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Seca, fogo, mineração e destruição. Artigo de Sandoval Alves Rocha

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17 Agosto 2024

"O cenário de destruição também é favorecido com a liberação para a extração de potássio em Autazes. A empresa Potássio do Brasil obteve do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) as últimas licenças para a exploração da mina de silvinita no município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus. Mesmo questionadas por especialistas, essas licenças permitirão o início da exploração de potássio no Amazonas", escreve Sandoval Alves Rocha, SJ.

Sandoval Alves Rocha é doutor em Ciências Sociais pela PUC-Rio, mestre em Ciências Sociais pela Unisinos, bacharel em Teologia e bacharel em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), membro da Companhia de Jesus (jesuíta), trabalha no Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares), em Manaus.

Eis o artigo.

Na Amazônia é possível perceber a confluência de vários fatores, gerando um cenário social de riscos que cria condições desfavoráveis para a manutenção da vida humana e não humana. Embora reforçado recentemente por intervenções social e ecológicas irresponsáveis, tais cenários começaram a ser construídos em tempos mais remotos. Nos últimos 500 anos, esta região foi agredida por políticas e empreendimentos que visaram transforma-la em um corredor ou fluxo de mercadorias, gerando impactos destruidores para as populações locais e para a biodiversidade nativa.

A mentalidade colonial que perdura até hoje tem se materializado em políticas estatais e grandes projetos que alteram o território, afetando drasticamente a vida das comunidades locais e produzindo mazelas, como, violência, pobreza, genocídios, deterioração ambiental, poluições, segregações, conflitos territoriais, deslocamentos forçados e violação de direitos fundamentais. Mas esta mentalidade também pode se manifestar em atitudes como negacionismo, fake news, ódio aos pobres, racismo, preconceitos, totalitarismo, belicismo e aversão aos direitos humanos.

A seca já sentida por muitas comunidades do Amazonas não constitui uma surpresa, mas é um evento previsto e esperado. Intervenções desastrosas no meio ambiente, exploração irracional e desmedida dos recursos naturais, eliminação de culturas tradicionais de menor impacto ambiental, gestão inadequada das águas e das florestas, prepotência humana frente às outras formas de vida, expansão crescente da pecuária e desmatamento. São algumas das práticas largamente realizadas e até incentivadas pelo Estado, sem nenhuma preocupação ambiental. Diante de tudo isso não é possível dizer que a seca na Amazônia é um fenômeno natural. Ao contrário, ela foi produzida, prevista e anunciada.

A ausência de políticas de prevenção às queimadas, a flexibilização das leis ambientais, a urbanização antiambiental, morosidade na demarcação das terras indígenas, a poluição e o assoreamento dos corpos hídricos, a falta de educação ambiental, a desvalorização dos bens comuns, a expansão dos pastos bovinos e do agronegócio. São intervenções humanas que desencadeiam um cenário propício à destruição das florestas e consequente poluição aérea mediante a queimada, trazendo efeitos negativos para a população.

Manaus e o sul do Amazonas tem convivido cada vez mais frequentemente com esse problema, sem ver nenhuma atuação eficiente do Estado e da prefeitura. Na época da estiagem, Lábrea, Humaitá e Manicoré convivem com fumaça de queimadas feitas em propriedades rurais e em áreas griladas. A poluição do ar também é percebida em cidades, como Careiro da Várzea, Careiro e Autazes, municípios com grande quantidade de fazendas e de criação de búfalos.

O cenário de destruição também é favorecido com a liberação para a extração de potássio em Autazes. A empresa Potássio do Brasil obteve do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) as últimas licenças para a exploração da mina de silvinita no município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus. Mesmo questionadas por especialistas, essas licenças permitirão o início da exploração de potássio no Amazonas. Com as atividades, comunidades indígenas estão em risco e as águas da região serão poluídas, contribuindo para baixa qualidade de vida, mas isso não importa para a mineradora que busca a todo custo ampliar os seus lucros.

Este cenário desfavorável à vida não poderá mudar enquanto não alterarmos também o modelo predatório de desenvolvimento, que avança sobre a Amazônia causando desigualdade e destruição ambiental.

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