Pantanal em chamas 2: incêndios ameaçam modos de vida dos “guardiões” do bioma

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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05 Julho 2024

INPE registra 224 focos nos 3 primeiros dias de julho, dobro de todas as queimadas no mesmo mês de 2023 e metade da média histórica.

A informação é publicada por ClimaInfo, 05-07-2024.

“A gente estava tentando se recuperar do incêndio de 2020, que devastou nosso Pantanal. Não estávamos totalmente recuperados e agora enfrentamos isso de novo.”

O desabafo de Virgínia Paes, de 53 anos, presidente da Associação de Mulheres Produtoras da Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra, reforça o drama que Comunidades Tradicionais do Pantanal estão enfrentando diante dos incêndios recordes que estão devastando o bioma. A APA fica a 7 km de Corumbá (MS), que concentra dois terços dos focos registrados este ano.

Além da biodiversidade, os incêndios ameaçam os modos de vida dessas pessoas, que são os verdadeiros “guardiões” do Pantanal, destaca o UOL. No mês passado, um enorme incêndio devastou a ilha do Bracinho, em frente à APA, onde 28 famílias vivem da exploração sustentável dos recursos naturais. As chamas não cruzaram o rio, mas a fumaça afetou a saúde e a rotina da comunidade.

“A única coisa que separava a gente era o rio. O fogo estava do outro lado, devastando tudo. [Com a fumaça do incêndio] a gente não conseguia respirar direito”, acrescenta Virgínia, brigadista voluntária treinada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo)/Ibama para atuar na comunidade, que tem 11 brigadistas.

Tudo indica que não haverá trégua do fogo em julho. Dados do BDQueimadas do INPE mostra que apenas nos primeiros três dias deste mês houve 224 focos de calor no Pantanal. É metade da média histórica, iniciada em 1998, de incêndios no bioma no mês de julho, de 441 focos. E praticamente o dobro de todas as queimadas de julho em 2023, detalha o MetSul.

Enquanto isso, aumenta o medo dos moradores de Corumbá de perderem tudo ou adoecerem, relata O Globo. “É caótico. Respiro fumaça o dia todo”, contou Érica Cristina, dona de um bar à beira do rio Paraguai que ficou coberto de fuligem devido a um grande incêndio na semana passada do outro lado do curso d’água.

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