16 Mai 2024
A reportagem é publicada por Religión Digital, 11-05-2024.
É “evidente que cada vez menos pessoas estão dispostas a aceitar este modo de vida em relação à profissão sacerdotal. No nosso país, o ministério sacerdotal está praticamente à beira da extinção”. Estas são as declarações de Klaus Pfeffer, vigário geral da diocese alemã de Essen, ao jornal Rheinische Post de Düsseldorf, onde é a favor do fim do celibato obrigatório para os padres. Para muitos sacerdotes, desistir do casamento e da família é um fardo e leva à solidão, especialmente na velhice, acrescentou na entrevista, relatada pelo portal Katholisch.
Na sua opinião, o fim da obrigação do celibato é concebível porque, caso contrário, o sacerdócio seria cada vez menos relevante, como acrescentou na entrevista onde também comentou outras questões eclesiásticas controversas. Por exemplo, ele considera que o acesso das mulheres aos ministérios ordenados é o próximo passo que a Igreja Católica Romana deve dar.
Atualmente existe uma forte massiva a isso. É “uma questão de justiça de gênero, que torna necessário que mulheres e homens na nossa Igreja tenham as mesmas oportunidades de exercer ministérios responsáveis e, portanto, também ministérios ordenados”. No entanto, segundo Pfeffer, ainda são necessários “debates acirrados” na Igreja antes que um sacerdócio feminino possa ser estabelecido.
A posição católica de que os homossexuais não podem casar também é polêmica dentro da Igreja e o vigário geral referiu-se a ela na entrevista: "Há pouca vontade de se abrir à constatação de que existem orientações e identidades sexuais muito diferentes, que também são criadas e queridas por Deus", diz ele.
Neste sentido, a indignação causada pela autorização papal para abençoar casais homossexuais após a nota doutrinária Fiduccia supplicans em dezembro passado, demonstra, na sua opinião, quão difícil é encontrar uma solução uniforme numa Igreja global. Pfeffer é a favor de permitir tais bênçãos, mas atualmente não considera o casamento católico realista para gays.