”, observa Bernard Dompnier.

O Papa Sisto V propõe um “plano regulador” que remodela a cidade. As principais artérias são traçadas para facilitar os movimentos dos peregrinos e para chegar aos principais santuários. Como a maioria dos fiéis chega do norte e entra na cidade pela Piazza del Popolo, são criadas três vias principais que levam dessa praça a São Pedro, São João de Latrão e Santa Maria Maior: esse “tridente” é uma das características originais da urbanística romana.

Muitos novos edifícios religiosos foram construídos em toda a cidade, reformados e decorados em um novo estilo: o barroco. “Da arquitetura à música, da pintura à escultura, todas as artes foram utilizadas para exaltar a Igreja e o poder papal”, explica Bernard Dompnier. A Roma barroca que os turistas admiram hoje é, portanto, em parte herdada dos Jubileus.

O século XX e a 'pastoral dos eventos'

Os séculos passam. 1900 inaugura à era das “multidões gigantescas”, observa o historiador Charles Mercier. O trem e depois o avião permitiram que um número cada vez maior de peregrinos viajasse para Roma, enquanto a globalização do catolicismo trouxe multidões cada vez mais diversificadas. Ao mesmo tempo, os desenvolvimentos das mídias aumentaram a sensação de proximidade dos fiéis com um Papa que eles estão acostumados a ver nos jornais e na televisão. Sob o olhar das câmeras, os jubileus se tornam reuniões de massa em torno do pontífice. Para a Igreja, eles são uma oportunidade de afinar uma “abordagem pastoral dos eventos”, que a ajudará a organizar outros eventos, como o Dia Mundial da Juventude, observa Charles Mercier.

Nas últimas décadas, entretanto, o historiador acredita que o impacto dos jubileus tenha diminuído, pois o processo perdeu parcialmente seu significado. Se a cidade de Roma continua a ser um “lugar mítico” para os católicos, sua sacralidade se desgastou: “Na devoção contemporânea, as relíquias não têm mais a mesma aura, e a visita às de Pedro e Paulo não parece mais tão essencial”, aponta esse professor de história da Universidade de Bordeaux e autor de L'Eglise, les jeunes et la mondialisation (Bayard, 2020). Até mesmo a indulgência plenária parece algo ultrapassado para muitos católicos contemporâneos.

Isso não significa, no entanto, que a participação esteja diminuindo: o Jubileu de 2000 atraiu cerca de 25 milhões de peregrinos. Isso também se deve ao fato de que o número de católicos no mundo (cerca de 1,4 bilhão) continua a crescer e cada vez mais pessoas têm os meios para ir a Roma. A isso se somam também razões puramente espirituais. De acordo com Charles Mercier, os católicos estão praticando sua fé cada vez menos em um “ambiente paroquial percebido como rotineiro”, e os fiéis estão buscando “pontos de alta intensidade religiosa que se destaquem da vida cotidiana”. O Jubileu lhes oferece exatamente essa experiência.

A figura do Papa continua sendo uma força unificadora, mesmo que a proliferação de viagens papais aos quatro cantos do mundo tenha afastado o Pontífice da Cidade Eterna. Ao se tornar “itinerante”, o papado, em parte, privou Roma de seu status de centro do mundo católico. Isso é particularmente verdadeiro no caso de Francisco, o primeiro pontífice não europeu desde o século VIII, que se define o Papa das “periferias” e viaja muito para países distantes de Roma. “Em Buenos Aires, ele sofreu muito com o peso da romanidade, a ideia de que na Igreja Roma é o centro de tudo. Francisco quer atenuar o centralismo romano”, acrescenta Charles Mercier.

O papa argentino também quer utilizar este jubileu como uma oportunidade para refletir não tanto sobre a centralidade de Roma, mas sobre os graves problemas do mundo, pedindo uma redução da dívida dos países pobres, “um cessar-fogo em todos os países” e que não se esqueça o “grande cemitério” que o Mediterrâneo se tornou.

E, fato sem precedentes, na quinta-feira, 26 de dezembro, ele foi a uma das maiores prisões da Itália, a penitenciária de Rebibbia, perto de Roma, para abrir uma “Porta Santa”, um status geralmente reservado às portas das grandes basílicas romanas. “Eu gostaria que essa peregrinação não fosse uma viagem turística (...). Gostaria que fosse uma ocasião de conversão, de revisão da própria vida à luz do Evangelho”, insiste Francisco no prefácio do livro Jubileu da Esperança (Francesco Antonio Grana, Elledici). É uma mensagem que ele pretende transmitir aos 32 milhões de peregrinos esperados pelas autoridades italianas para esse Ano Santo.

Jubileu 2025: uma peregrinação sem precedentes de cristãos LGBT+

Uma peregrinação intitulada “Igreja, casa para todos, cristãos LGBT+ e outras fronteiras existenciais” foi autorizada pelo Vaticano para ser realizada em 6 de setembro de 2025, como parte do jubileu do “Ano Santo 2025”, revelou o jornal italiano Il Messaggero em 6 de dezembro. “Convidaremos todas as associações e os grupos dedicados a apoiar as pessoas LGBT+ e suas famílias a se juntarem a nós para cruzar oficialmente a Porta Santa do Jubileu na Basílica de São Pedro”, declarou a associação italiana La tenda di Gionata, promotora da iniciativa, em 9 de dezembro. Seria a primeira vez de uma peregrinação desse tipo nos 725 anos do Jubileu.

O anúncio ocorre pouco menos de um ano após a publicação de Fiducia supplicans, a declaração do dicastério para a doutrina da fé que autoriza a bênção de casais “em situação irregular”, incluindo casais homossexuais. Apoiada pela Companhia de Jesus - a ordem dos jesuítas à qual o Papa Francisco pertence - a peregrinação começará na Igreja de Jesus em Roma, que abriga as relíquias de Inácio de Loyola (1491-1556), o fundador da ordem, informa o jornal La Croix.

“Todos são bem-vindos. Essa peregrinação está no calendário como muitas outras”, declarou Rino Fisichella, organizador do Ano Santo no Vaticano, ao Il Messaggero. “Não se trata de atividades patrocinadas pela Santa Sé”, disse Agnese Palmucci, porta-voz do Dicastério para a Evangelização, à Reuters.

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