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26 Agosto 2023

"Que Weil tivesse um caráter forte e avesso a qualquer forma de autoconsolação, já o tinha entendido o diretor da escola secundária parisiense que ela frequentou antes da universidade: 'imperativo categórico de saia', contam que a teria apelidado. Intransigente no plano ético e hostil no lado pessoal, alérgica a qualquer mínimo contato físico, mas também 'feia e visivelmente suja' (como a definiu Georges Bataille), apesar da sua lucidíssima inteligência e de uma ironia cortante, nunca conseguiu viver relações sociais serenas", escreve o filósofo Paolo Ercolani, em artigo publicado por Corriere della Sera, 24-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

"Sou filósofa e me interesso pela humanidade”, respondia Simone Weil à doutora Broderick, interessada em saber algo sobre ela. "A paciente mais difícil que já tive", a definiu outro médico que a tratou de tuberculose, enquanto ela se recusava a se deixar curar, já convencida de querer "cruzar o limiar", ou seja, acabar a vida terrena (considerada “inabitável”) e ascender a uma outra dimensão. A filósofa francesa morreu muito jovem, 80 anos atrás, em 24 de agosto de 1943, com apenas 34 anos. Poucos dias antes, ao entrar no sanatório destinado a hospedá-la enquanto aguardava a morte, deu uma última prova da têmpera de que era feita, comentando sobre o quarto que lhe fora destinado: "Perfeito para morrer!"

Que Weil tivesse um caráter forte e avesso a qualquer forma de autoconsolação, já o tinha entendido o diretor da escola secundária parisiense que ela frequentou antes da universidade: “imperativo categórico de saia”, contam que a teria apelidado. Intransigente no plano ético e hostil no lado pessoal, alérgica a qualquer mínimo contato físico, mas também “feia e visivelmente suja” (como a definiu Georges Bataille), apesar da sua lucidíssima inteligência e de uma ironia cortante, nunca conseguiu viver relações sociais serenas. Testemunha isso outra jovem Simone (de Beauvoir), sua colega na escola onde Weil se formou com as melhores notas finais. Durante uma acalorada discussão entre as duas futuras filósofas, conta de Beauvoir em Memórias de uma moça bem-comportada, ela ficou desconcertada pela violência dogmática com que Weil marcou sua atitude revolucionária, acusando a sua amiga de nunca ter passado fome. O que, aliás, era verdade para ambas, pois Weil vinha de uma família abastada judia não observante. Mas ela sempre ficou do lado dos oprimidos, começando pelos operários da fábrica cuja degradação intelectual ela também denunciou.

Há algo extremamente atual em Weil que identifica o homem livre naquele que pode empregar a sua inteligência e criatividade no seu trabalho, enquanto o homem escravo é obrigado a trabalhar por poderes que lhe são alheios e para fins que certamente não são os seus. Se a isso acrescentarmos a sua idiossincrasia pelos partidos políticos (mas não pelos sindicatos revolucionários), seu ascetismo religioso nunca curvado para nenhuma Igreja, o seu pacifismo extremo que em determinados momentos resultou funcional até para os objetivos expansionistas de Hitler ("a paz não deve ser sacrificada nem mesmo que se trate de salvar um povo revolucionário da destruição”, escrevia com ecos que chegam até os nossos dias), entendemos porque Simone Weil também se tornou um ícone daqueles que identificam um poder oculto e sinistro em cada esquina.

Obviamente Simone Weil foi muito mais. Entre os pouquíssimos filósofos da história do pensamento que sujaram as mãos com a humanidade rejeitada em carne e ossos. Não apenas em sua atividade de enfermeira na guerra ou de operária na linha de montagem, mas também quando teve a coragem de denunciar que “neste mundo, só aqueles que se sentem humilhados ao extremo, aqueles que não têm nenhum peso social, mas que aos olhos de todos perderam a própria base da dignidade humana: só eles podem dizer a verdade. Todos os outros mentem."

Se filósofo é quem busca a verdade, o grito de Simone Weil constitui uma bússola imprescindível.

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