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‘Não iremos ceder aos covardes’: UFRGS instaura Comissão da Verdade para identificar perseguidos na ditadura

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11 Dezembro 2024

Diante de um Salão de Atos lotado neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, Paulo Tomás Fiori relembrou, emocionado, a trajetória do pai. O ex-professor expurgado da UFRGS Ernani Maria Fiori foi acusado de subversão durante o regime militar por seus ideais democráticos no campo da educação. Teve a carreira de docente do Departamento de Filosofia interrompida e, com sete filhos e a esposa, precisou exilar-se no Chile e no Peru.

A reportagem é de Bettina Gehm, publicada por Sul21, 10-12-2024.

“Os expurgos da UFRGS são um tema marcado pela dor. Aquela dor muito peculiar e persistente que carrega na memória quem sofreu uma grande injustiça. Quarenta professores da UFRGS foram sumariamente afastados em 1964 e em 1969. Pessoas que tiveram de lidar com o medo, com a ruptura na carreira profissional e com o desafio de recomeçar a vida muitas vezes longe de seu país”, relatou Paulo. “Foi a situação que vivi aos 20 anos de idade junto com mais seis irmãos”.

O depoimento de Paulo foi o primeiro apresentado na Comissão da Verdade da UFRGS, instaurada na manhã desta terça-feira (10) pela Reitoria. O grupo tem como objetivo reunir, produzir e disponibilizar registros do período da ditadura militar no âmbito da Universidade, além de apresentar um relatório do trabalho realizado. Nove pessoas, entre docentes, discentes e técnico-administrativos, integram a Comissão.

Ao Sul21, a reitora da UFRGS, professora Marcia Barbosa, disse que a Comissão está sendo instaurada no contexto de uma nova gestão que se preocupa com a democracia. “No passado, nós já tivemos alguns outros movimentos que identificaram os docentes que foram removidos brutalmente da Universidade. Mas agora nós queremos, além de chamar a atenção para esses docentes, identificar estudantes, técnico-administrativos que foram perseguidos durante aquele momento”, ressaltou. “Se nós não respeitarmos a história, a contribuição dessas pessoas, nós vamos repetir os efeitos tão danosos de ataque à democracia. Por tanto, este evento de hoje é uma mensagem muito clara para o Brasil do momento: sem anistia”.

A Comissão leva o nome de Enrique Serra Padrós, historiador e pesquisador que deixou como legado a produção de conhecimento sobre violações de direitos humanos nas ditaduras do Cone Sul.

Uruguaio de nascimento, Enrique Padrós construiu sua carreira acadêmica na UFRGS. Entre várias obras publicadas, o pesquisador foi um dos organizadores da coletânea “A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985)”, de quatro volumes, elaborada em parceria entre o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Presidente da Comissão, a professora Roberta Baggio lembrou que o relatório final da Comissão Nacional da Verdade contou com apoio de universidades de todo o país. “Os espaços acadêmicos foram alvo da ditadura por se constituírem como espaço de resistência”, ressaltou. “A UFRGS teve pelo menos 40 professores expurgados e muitos estudantes perseguidos”.

Dentre as recomendações do relatório nacional, publicado há dez anos, está a instauração de comissões da verdade em todas as universidades do Brasil e a revogação de títulos honoris causa que homenageiam ditadores. Em 2022, a recomendação para instaurar uma Comissão da Verdade na UFRGS veio do Ministério Público.

“Esta comissão não nasce no dia de hoje. Há uma longa jornada que nos antecede. A comunidade acadêmica tem se articulado há décadas, muito antes da comissão nacional. Existiram grupos de trabalho coletivos e projetos de pesquisa e extensão que avançaram na retirada dos títulos de honoris causa concedidos a dois ditadores”, afirmou Roberta. “Temos a tarefa de estabelecer as pontes necessárias entre o passado e o presente para que a democracia possa ser um valor inequívoco celebrado pelas próximas gerações”.

O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Enrico Rodrigues de Freitas, atentou para a permanência do que chamou de “espírito autoritário” ainda nos dias de hoje, trazendo o dado de que 93% das recomendações da Comissão Nacional da Verdade não foram cumpridas. “Logo na sequência das últimas eleições houve a tentativa de um golpe no 8 de janeiro, e os planos de atos golpistas recentes. Atos como esse ajudam a enfrentar a ideia de anistia para pessoas que tentam romper com a ordem democrática”, afirmou.

Durante o discurso, parte do público presente no Salão de Atos da UFRGS entoou gritos de ordem: “Sem anistia e sem perdão, o povo quer Bolsonaro na prisão.”

“Passamos ainda por censura de livros e a tentativa de impedir que as universidades brasileiras realizassem cursos sobre o golpe. A UFRGS dá uma resposta relevante no enfrentamento dessas permanências”, concluiu Enrico.

Em seu discurso, a reitora Marcia Barbosa afirmou que houve ameaça de manifestações que inviabilizariam a cerimônia de instauração da Comissão e foi categórica: “Nós não iremos ceder aos covardes. Iremos identificar todos e todas que foram perseguidos por esse momento da ditadura. Ao fazer isso, estamos resgatando o nosso compromisso com a democracia”.

Memória

A assinatura da portaria de instauração da Comissão da Verdade na UFRGS foi seguida das primeiras ações no sentido de resgatar a memória da ditadura. O presidente do Centro Acadêmico André da Rocha, Adriel Bagé, entregou à professora Roberta Baggio documentos encontrados pelos estudantes nas dependências da Faculdade de Direito da UFRGS.

A presidente da comissão afirmou que será feito um planejamento e cronograma de atividades da Comissão, que será público. “Em sessões públicas, vamos ouvir os testemunhos de pessoas que estavam aqui naquela época e de familiares dos perseguidos políticos”.

O primeiro destes testemunhos foi o de Paulo, filho do ex-professor expurgado Ernani. Em sua fala, ele reiterou: “O exílio de intelectuais como Ernani e tantos outros representou uma perda incalculável para o Brasil. Ao serem forçados a deixar o país, levaram consigo não apenas seu conhecimento, mas também a capacidade de pensar e agir no contexto nacional. Essa ausência foi sentida especialmente no campo das humanidades, onde a reflexão crítica foi substituída por uma educação tecnicista, alinhada aos interesses do regime. O pensamento de Ernani continua profundamente relevante em um mundo marcado por retrocessos democráticos.”

Ainda segundo Paulo, não houve qualquer reparação à medida de expurgo de seu pai. “Nem mesmo por parte da comissão de reparação criada com esta finalidade específica. Examinado o caso da demissão de Ernani, a omissão manifestou-se contrária a qualquer reparação, baseada em parecer de um militar que, para espanto nosso, também compunha esta comissão. Alegando que Ernani já havia sido reparado ao ser anistiado em 1979 e reintegrado na Universidade onde lecionou apenas mais um ano antes de se aposentar constitucionalmente”.

Outro depoimento foi de Suzana Guerra Albornoz, esposa do ex-professor Ernildo Stein. Ele era auxiliar e assistente de Ernani quando foi expurgado da UFRGS.

“Nós saímos num táxi na noite de 28 de agosto de 1969 e pedimos para saber as notícias, o taxista ligou o rádio. Ouvimos a notícia dos primeiros expurgos, e na lista estava Ernildo Stein. Aquilo me foi um susto tão grande que eu passei a noite no pronto-socorro e perdi uma gravidez”, relatou Suzana.

O casal precisou se exilar na Europa. Suzana, também professora, deixou de ter um trabalho formal. “A proibição da docência foi um prejuízo que não é sangrento, mas não podemos saber exatamente o que seriam as nossas performances profissionais se não houvessem tantos empecilhos. Quando Ernildo era interrogado, eles diziam: o senhor tem que parar de pensar. Porque ele havia escrito um artigo fazendo uma crítica à sociedade de consumo, já naquela época”.

Suzana chegou a sofrer um segundo aborto espontâneo no contexto de uma abordagem do regime. Relatando os acontecimentos, ainda salientou que o casal felizmente não passou por tortura, apesar da relação de amizade com outros intelectuais. “Não nos deixamos destruir. Somos capazes de muita resiliência”, finalizou.

Leia mais

  • A historicização dos Direitos Humanos: os mártires da UCA e a resistência de Chico Mendes. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Ernani M. Fiori. Uma filosofia de educação popular. Cadernos IHU Ideias, Nº 4
  • UFRGS cria Comissão da Verdade e vai disponibilizar registros de abusos da ditadura militar
  • "Operação Limpeza": os afastamentos sumários de professores durante a ditadura no RS. Entrevista especial com Jaime Valim Mansan
  • Conjuntura da Semana. “Comissão da Verdade”: Uma comissão da verdade e da memória, mas ainda não da justiça
  • Comissões da Verdade e o direito à memória. Entrevista especial com Mônica Tenaglia
  • Brasil, a construção interrompida. Revista On-line IHU, Edição N° 439
  • Tortura, crime contra humanidade. Um debate urgente e necessário. Revista On-line IHU, Edição N° 269
  • Anistia. Memória e justiça. Revista On-line IHU, Edição N° 358
  • 1964. Um golpe civil-militar. Impactos, (des)caminhos, processos. Revista On-line IHU, Edição N° 437
  • Comissão da Verdade não buscava investigar, mas sistematizar. Entrevista especial com José Carlos Moreira da Silva Filho
  • Por que o Brasil não puniu os crimes da ditadura
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  • De joelhos, presidente da Comissão da Anistia pede desculpas ao povo Krenak por violações na ditadura
  • Por uma Comissão da Verdade do Genocídio Indígena
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