Ataque de fazendeiros fere 10 indígenas Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul

Ambulâncias prestam socorro a indígenas Guarani e Kaiowá gravemente feridos em ataque de jagunços às retomadas de Douradina. Foto: Divulgação/Aty Guasu

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05 Agosto 2024

Ataque aconteceu após saída da Força Nacional da região de Douradina; no Paraná, indígenas Ava Guarani afirmam que vão “resistir até última gota de sangue”.

A informação é publicada por ClimaInfo, 05-08-2024.

Enquanto o ministro Gilmar Mendes propõe “conciliar” o inconciliável – o inconstitucional marco temporal –, a violência contra os Povos Indígenas continua escalando. Em Douradina (MS), um ataque armado de fazendeiros deixou 10 indígenas Guarani-Kaiowá feridos. E no Paraná, indígenas Ava Guarani continuam cercados por fazendeiros após retomarem parte de seu território, invadido por fazendas.

O ataque na Terra Indígena Lagoa Panambi, em Douradina, ocorreu no início da tarde de sábado (3/8), informaram o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Segundo o CIMI, as agressões começaram logo após a saída de agentes da Força Nacional do local, que chegaram a dizer para um dos indígenas “pega teu Povo e sai daqui ou vocês vão morrer”, antes de deixar a região, informa O Globo.

Dos 10 indígenas feridos, três continuavam internados no domingo, mas sem risco de morte, segundo informações da equipe médica fornecidas a representantes do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério dos Povos Indígenas (MPI). A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) mobilizou o atendimento e precisou de apoio do Corpo de Bombeiros com ambulância para deslocar a Dourados os feridos com mais gravidade. Depois de pressões, a Força Nacional voltou para a área, segundo o CIMI.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, condenou os ataques aos Guarani-Kaiowá e disse que o governo procura alternativas para garantir o território desses Povos, segundo a Folha. “Ali há um problema grave. Na década de 60, aquelas áreas foram destinadas pelo Estado a produtores, sejam médios ou grandes. Mas o compromisso do governo é de dar uma resposta para um dos Povos mais perseguidos, inclusive com violência e eliminação dessas comunidades”, disse.

A situação também continua tensa no Paraná. Cercados por ruralistas e caminhonetes desde que, em 5 de julho, retomaram parte de seu território ancestral sobreposto por fazendas no oeste do Paraná, indígenas Ava Guarani afirmam que vão “resistir até a última gota de sangue” aos despejos determinados pela Justiça, relata o Brasil de Fato.

Em julho, os indígenas fizeram sete retomadas dentro da área já delimitada, mas com processo demarcatório estagnado, da Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá. Acatando o pedido de fazendeiros, o juiz João Paulo Nery dos Passos Martins, da 2ª Vara Federal de Umuarama, emitiu seis ordens de reintegração de posse.

O Globo, Metrópoles, Estado de Minas, Diário do Centro do Mundo, UOL, Terra, Campo Grande News repercutiram o ataque contra os indígenas.

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