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Novo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé sinaliza uma enorme mudança na Igreja Católica

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20 Julho 2023

"Com esta ousada nomeação curial [de D. Víctor Manuel Fernández], o papa elevou um colaborador-chave a uma posição de extraordinária influência, ao mesmo tempo que institucionalizou ainda mais seu compromisso com a sinodalidade, a pastoralidade da doutrina e os ensinamentos do Concílio Vaticano II", escreve Richard R. Gaillardetz, professor de Teologia Sistemática no Boston College e organizador, com Thomas Groome, e Richard Lennan, de Priestly Ministry and the People of God: Hopes and Horizons (2022), em artigo publicado por National Catholic Reporter, 19-07-2023.

Eis o artigo.

A nomeação feita pelo Papa Francisco de seu colaborador argentino de longa data, dom Víctor Manuel Fernández, para ser o novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, marca a nomeação curial mais importante deste pontificado de 10 anos. A nomeação é digna de nota tanto por quem foi nomeado quanto pela ousada articulação do papa de um novo mandato para o notório dicastério.

Muitos apoiadores de Francisco ficaram desapontados ao longo dos anos por sua relutância em nomear figuras para a liderança da Cúria mais de acordo com sua visão de Igreja. Frequentemente, ele parecia muito disposto a permitir que os críticos da Cúria de seu ministério papal (por exemplo, o cardeal Gerhard Müller e o cardeal Robert Sarah) permanecessem no cargo. Desta vez, no entanto, o papa nomeou um apoiador entusiasta de seu programa reformista para presidir um dos departamentos curiais mais poderosos.

Não sem surpresa, os simpatizantes da agenda papal de Francisco saudaram a nomeação de Víctor Manuel, que trabalhou em estreita colaboração com o então cardeal Jorge Bergoglio na redação do Documento de Aparecida de 2007. Dom Víctor Manuel também contribuiu substantivamente para a redação de três dos documentos mais significativos deste pontificado, a exortação apostólica Evangelii Gaudium de 2013, muitas vezes chamada de Carta Magna do pontificado de Francisco; a encíclica Laudato Si' - sobre o cuidado da casa comum, de 2015, texto inovador sobre preocupações ecológicas e mudanças climáticas; e a exortação apostólica de 2016 Amoris Laetitia, escrito polêmico sobre o casamento e a família.

Embora a maioria das lideranças da esquerda católica tenha elogiado a nomeação, alguns defensores das vítimas de abuso sexual clerical foram bastante críticos. Anne Barrett Doyle, codiretora do BishopAccountability.org, reclamou sobre a possível má gestão de Víctor Manuel de um caso proeminente de abuso sexual clerical em sua arquidiocese. O próprio prelado admitiu que seu tratamento do caso foi insuficiente. Ele afirma que inicialmente recusou a nomeação do Vaticano porque o dicastério doutrinário também supervisiona casos de abuso sexual clerical, e ele se sentiu insuficientemente treinado para supervisionar um trabalho tão importante.

A maioria dos protestos, no entanto, veio da direita católica. Artigos escritos por Dan Hitchens, editor da First Things, e Luisella Scrosatti, criticaram o arcebispo argentino pelo que os autores afirmam serem sérias ambiguidades doutrinárias. Outros satirizaram um livreto escrito por ele sobre beijos em uma tentativa de alcançar a juventude católica durante seus dias como jovem pároco.

Logo após o anúncio da nomeação, o site National Catholic Register também informou que o próprio Víctor Manuel Fernández havia sido objeto de uma investigação doutrinária pelo dicastério que agora irá presidir. A investigação dizia respeito à concessão do nihil obstat necessário para ser nomeado reitor da Pontifícia Universidade Católica, da Argentina, em 2009. O caso acabaria sendo resolvido e o nihil obstat concedido, cerca de dois anos depois.

Seria impossível tratar adequadamente e em detalhes a ampla gama de críticas feitas contra Víctor Manuel Fernández. Algumas das acusações relativas a questões doutrinárias não reconhecem uma gradação legítima na autoridade do ensino da Igreja. Esses críticos evidenciam precisamente o tipo de dogmatismo que Francisco muitas vezes desafiou. Suspeito que parte da recepção crítica da nomeação se deva a uma espécie de viés eurocêntrico contra o estilo mais pastoral da teologia, evidente em grande parte da obra do arcebispo argentino e comum na América Latina. Afinal, os últimos quatro prefeitos desse dicastério eram teólogos formados nas principais universidades europeias.

De maior significado é o que a nomeação diz sobre o momento atual do pontificado de Francisco. O Bispo de Roma tem quase 87 anos e é difícil imaginar este incansável papa continuando no ritmo atual por muitos anos. Parece cada vez mais que as próximas assembleias do Sínodo sobre a Sinodalidade em Roma, em outubro de 2023 e 2024, fornecerão o desfecho deste pontificado, a pedra angular de um papado comprometido em concretizar a visão ainda não realizada do Concílio Vaticano II.

Nos últimos anos, vimos Francisco dobrando o tipo de mudança institucional necessária para liberar todo o poder da sinodalidade. Quase um ano e meio atrás, o papa promulgou sua tão esperada constituição sobre a reforma da Cúria, Praedicate Evangelium, abrindo finalmente os cargos de primeiro escalão da Cúria para leigos e leigas. Após anos de acenos amplamente simbólicos para uma maior inclusão de mulheres na tomada de decisões da Igreja, o papa expandiu dramaticamente o papel das mulheres como participantes com direito ao voto nas próximas assembleias sinodais. E agora ele nomeou, como prefeito do departamento mais poderoso da Cúria, um homem ideal para apoiar o trabalho da sinodalidade.

Para que não haja dúvidas sobre o significado dessa nomeação, o anúncio veio acompanhado de uma carta pública a dom Víctor Manuel Fernández Fernández que apresentava uma articulação dramaticamente nova do mandato do dicastério doutrinário do Vaticano.

Já se passaram séculos desde que a Santa Inquisição Romana se envolvia em suas infames medidas draconianas para preservar a integridade da doutrina católica. No entanto, nas décadas anteriores ao concílio, o grande teólogo da ressourcement, o dominicano Pe. Yves Congar, ainda poderia comparar o "Santo Ofício" à sua experiência com a Gestapo como prisioneiro de guerra. Mesmo nas décadas após o concílio, a então Congregação para a Doutrina da Fé foi amplamente criticada por não honrar o ensinamento conciliar sobre a hierarquia das verdades e por não fornecer os devidos processo legais aos teólogos investigados por possíveis erros doutrinários.

Em sua carta pública, Francisco reconhece os "métodos imorais" frequentemente empregados pelo dicastério no passado. Certamente, o Dicastério para a Doutrina da Fé (renomeado em Praedicate Evangelium) deve permanecer comprometido em defender "o ensinamento perene da Igreja", embora, acrescenta o papa, isso também deva incluir ensinamentos magisteriais mais recentes.

O Papa acredita que o encorajamento de um pluralismo responsável de teologia, filosofia e prática pastoral, quando aberto à obra reconciliadora do Espírito, é muito mais eficaz na preservação da doutrina da Igreja do que "qualquer mecanismo de controle". A seu ver, o recurso frequente a medidas punitivas pode ter feito mais mal do que bem. Isso está inteiramente de acordo com a ênfase consistente de Francisco na pastoralidade fundamental da doutrina. O Santo Padre acredita que a doutrina deve sempre servir ao querigma cristão básico, que é o "mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário", como escreveu na Evangelii Gaudium.

O papa reorienta a missão do dicastério em torno dos principais ensinamentos conciliares sobre a primazia do diálogo, o desenvolvimento dinâmico da tradição e a hierarquia das verdades. O citado departamento deve afastar os teólogos de uma "teologia de mesa", encorajando, em vez disso, o conhecimento teológico colocado em diálogo com a vida da Igreja e com as preocupações do mundo moderno (Gaudium et Spes, parágrafos 21, 23, 43, 92). A teologia deve abordar "as questões colocadas pelo progresso das ciências e pelo desenvolvimento da sociedade".

O papa lembra a dom Víctor M. Fernández que a teologia deve ajudar a Igreja a crescer em sua compreensão da revelação divina (Dei Verbum, 8). Com um aceno ao ensinamento conciliar sobre a hierarquia das verdades (Unitatis Redintegratio, 6), ele insiste que o dicastério também deve permanecer atento a "uma ordem harmoniosa entre as verdades de nossa mensagem".

Com esta ousada nomeação curial, o papa elevou um colaborador-chave a uma posição de extraordinária influência, ao mesmo tempo que institucionalizou ainda mais seu compromisso com a sinodalidade, a pastoralidade da doutrina e os ensinamentos do Concílio Vaticano II. E com o anúncio de 21 novos cardeais, incluindo dom Víctor M. Fernández, as ações recentes de Francisco aumentam a possibilidade de que seu programa reformista possa continuar após o próximo conclave papal, quando for.

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