Se não agora, quando? Artigo de Danilo Di Matteo

Jovens em manifestação pelo clima. (Foto: Callum Shaw | Unsplash)

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

07 Agosto 2023

"Bem, esses jovens parecem nos dizer: se não agora, quando? Se não nós, quem?", escreve Danilo Di Matteo, médico e filósofo italiano, em artigo publicado por Settimana News, 06-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Maurizio Belpietro zomba das revoluções do passado, marcadas pelo sangue e pela violência, que, no entanto, representaram basicamente o resultado da incapacidade dos poderes constituídos de se renovarem de forma adequada. E depois as aproxima às iniciativas, fundamentalmente não violentas da geração millenial destinadas a combater eficazmente as mudanças climáticas e, de forma mais geral, a deriva autodestrutiva da humanidade.

Na realidade, parece-me que a "revolução verde" promovida pela geração "Greta" se inspire implicitamente no rabino Hillel, que viveu entre o século I a.C. e o século I da nova era: “Se eu não for por mim, quem o será? E, se eu for só por mim, que serei eu? E, se não agora, quando?" (Talmude). Uma frase que condensa um universo: o indivíduo, a sociedade, o devido tempo.

Sim, o kairós, aquele dos gregos e aquele bíblico. Como recorda Giacomo Marramao num livro-entrevista ao jornalista Francesc Arroyo, segundo o Evangelho de Mateus (capítulo 16, versículos 2 e 3), Jesus disse, respondendo aos fariseus e aos saduceus: “Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro.

E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?” E acrescenta o filósofo: “A virtude cardeal da política reside toda – precisamente – na capacidade de apreender os sinais dos tempos", no identificar o tempo oportuno, o kairós.

Bem, esses jovens parecem nos dizer: se não agora, quando? Se não nós, quem?

Leia mais