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As universidades católicas nos EUA e a guerra Israel-Hamas. Artigo de Massimo Faggioli

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18 Dezembro 2023

"As políticas ligadas ao Ensino Superior estão diretamente ligadas ao futuro do diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos".

O comentário é do historiador italiano Massimo Faggioli, professor de Teologia e Estudos Religiosos na Villanova University, nos Estados Unidos. O artigo foi publicado por La Croix International, 14-12-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

As universidades ainda são uma parte central da vida moral e espiritual dos nossos países ou pelo menos têm sido ao longo dos últimos dois séculos. O estado de saúde das universidades é indicativo da saúde de uma comunidade civil, social e política. Ele atesta o tipo de conhecimento que intelectuais e cientistas propõem às gerações mais jovens e é um barômetro da forma como lidamos com questões profundamente controversas, como a atual guerra entre Israel e Hamas.

Foi interessante observar as reitoras de Harvard, do MIT e da Universidade da Pensilvânia prestarem depoimento no dia 5 de dezembro em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos sobre o antissemitismo nos campi. As três (todas mulheres) foram acusadas de não condenarem suficientemente as manifestações pró-Palestina durante as quais os estudantes gritavam “do rio ao mar”. As reitoras tentaram traçar uma linha tênue entre o que constitui o discurso de ódio e a liberdade de expressão.

Andrew Sullivan, um católico que é um dos comentaristas mais influentes nos Estados Unidos, criticou duramente o desempenho delas perante o Congresso, dizendo que era uma prova do “colapso tóxico da outrora grande Ivy League dos Estados Unidos [uma liga das melhores universidades do país]”.

Uma das reitoras, M. Elizabeth Magill, da Universidade da Pensilvânia, renunciou no dia 9 de dezembro – quatro dias após a audiência no Congresso. O presidente do conselho administrativo da universidade, Scott L. Bok, também deixou o cargo no mesmo dia.

Imitando as instituições da Ivy League

As universidades católicas estadunidenses não fazem parte da “Ivy League”, mas muitas delas tentam imitar essas instituições históricas. Esse é um capítulo da história da entrada do catolicismo estadunidense na corrente dominante, em setores como o Ensino Superior, em que os católicos não eram bem-vindos ou eram totalmente excluídos até meados do século XX. Ficou claro para os reitores de faculdades e universidades católicas que comentar ou não comentar sobre os ataques ao estilo pogrom que o Hamas levou a cabo contra os israelenses no dia 7 de outubro significava entrar em uma zona de perigo.

É interessante notar que, até agora, os campi universitários católicos nos Estados Unidos foram poupados das piores controvérsias relativas aos limites da “liberdade de expressão”, do antissemitismo e da islamofobia. As instituições católicas não estão de forma alguma imunes ao aumento de incidentes dos últimos anos e meses, e o catolicismo estadunidenses teve sua própria cota de antissemitas em sua história – em alguns casos, televangelistas como Charles Coughlin alcançaram uma audiência massiva.

Mas a forma como os campi católicos viveram a situação após o dia 7 de outubro e a guerra Israel-Hamas dizem algo importante sobre o papel do Ensino Superior católico e da Igreja Católica em geral.

A maioria das faculdades e universidades católicas dos Estados Unidos foram fundadas no século XIX e no início do século XX. Historicamente, elas ajudaram os católicos, muitos deles imigrantes, a entrar na corrente dominante estadunidense e a subir na escala socioeconômica. No século XXI, os católicos fazem parte das classes superiores e já não são mais forasteiros. Os acadêmicos católicos não têm medo das divisões entre liberais e conservadores ou entre teólogos e bispos. Mas as divisões atuais em torno do antissemitismo e da islamofobia dividem o establishment acadêmico católico, inclusive os acadêmicos católicos liberais, de uma forma não muito diferente daquela que divide o Partido Democrata.

Outra razão pela qual não vemos universidades católicas envolvidas em incidentes nas últimas semanas é que os mecanismos de autocontrole e autocensura estão historicamente bem lubrificados e construídos sobre o sistema das instituições católicas em geral. Em outras palavras, há um senso aguçado da diferença entre o que pode ser dito e o que deve ser dito sobre algumas questões públicas. Curiosamente, isso também parece fazer parte da cultura dos grandes grupos de professores e administradores formados na Ivy League que são contratados pelas universidades católicas.

Por fim, os doadores e ex-alunos católicos conservadores nos Estados Unidos estão mais empenhados em mudar as faculdades e universidades católicas a partir de dentro, afastando-as lentamente do suposto domínio dos liberais-progressistas, em vez de se juntarem aos estadunidenses de direita em seu ataque contra às elites acadêmicas.

Diversidade, equidade e inclusão

Mas há outras razões mais complexas que ajudam a explicar o papel e o valor específicos das instituições católicas de Ensino Superior dos Estados Unidos, e também o que está em jogo para elas, mesmo para além desta crise internacional com efeitos altamente polarizadores em seus campi.

Uma delas é que a cultura acadêmica católica implementou a pauta “diversidade, equidade e inclusão” de uma forma muitas vezes mais cautelosa do que a forma às vezes ideológica que temos visto nas instituições da Ivy League. Isso nem sempre significa manter distância dessa pauta ou mesmo rejeitá-la. Mas significa que as instituições católicas devem navegar constantemente em negociações extremamente delicadas e tácitas entre vozes e partes interessadas diferentes, uma das quais é a Igreja hierárquica.

Reivindicar e manter a liberdade acadêmica e institucional em relação à hierarquia tem ensinado às faculdades e universidades católicas lições que podem ser aplicadas em outras situações. Em outras palavras, ser membro de uma instituição católica ainda transmite uma certa laicidade intelectual saudável, com efeitos estabilizadores contra a tentação de abraçar cegamente os chavões ideológicos do dia.

Outra razão é que as faculdades e universidades católicas nos Estados Unidos tentam garantir que um certo nível de literacia religiosa continue fazendo parte do currículo básico de todos os estudantes e da cultura dos administradores (esta última parte está se tornando mais complicada). Isso significa que ainda existe a capacidade de nos reconhecermos respeitosamente na nossa diversidade religiosa e cultural diferente, sem reduzir as nossas diferenças a uma luta em torno de quem é opressor de quem, e sem fazer disso mais um capítulo das nossas identidades mercantilizadas.

A capacidade de navegar neste momento funciona em grande parte de forma tácita e encarnada, graças a um conjunto implícito de valores comuns que não precisa se tornar uma política escrita por consultores jurídicos e aplicada por administradores. De fato, existem instituições católicas que são conhecidas pelo seu compromisso com a teologia do diálogo inter-religioso e, especificamente, pelos seus institutos para as relações judaico-católicas.

Ao mesmo tempo, também se deve dizer que as faculdades e universidades católicas estadunidense, em sua autonomia de fato em relação à Igreja institucional e ao Vaticano, mantiveram distância da posição do Papa Francisco sobre a guerra Israel-Hamas e de suas críticas fortemente formuladas também ao modo como o Estado de Israel está travando a guerra contra Gaza. É um daqueles raros momentos em que os bispos dos Estados Unidos parecem mais próximos de Francisco do que as lideranças católicas leigas mais liberais dos Estados Unidos.

Abrir as portas aos judeus, mas e os palestinos?

O Ensino Superior católico tem sido mais proativo em ir ao encontro da comunidade judaica estadunidense e em oferecer “um lugar seguro de refúgio” aos estudantes que o procuram. Algumas universidades católicas começaram até mesmo a admitir diretamente estudantes judeus que pretendem se transferir de outras instituições onde se sentem ameaçados pelo antissemitismo.

Mas, em geral, as instituições católicas de Ensino Superior nos Estados Unidos têm sido cuidadosas ao expressar sua opinião sobre a forma como as Forças de Defesa Israelenses estão travando a guerra em Gaza ou a violência perpetrada pelos colonos israelenses na Cisjordânia.

As vozes dos estudantes palestinos e de outras pessoas que criticam a resposta militar de Israel podem ser ouvidas nos campi universitários católicos. Mas os reitores, administradores e professores dessas instituições devem caminhar sobre uma linha muito tênue. Tal como seus colegas nas instituições da Ivy League, eles também têm de lidar com um conselho administrativo, doadores e ex-alunos. É um dos sinais da distância entre os católicos no Oriente Médio, incluindo o primeiro cardeal de Jerusalém, e o establishment católico estadunidense, que agora lida com uma transição geracional e cultural da velha geração de clérigos masculinos majoritariamente brancos e freiras majoritariamente brancas para uma liderança mais diversificada, especialmente em campi universitários.

O catolicismo estadunidense juntou-se à corrente principal dos Estados Unidos (ou ao que resta dela) e podemos ver uma certa unidade entre as elites católicas em relação à guerra Israel-Hamas, que se alinha em grande parte com o establishment da política externa dos Estados Unidos. A forma como os campi católicos estão respondendo à guerra pode fortalecer o vínculo entre católicos e judeus. Mas o diálogo com o Islã talvez terá de começar do zero, não importa o quanto tenha progredido durante o pontificado do Papa Francisco.

A Igreja Católica ainda tem muito a fazer para proteger e desenvolver seu ensinamento sobre o diálogo inter-religioso, a religião e o nacionalismo, e a paz e a guerra, especialmente em países como os Estados Unidos, onde o legado do Vaticano II está em perigo. Foi chocante, mas não surpreendente, ver os discursos antissemitas dos católicos tradicionalistas que responderam aos comentários que o bispo Robert Barron – o prelado católico dos Estados Unidos mais ativo nas redes sociais – publicou no X (o antigo Twitter).

Mas há um papel e um potencial específicos que a Igreja Católica e suas instituições de Ensino Superior podem ter no nosso debate nacional e internacional sobre a guerra Israel-Hamas e nestes tempos de inimizade absoluta entre israelenses e palestinos.

É claro que tudo isso estará em risco se as faculdades e universidades católicas decidirem reduzir e eliminar programas e cursos de teologia e estudos religiosos, e continuarem imitando o jogo que está sendo jogado pelas ilustres instituições da Ivy League.

Leia mais

  • Papa Francisco, lutando contra a bronquite, apela por “um novo cessar-fogo” na guerra entre Israel e o Hamas
  • Israel-Hamas: danos colaterais. Artigo de Marcello Neri
  • Conflito Israel-Hamas é um trauma para gerações. Entrevista especial com Dawisson Belém Lopes
  • A trágica e teatral guerra no Oriente Médio. Entrevista especial com Paulo Visentini
  • “Entre a paz e a vitória, a razão não é de quem mata mais”. Entrevista com Felice Scalia
  • “O Hamas não é apenas terrorismo, e Israel errou na resposta.” Entrevista com Lucio Caracciolo
  • “Há um genocídio em Gaza. É preciso que permaneçamos humanos.” Entrevista com Refat Sabbah
  • Israel-Palestina: verdades incômodas. Artigo de Marcus Schneider
  • O êxodo. Artigo de Domenico Quirico
  • As políticas e as quimeras que semeiam a morte na terra de Jesus. Entrevista com David Neuhaus
  • O problema do antissemitismo atual. Artigo de Andrea Zhok
  • Diário de guerra. Artigo de Riccardo Cristiano
  • O homem, a mulher e a guerra. Artigo de Anita Prati
  • Irã pede a Francisco que use sua influência para deter o “genocídio do século” em Gaza
  • Os tormentos de um Papa provado. Artigo de Angelo Scelzo
  • Resfriado diplomático, o papa fala com o Irã e deixa os rabinos esperando. Artigo de Francesco Peloso
  • Irã, Rússia e China. As três peças da guerra mundial contra o Ocidente
  • O silêncio do Vaticano sobre os “Acordos de Abraão”
  • “Em Gaza já não há vida nem sonhos. Mas não vamos sair daqui”. Entrevista com Mahmoud Mushtaha
  • “A origem da violência em Gaza está na ideologia racista da eliminação dos nativos”. Artigo de Ilan Pappé
  • Palestina-Gaza. Emergindo da guerra para gerar vida. Entrevista com o cardeal Pierbattista Pizzaballa
  • Horror de Gaza. X - Tuitadas
  • Por um despertar da razão diante dos escombros do conflito. Artigo de Luigi Ferrajoli

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