01 Novembro 2024
Pesquisa do Instituto Ipsos indica que os brasileiros estão mais preocupados com questões ambientais e climáticas depois de desastres recentes, como as inundações no Sul.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 01-11-2024.
A sucessão de desastres climáticos recentes trouxe mais preocupação aos brasileiros sobre problemas relacionados ao meio ambiente e ao clima. Essa é uma das conclusões da nova edição da pesquisa “What Worries the World”, do Instituto Ipsos, divulgada neste mês. De acordo com a análise, 23% da população colocam o clima entre os três desafios mais urgentes do país, taxa seis pontos percentuais acima do registrado em setembro.
Como O Globo destacou, o percentual de pessoas que veem as mudanças climáticas como uma de suas principais preocupações também aumentou, chegando a 21%. Desde o início da série histórica do levantamento, em 2013, esta é a primeira vez que as menções a essas pautas ultrapassam a barreira dos 20%.
A preocupação pode estar relacionada com a escalada de crises no país nos últimos meses. Destacam-se a crise do fogo, com um aumento acentuado das queimadas e incêndios na Amazônia e no Pantanal, e o temporal que provocou um apagão de uma semana em São Paulo no começo do mês. Além disso, a memória das enchentes de maio no Rio Grande do Sul ainda está fresca na memória dos brasileiros.
A Exame assinalou um dos resultados mais expressivos da pesquisa. Perguntados se o Brasil e o mundo estariam “caminhando para um desastre ambiental, a menos que mudemos nossos hábitos rapidamente”, 85% dos respondentes brasileiros disseram concordar com a frase, ante 80% na média global.
Outra pesquisa, realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg e divulgada nesta 5ª feira (31/10), reforçou essas conclusões. De acordo com a análise, 31,9% dos brasileiros classificam a crise climática como um dos maiores problemas enfrentados pelo país, acima de desafios como pobreza e desigualdade, economia e inflação.
Um mapeamento da Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais, lançada nesta semana pelo Instituto de Pesquisas Ambientais do governo do estado de São Paulo, identificou mais de 7,2 mil áreas suscetíveis a escorregamentos, inundações, solapamento de margens de rio e erosão na região metropolitana da capital paulista. Franco da Rocha é um dos municípios que concentram pontos de risco na Grande SP. A notícia é da Folha.