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Todos os países querem fábricas de chips... mas apenas a China controla suas “terras raras”

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27 Fevereiro 2024

As potências globais, lideradas pelos Estados Unidos, conspiraram para subsidiar a indústria de chips, o elemento estelar da Inteligência Artificial (IA). Mas o verdadeiro policial desta corrida geoestratégica é a China e o seu arsenal de “terras raras” das quais são extraídos minerais metálicos para fazer os circuitos integrados.

A reportagem é de Ignacio J. Domingo, publicada por El Diario, 23-02-2024. A tradução é do Cepat.

A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, recita-o como se fosse um mantra: “nossa produção nacional de chips passou de 40% de toda a demanda global para 12% nas últimas duas décadas”. Agora, diz em sua conta X, o ex-Twitter, “estamos mudando o rumo da história”, em alusão à Lei de Chips e Ciência, em vigor desde julho de 2022, e sua dotação de 280 bilhões de dólares para alavancar fábricas de semicondutores. Em sintonia com a Lei de Redução da Inflação (IRA), promulgada apenas um mês depois e que visa criar 1,5 milhão de novos empregos na indústria das energias renováveis em 2030, deverá “devolver o esplendor perdido” neste setor à primeira potência global.

A importância desta norma de proteção dos chips também pode ser vista nos 53 bilhões destinados a facilitar investimentos para atrair a produção de empresas estrangeiras. Além disso, é complementado por controles rigorosos sobre a exportação de materiais e know-how tecnológico made in US para a China. Esta dupla mudança nas regras do jogo representa, de fato, a intensificação do conflito comercial entre a Administração Biden e o regime de Xi Jinping.

Contudo, com o líder democrata, esta tensão assumiu um aspecto mais geoestratégico. Já não se trata de uma luta sub-reptícia, mas de uma batalha aberta pelo domínio tecnológico, dos chips e da Inteligência Artificial (IA), um tridente ao qual Biden e Xi colocaram a placa de prioridade.

A Grande Pandemia foi apenas um parêntese no fornecimento de semicondutores, essenciais para consolidar a Revolução Industrial 4.0 que conecta negócios digitais e sustentáveis. Estes componentes são a engrenagem necessária para que indústrias como a automóvel, a energia, os transportes e, claro, áreas tecnológicas que vão da informática ao audiovisual ou aos videojogos abasteçam em estado de ebulição como o atual.

A demanda [por minerais metálicos] já disparou pela força da inteligência artificial e com uma oferta restrita por falta de chips – Yuchen Huo

Yuchen Huo, analista da Bloomberg NEF, estima que os minerais metálicos necessários para produzir circuitos integrados mobilizarão 10 bilhões de dólares no futuro próximo, um valor similar à soma das economias alemã e japonesa. “A demanda já disparou pela força da inteligência artificial e com uma oferta restrita por falta de chips”. E será apenas o começo, porque a transição energética fará com que este bolo “triplique de tamanho até 2050”.

O embate entre os EUA e a China pelo “Eldorado” do século XXI

Em jogo está a liderança tecnológica global, a alavanca que muda a ordem mundial com maior intensidade. Pode ser que, aos olhos do número dois da Intel, Bruce Andrews, não se trate de “uma medida anti-China”, mas de “uma iniciativa para reconstruir a indústria manufatureira estadunidense que impulsiona a demanda global”. No entanto, o embate geoestratégico entre as duas superpotências é nítido.

Entre outras razões, porque o entusiasmo pela Lei de Chips e Ciência se traduziu em mais de 70 projetos desde que foi aprovada com compromissos de quase 200 bilhões de dólares, segundo a Semiconductor Industry Association. Este lobby insiste no impacto que atingiu no chamado Cinturão da Ferrugem – Michigan, Ohio, Pensilvânia, Virgínia Ocidental e Wisconsin –, que foi duramente atingido pela crise de crédito de 2008 devido às múltiplas sucessões de fechamento de fábricas.

Todos os países querem a sua indústria nacional de chips – Margrethe Vestager

Esta febre nacionalista espalhou-se pela Europa, Japão, Canadá e outras nações de cultura anglo-saxônica, bem como por mercados emergentes como a Índia ou países com extensas fontes de matérias-primas como o Chile ou a Argentina, além da China. Inclusive com alianças envolvidas, como a do Atlântico, lançada para criar coletivamente metade dos processadores do mundo. “Todos os países querem a sua indústria nacional de chips”, reconhece a comissária europeia Margrethe Vestager, que se distancia do apelativo protecionista: são regras – sublinha sobre os fundos de Bruxelas e de Washington – que somente procuram garantir a autossuficiência produtiva e elevar o peso industrial no ecossistema dos semicondutores.

A estratégia dos EUA inclui, não obstante, parceiros como o Vietnã, Filipinas e a Indonésia na Ásia, que formam a Aliança Indo-Pacífico lançada por Biden juntamente com o Japão e a Índia, e que abrigam fábricas de chips dos EUA. No continente americano, Costa Rica e Panamá são os seus dois parceiros regionais históricos.

Tanto a Europa como os EUA seguem a dupla tática de encontrar mercados que promovam o de-risking (minimização dos riscos) devido ao perigo de decloupling da globalização e propensos ao friendshoring ou a escolher deslocalizações em zonas amigas, dois conceitos que foram incorporados, curiosamente, às renovadas estratégias diplomáticas de ambos os lados da passarela transatlântica.

Entretanto, as grandes empresas multinacionais de chips começam a escalar posições no mercado de ações. A Nvidia, com sede na Califórnia, acaba de se tornar a quarta maior empresa por capitalização, ultrapassando a Amazon e a Alphabet, matriz do Google, com um valor de 1,83 trilhão de dólares, valor superior ao PIB espanhol. Atrás apenas da Microsoft e da Apple – que estão avaliadas em cerca de 3 trilhões – e da petroleira saudita Aramco. Também sua rival holandesa ASML está voando na bolsa com suas ações subindo 420% em cinco anos em meio à pressão dos EUA para que deixe de fornecer chips para o gigante asiático, assim como a grande fábrica taiwanesa, a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), que fecha o top ten das maiores empresas da bolsa de valores.

“A China está tentando criar seu próprio mercado tecnológico e de chips e não é a única a tentá-lo!”, alerta Chris Miller, professor de História Internacional na Universidade Tufts, e isso é algo que o G-7 “deveria analisar em conjunto, caso queira garantir para si um futuro desejável e possível de autossuficiência”. Porque “assim como as reservas de petróleo definiram o poder econômico e geopolítico do último meio século, os semicondutores ditarão a ordem global nos próximos 50 anos”.

‘Terras raras’, o maná que conecta os circuitos integrados

Sam Altman, fundador e CEO da OpenIA e criador do ChatGPT, pede investimentos que excedem quatro vezes o tamanho da economia espanhola para financiar a atual escassez de chips. Entre 5 e 7 trilhões de dólares, declarou ao The Wall Street Journal antes de admitir que negocia com o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, a SoftBank ou a TSMC. Uma chamada que parte também do Meta e sua demanda por circuitos integrados destinados à sua linguagem LLaMA.

Altman deixou outro aviso claro aos navegantes: a guerra comercial entre os EUA e a China ameaça a construção de centenas de fábricas de processadores no mundo. O guru da IA considera essencial que seja devolvida a cooperação global para cobrir este “alarmante” déficit. Mas a sua proclamação contrasta com o compromisso de estabelecer clubes de minerais críticos; especialmente os metálicos, cruciais nesta revolução tecnológica. É o slogan da Casa Branca para a Europa. O controle das terras raras evitará futuras vulnerabilidades geoestratégicas – ressalta a Administração Biden –, que aponta a China como o foco das disrupções que colapsaram as cadeias de valor e a globalização desde antes mesmo da Grande Pandemia.

A versão 2.0 [da globalização] exige um recuo manufatureiro que garanta a estratosférica oferta de abastecimento da era digital e das energias limpas e que exigirá, até 2050, milhões de toneladas de minerais – Kevin Book

A decisão americana de realinhar as suas indústrias digitais e sustentáveis gira em torno de uma ideia central: “A globalização 1.0 encontrou nos custos menores do trabalho de ultramar suas amplas margens de lucro e seu elevado valor produtivo”, afirma Kevin Book, diretor-gerente da empresa de consultoria ClearView Enery Partners, “mas a sua versão 2.0 exige um recuo manufatureiro que garanta a estratosférica oferta de abastecimento da era digital e das energias limpas e que exigirá, até 2050, milhões de toneladas de minerais. Do lítio para baterias que alimentam veículos elétricos – e que a China, a grande dominadora das terras raras, já que é fornecedora mundial de 77% desses materiais – ao cobalto que é utilizado em motores aeronáuticos que devem substituir os motores a combustão de querosene”.

Washington selou alianças para reduzir a hegemonia do gigante asiático, como a Parceria de Segurança Mineral (MSP) com parceiros anglo-saxões, europeus e asiáticos, a fim de dotar-se de meios para garantir a transição energética para emissões líquidas zero, esclarece Cullen Hendrix, do Instituto Peterson, o que “exige intervencionismo e benefícios fiscais” que colocam em situação difícil o receituário liberal do passado recente. Entre outras razões, porque a China “passou décadas construindo as suas fábricas e moldando a sua diplomacia com instrumentos capazes de bloquear os condutos de chips para as economias ocidentais”.

A corrida pela descarbonização já revelou a enorme competitividade e o aumento dos preços dos chamados minerais críticos – cobalto, lítio, cobre, níquel, aqueles incluídos como terras raras ou o grafite, básico nas tecnologias verdes – e que “surgiram para transformar cadeias de valor, o capital humano, a propriedade industrial e intelectual e os laços econômicos e geopolíticos de curto e longo prazos”, afirma Joseph Majkut, diretor de Mudança Climática do Center for Strategic and International Studies.

Não se constrói fábricas de chips da noite para o dia ou se garante cadeias de valor em seis meses – Joseph Majkut

A China lidera o fornecimento de 16 minerais críticos, assume a Secretaria de Estado dos Estados Unidos num relatório recente, e em outros 25, como o telúrio, “somos muito dependentes de Pequim, que tem uma vantagem de 20 anos sobre nós e nos passa uma fatura de importação de mais de 90 bilhões de dólares” em 2022. Os EUA não têm toda a capacidade de produção de 17 metais de terras raras, só têm acesso a 50% de outros 30 deles e o déficit de abastecimento de outros 29 “pode conduzir-nos a ameaças econômicas ou contra a segurança nacional”.

“Não se constrói fábricas de chips da noite para o dia ou se garante cadeias de valor em seis meses”, admite Majkut. A corrida aos chips, que também estimulou a produção de armas, “está sob o controle da China”. Entretanto, os EUA, “pelo menos por enquanto, continuam sem resposta para o seu dilema sobre os minerais raros”, tema em relação ao qual o mandato de Trump andou na ponta dos pés.

Leia mais

  • O lítio e o imaginário neocolonial. Artigo de Maristella Svampa
  • “Estamos diante de uma repressão colonial e patriarcal que lubrifica a cadeia da extração de lítio”. Entrevista com Raúl Zibechi
  • Lítio: a corrida pelo ouro branco da transição energética
  • Inteligência artificial: a luta é pelo futuro do Sul global
  • Guerra dos chips: por que os semicondutores bloqueiam a relação entre Estados Unidos e China
  • Semicondutores: a era digital em disputa. Artigo de Vijay Prashad
  • Semicondutores: a nova guerra global
  • Guerra dos Chips: Washington deterá Pequim?
  • “A falta de microchips é a ponta do iceberg do que nos aguarda”. Entrevista com Alicia Valero
  • O governo da China “compra” engenheiros na Ásia para turbinar fábricas locais de microchips
  • O Brasil na “guerra dos semicondutores”
  • EUA-China: um espelho para as principais questões em jogo
  • O singular paradoxo do renascimento chinês

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