01 Dezembro 2023
As repercussões da guerra no Oriente Médio afetam também a nação filipina, especialmente porque há milhares de emigrantes filipinos que trabalham em vários países do Oriente Médio. Havia reféns filipinos detidos pelo Hamas em Gaza: durante a trégua dos últimos dias, o Hamas libertou primeiro um filipino (bem como dez cidadãos tailandeses), enquanto hoje, 29 de Novembro, o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. Babadilla, mulher filipina sequestrada pelo Hamas, confirmando que não há outros reféns filipinos nas mãos do grupo islâmico.
A reportagem é publicada por Agência Fides, 29-11-2023.
Mas a atenção nacional não se concentra apenas em Gaza: há agora numerosos marinheiros, incluindo 17 filipinos, mantidos como reféns num navio mercante propriedade de um armador israelense, capturado pelos rebeldes Houthi iemenitas ao largo da costa do Iêmen, no sul do Mar Vermelho, em Novembro de 19º. Marinheiros filipinos estão a bordo do cargueiro Galaxy Leader, que foi sequestrado por rebeldes. O Departamento de Relações Exteriores das Filipinas disse que embora o navio seja de propriedade israelense, é operado por uma empresa não israelense e arvora a bandeira das Bahamas.
Desde o início da guerra em Gaza, os rebeldes Houthi têm demonstrado solidariedade com o Hamas, tentando atacar alvos israelenses. Referindo-se a esta situação com preocupação, Dom Ruperto Santos, da associação marítima "Stella Maris-Filipinas", exortou o governo a fazer todo o possível para a sua libertação. “Rezamos constantemente para que os nossos governantes não se cansem de explorar todas as formas e meios possíveis, tentando abrir uma janela para libertar os nossos marítimos raptados”, disse Santos. Santos, bispo de Antipolo, garantiu aos reféns e aos seus familiares as suas orações durante “esta situação dolorosa e problemática”. “Estamos próximos dos seus familiares e dos seus entes queridos, que sofrem, isso causa-nos uma tristeza imensa: mas colocamos este assunto nas mãos de Deus”, disse, informando que os capelães da rede “Stella Maris” vão oferecer intenções de oração durante a celebração da missa pela libertação dos reféns. “Oramos fervorosamente a Deus e confiamos ainda mais Nele para que nossos marítimos sejam salvos e voltem para casa em segurança”, afirmou.
A apreensão do navio mercante de propriedade israelense pelos Houthis no Mar Vermelho chama a atenção dos noticiários para outra frente do conflito no Oriente Médio e mostra como essa guerra pode produzir efeitos regionais. Os Houthis, que controlam o norte do Iêmen e a parte da costa voltada para o Mar Vermelho, declararam todos os navios ligados a Israel que passam pelo Mar Vermelho como “alvos legítimos”. O navio Galaxy Leader, com uma tripulação de 25 pessoas, navegou da Turquia para a Índia e está associado à "Ray Car Carriers", fundada por Abraham Ungar, empresário israelense e proprietário da "Ungar Holdings Ltd", empresa líder na construção campo em Israel. Os Houthis estão entre os vários grupos que, na região do Oriente Médio, declararam a sua luta ao lado dos palestinos.
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Liberdade para os reféns filipinos no Mar Vermelho, uma nova frente de guerra: o apelo de um Bispo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU