• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A urgência do cruel agora. Artigo de Gilberto Natalini e Marcus Eduardo de Oliveira

Mais Lidos

  • O oxímoro que articula o título da entrevista está na base das reflexões que o autor traz sobre levarmos a sério o pensamento e os modos de vida dos Outros, não por acaso nossos povos indígenas, cuja literatura e a antropologia são caminhos que levam a novos horizontes

    A saída para as encruzilhadas no Antropoceno está não em nós mesmos, mas em nós-outros. Entrevista especial com Alexandre Nodari

    LER MAIS
  • Israel condena Gaza à fome: "Comemos folhas de árvores ou capim"

    LER MAIS
  • Antes de Deus. Artigo de Raniero La Valle

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

04 Setembro 2023

"Agora, superar essa tendência de destruição do planeta (...) se consolida como o grande desafio ecológico diante de todos nós. Ponto decisivo, muitos convergem para a necessidade de soar o alarme. E tudo indica que devemos começar por repensar nosso jeito antropocêntrico (quer dizer, o impacto ecológico de nosso influente modelo de crescimento)", escrevem Gilberto Natalini e Marcus Eduardo de Oliveira.

Gilberto Natalini é médico-cirurgião, vereador por cinco mandatos na Câmara Municipal de São Paulo. Foi secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente (2017) e candidato a governador do Estado de São Paulo pelo Partido Verde, em 2014. Atualmente, ocupa o cargo de secretário do Clima da cidade de São Paulo.

Marcus Eduardo de Oliveira é economista, professor e ativista ambiental. Mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP). É autor de Civilização em desajuste com os limites planetários (CRV, 2018), entre outros.

Eis o artigo.

Mudam os tempos, não os costumes. Na era do Antropoceno, nos países do Sul Global, tem sido comum encontrar uma espécie de “armadilha” relativamente simples de entender: para quitar dívidas (cada vez mais insustentáveis) contraídas junto às nações mais ricas do Norte Global e às poderosas instituições financeiras (forças que majoritariamente criaram a atual crise ambiental e climática), países pobres e vulneráveis, dependentes e acuados, continuam investindo em combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) para gerar renda e assim se livrar dessas pendências.

Ocorre que a persistência dessas dívidas, “base de uma nova forma de colonialismo”, nos dizeres do coletivo Debt Justice, cria para as nações pobres – as que mais sofrem com as mudanças climáticas – inúmeras dificuldades para descarbonizar a economia em larga escala, notadamente a partir do uso de energias sustentáveis, crucial para evitar mais perdas ambientais (assunto que merece atenção urgente) ao longo desse século, tanto quanto cria obstáculo para se construir um padrão de desenvolvimento mais inclusivo. Mina, portanto, a viabilidade dessas economias.

Mas, claro, não é só isso. No mundo de hoje, no jogo de interesses do capitalismo contemporâneo, há mais ações engendradas pelo lado rico do mundo que impõem pesado fardo às nações pobres. Seja por conta do deslocamento de atividades poluidoras às regiões mais carentes, e em muitos casos transformando para sempre essas regiões; seja pelo excesso de lixo eletrônico que Europa e América do Norte, em especial, fazem chegar com facilidade ao continente africano, por exemplo, notadamente para Nigéria e Gana. Na Nigéria, estimativas dão conta de que, a cada ano, 18 mil toneladas de lixo eletrônico (20% vêm de portos da Alemanha e mais de 15% do Reino Unido) ali desembarcam. China e Estados Unidos completam a lista de países poluidores. Já em Acra, a capital dos ganenses, o conhecido lixão, chamado de “cemitério dos eletrônicos”, talvez seja um dos locais mais poluído do planeta.

Em última análise, também a questão do financiamento climático internacional, agora todos nós sabemos, tem se dado em forma de empréstimos (mais de 70% dos recursos oferecidos às nações pobres), e não de doações. Dos 100 bilhões de dólares por ano prometidos a partir de 2020 para os países mais pobres e para regiões atingidas por desastres climáticos, somente 83 bilhões, até agora, tiveram destino certo, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE.

De resto, olhando para o futuro, esforços levantados para enfrentar as ameaças climáticas, “a urgência cruel do agora”, no uso de expressão empregada por Martin Luther King, ainda que proferida sobre justiça social há cinco décadas, continuam seguindo a mesma lógica de sempre. No todo, embora os investimentos globais na transição para energia limpa tenham atingido, em 2022, pela primeira vez cifras acima de 1 trilhão de dólares (31% maior em relação a 2021), isso é quase o mesmo valor investido na produção de combustíveis fósseis, de acordo com refinada análise da BloombergNEF.

Seja como for, isso traduz o velho modelão conhecido que “alimenta” riscos catastróficos do futuro, à medida que mais ameaças surgem, notadamente a partir do aumento das emissões de gases de efeito estufa. Sendo assim, é válido dizer agora que, para sustentar o influente propósito civilizatório que procura fazer do crescimento econômico a solução do mundo, a relação direta entre economia de produção (para muitos, a civilização industrial em si) e recursos da natureza, longe de se buscar o mal menor, nunca foi tão danosa (quer ao planeta, com a transformação de ecossistemas, ou mesmo ao sistema-vida) como tem sido agora.

Em definitivo, tendo em vista que limites naturais nunca foram tão banalizados como agora, a verdade, pesa-nos admitir, é que nos aproximamos de danos ecológicos irreversíveis. Sobram exemplos. Até hoje, como espécie dominante, não hesitamos em destruir de todas as formas possíveis o habitat natural, acelerando de vez o desaparecimento de espécies. Sendo ainda rigoroso na análise, já passou mais de meio século que criamos a mais abrangente crise de redução de biodiversidade.

Agora, superar essa tendência de destruição do planeta (a chamada é forte, mas, contudo, é essa mesma!) se consolida como o grande desafio ecológico diante de todos nós. Ponto decisivo, muitos convergem para a necessidade de soar o alarme. E tudo indica que devemos começar por repensar nosso jeito antropocêntrico (quer dizer, o impacto ecológico de nosso influente modelo de crescimento). Assim como também precisamos renunciar à sedução que a lógica da economia, vale dizer, mais negócios e mais crescimento para mais produção e consumo, sonho da abundância material, exerce em nossa sociedade humana.

No mais, à luz de fortes evidências, é dado perceber que não estamos diante de um capitalismo qualquer, mergulhados num profundo colapso decorrente de perturbações do Antropoceno, sempre em escala massiva, sempre seduzido por novas tecnologias, sempre em busca de crescimento, sinônimo de progresso. Com ou sem tecnologia (fator de produção principal que ajuda a definir nossa época), a verdade aqui, dita sem cerimônias, é que fomos atropelados por um capitalismo de colapso, típica “força” produtora de perturbações planetárias que nos aproxima do ecocídio.

Nessa direção, ao criticar a visão de mundo utilitária, John Bellamy Foster dirá com outras palavras que “no Antropoceno, o capitalismo está criando fissuras antropogênicas nas espécies, nos ecossistemas e na atmosfera, gerando uma crise socioecológica”. Já David Attenborough, nessa mesma perspectiva, não hesita em levantar uma sentença emblemática: “o mundo natural está desaparecendo”.

De tal forma, é com esse capitalismo agressivo e sua gana pelo progresso ilimitado que tem sido construído o que o senso comum insiste em chamar de modelo de civilização. Nesse curso da história, bem se vê, ademais, que os fundamentos ecológicos (o ar, a água, o solo, os oceanos, os recursos pesqueiros, e assim por diante) se encontram num nível de degradação jamais antes imaginado. Bases naturais (ecossistemas do globo) são constantemente deterioradas. E pode ser dito ainda que o mesmo acontece com a pele da biosfera, teia da vida na Terra.

Ora, é difícil prever o que vai acontecer no futuro próximo diante da visão antropocêntrica que coloca o econômico acima do ecológico e a rentabilidade acima do humanitário. Com efeito, a única coisa que sabemos, olhos postos na pegada ecológica das sociedades e na realidade de crise ecológica com a qual temos dificuldade de lançá-la em outra direção, é que o projeto civilizacional está numa encruzilhada.

No ponto em que a sociedade humana se encontra, reverter essa tendência de reprodução da dinâmica capitalista com sua ideia de acumulação (sociedade do rendimento, modelo consumista) que subtrai o capital (recursos da natureza, água, fontes de energia, matérias-primas em geral) na qual a própria economia se apoia, é, decerto, o tema principal a ser colocado na verdadeira agenda de desenvolvimento que, cada um sabe, somente terá viabilidade se, coletivamente, construirmos uma cultura ecológica, pensando exclusivamente no sistema Terra.

Leia mais

  • O modo como tratamos o planeta nos denuncia
  • O potencial do trabalho verde no Brasil. Artigo de Gilberto Natalini, Marcus Eduardo de Oliveira e Julio Tocalino
  • Equilibrar economia, meio ambiente e sociedade. Artigo de Marcus Eduardo de Oliveira
  • ‘A Amazônia não está mais compensando o estrago humano’, constata Luciana Gatti
  • A humanidade se comporta como um gafanhoto, bicho que só come e vive para comer e morre. Entrevista especial com Luciana Gatti
  • Oito gráficos que mostram a situação alarmante da crise ambiental e climática. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Dia da Sobrecarga da Terra: 2 de agosto de 2023. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Concentração de CO2 na atmosfera atinge novo recorde em maio de 2023. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Onda de calor em 2022 causou mais de 61 mil mortes na Europa
  • Não é só o calor: El Niño traz chuvas torrenciais, secas e risco de incêndios
  • Uruguai. Em Montevidéu falta água potável. Artigo de María Noel González
  • Calor extremo já afeta a maior parte da superfície dos oceanos
  • Calor extremo e seca combinados atingirão 90% da população mundial
  • Calor e seca ameaçam a produção agrícola global
  • 559 milhões de crianças e adolescentes já estão expostos a ondas de calor frequentes
  • Ondas de calor extremas podem dobrar até 2050
  • Ondas de calor
  • Antropoceno econômico. Artigo de Carles Manera
  • O apocalipse dos insetos no Antropoceno. Artigo de Ian Angus
  • O Antropoceno e as humanidades. Artigo de Ricardo Abramovay
  • O antropoceno e as humanidades. Artigo de José Eli da Veiga
  • Do “museu do Antropoceno” ao “asilo da biodiversidade”
  • Mudanças de Clima(s): rumo a um conceito “radical” de Ensino de História no Antropoceno?
  • Reconstruindo a ‘humanitas’ e novos sentidos para a vida no Antropoceno
  • Antropoceno e a destruição humana
  • Antropoceno: a Era do colapso ambiental
  • Formas de sobreviver ao Antropoceno

Notícias relacionadas

  • “A valorização do Centro Histórico com o uso social que se pode fazer do Cais Mauá não pode ser reduzida a ganhos econômicos”, diz o sociólogo.

    A cidade (rebelde) da modernidade tardia contra a cidade fordista-industrial. Entrevista especial com Milton Cruz

    LER MAIS
  • O clima bate à porta, já é hora de mudar

    Mudanças climáticas ameaçam a segurança alimentar na América Latina e no Caribe. O artigo é de Washington Novaes, jornalist[...]

    LER MAIS
  • Acordo de Paris sobre o clima é aprovado pelo Plenário e vai à promulgação

    O Brasil deverá ser o primeiro país a ratificar o acordo que visa fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima, [...]

    LER MAIS
  • Já entramos no cheque especial ambiental

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados