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Os bartolinos e Evo Morales. Artigo de Raúl Zibechi

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14 Novembro 2024

“Duas questões deveriam nos fazer pensar: como o apego ao poder produz monstros capazes de destruir um movimento e até um país e, em segundo lugar, a necessidade de denunciar a interferência machista e patriarcal nas organizações de mulheres, as violências relacionadas com essa atitude e o que fazer com isso”. A reflexão é de Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por Desinformémonos, 12-11-2024. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Um dos graves problemas da esquerda realmente existente, essa centrada no Estado e nas eleições, é a sua absoluta falta de autocrítica, que, na realidade, encarna a falta de respeito que tem pelo povo e até pelos seus próprios eleitores. O que está acontecendo na Bolívia, a luta fratricida de Evo Morales contra o “seu” governo do MAS presidido por Luis Arce (e vice-versa), é um bom exemplo da perda generalizada de valores no progressismo da nossa região.

É apenas uma luta pelo poder. Nela, Morales critica o governo por ter se vendido ao imperialismo e à direita, ao passo que a Justiça o acusa de violências contra mulheres menores de idade. Nada de novo para nós que acompanhamos a trajetória do progressismo boliviano.

Surgem análises que conseguem explicar a tendência profundamente sexista e patriarcal de Morales e seus seguidores, apesar de algumas feministas na região ainda preferirem desviar o olhar, mesmo quando se trata de abusos e violações evidentes. Refiro-me a um livro intitulado Nosotras hablamos lo que queremos hablar. Violencia contra mujeres de organizaciones campesinas del Alto Valle de Cochabamba (Nós falamos o que queremos falar. Violência contra as mulheres das organizações camponesas do Alto Valle de Cochabamba), publicado em 2023 e escrito por Nelvi Aguilar, Mónica Rocha e Huáscar Salazar.

Em resumo, no Alto Valle de Cochabamba, a Federação de Mulheres Camponesas Bartolina Sisa (fundada há quase 40 anos) tem há muito tempo uma forte presença e influência na vida política da região, bem como em quase toda a Bolívia. Mas agora os homens questionam a existência de organizações só para mulheres e permitem-se interferir nelas com o argumento de que as mulheres também participam da organização mista, a CSUTCB (Confederação Única de Sindicatos dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia).

Esta presença masculina em cargos da organização de mulheres conhecidas popularmente como “bartolinas” tem sido chamada de “bartolinos”, ou seja, “esses homens que acabam participando de maneira orgânica e em diferentes níveis nas estruturas do sindicalismo das mulheres camponesas”.

Para que isso aconteça, elas são pressionadas a cumprir apenas funções de cozinha ou limpeza, ao passo que aquelas que participam mais ativamente “são estigmatizadas e acusadas de fornecerem favores sexuais para ascender politicamente”, como afirma um artigo anterior intitulado “Bartolinos: el patriarcado del sindicalismo y la pandemia machista” (Bartolinos: o patriarcado do sindicalismo e a pandemia machista).

A violência sofrida pelas mulheres organizadas representa um esforço duplo para que possam continuar na atividade política e sindical. Com a pandemia, sua situação piorou, pois os cuidados recaíram sobre elas. Um exemplo: “Antes da pandemia, as convocatórias para congressos e assembleias eram socializadas abertamente e em documentos físicos”. Agora, ao contrário, as convocatórias são divulgadas entre os dirigentes pelo WhatsApp e publicadas com apenas alguns dias de antecedência. Estas informações nem sempre chegam às bases e quando chegam, muitas mulheres não conseguem ter acesso a elas, uma vez que tiveram que ceder os celulares para os seus filhos e filhas poderem ter acesso virtual à educação.

“Por meio deste e de outros mecanismos semelhantes, as dirigentes delegam a representantes sem consultar as suas bases. Esses delegados, em geral, são homens”, finaliza o artigo acima citado.

Neste contexto, que fala de um patriarcado profundamente instalado no sindicalismo, é necessário questionar a atitude de violência sistemática de Evo Morales contra as mulheres, bem como compreender (o que não é justificar) o apoio que continua a ter. O ex-presidente nunca negou que teve relações com menores de 16 anos. “Uma vez eu disse que termino meus anos de gestão com minha coca, minha garota e meu charango”. Frase que o então vice-presidente Álvaro García repetiu em um discurso em 2015.

Uma lista incompleta das frases e atitudes machistas de Evo, anteriores a 2019, pode ser encontrada aqui. Além das múltiplas e brilhantes investigações e denúncias da feminista María Galindo na Rádio Deseo.

Portanto, ninguém pode se sentir enganado quando Morales é acusado de estupro e abuso. Duas questões deveriam nos fazer pensar: como o apego ao poder produz monstros capazes de destruir um movimento e até um país e, em segundo lugar, a necessidade de denunciar a interferência machista e patriarcal nas organizações de mulheres, as violências relacionadas com essa atitude e o que fazer com isso.

O apoio ao progressismo não pode e não deve servir de pretexto para esconder qualquer violência.

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