07 Julho 2022
O arcebispo de La Plata, Víctor Manuel Fernández, amigo do Papa, lamentou durante uma homilia que há católicos que "estão felizes porque o joelho de Francisco dói e ele tem pouco tempo em seu papado".
“Parece inacreditável, mas hoje há católicos que não aceitam o que o Papa propõe e ficam até felizes por ele estar doente, e se algo der errado eles ficam felizes, e estão sempre controlando o que ele diz ou faz para dizer que ele estava errado sobre alguma coisa ou, pior, inventam coisas sem sentido", disse ele.
A reportagem é publicada por Valores Religiosos, 05-07-2022.
O arcebispo de La Plata, Víctor Manuel Fernández, lamentou que haja católicos que "se alegram que o joelho de Francisco doa e lhe resta pouco tempo em seu papado" e inclusive alguns "inventaram que ele tinha o dinheiro de Cristina (Kirchner) no Vaticano, (que são) um absurdo inimaginável”. "Até onde vai o ódio?", perguntou D. Fernández, talvez o clérigo argentino mais próximo do pontífice, que foi reitor da UCA quando Jorge Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires e colaborou na redação de vários documentos do atual papado.
Fernández - que já saiu em defesa de Francisco em outras ocasiões - fez essas declarações na homilia da missa que celebrou no domingo, 3 de julho, na catedral de La Plata quando a Renovação Carismática de La Plata empossou sua nova coordenação.
“Parece inacreditável, mas hoje há católicos que não aceitam o que o Papa propõe e ficam até felizes por ele estar doente, e se algo der errado eles ficam felizes, e estão sempre controlando o que ele diz ou faz para dizer que ele estava errado sobre alguma coisa ou, pior, inventam coisas sem sentido para ele”, disse ele. E exclamou: “Que suicídio! É como matar a própria mãe. A ideologia é mais forte que a fé.”
Com base no trecho do Evangelho do dia que diz: "Alegrai-vos com Jerusalém", Fernández destacou que para os cristãos Jerusalém é a Igreja e, nesse sentido, disse que há ocasiões para se alegrar e outras para sofrer e depois em nesse quadro introduziu o pesar pelas críticas de alguns paroquianos ao Papa. “Se nos alegramos com Jerusalém, com a Igreja, também sofremos com ela, e dói-nos ver uma paróquia morta, e dói-nos ver quando não há fervor na Igreja ou quando a Igreja deixa de ser missionária. E porque nos machuca, nos entregamos, colocamos nossas forças a seu serviço”, disse ele.
Ele acrescentou que “sofremos com ela quando ela é perseguida e humilhada, e isso acontece em todos os momentos da história de uma forma ou de outra, não é nada novo. Mas a história mostra que, sendo ela a esposa amada de Jesus Cristo, o Senhor com seu poder sempre a faz renascer”.
"Olha, quando havia papas eleitos pela política, que viviam na opulência, tinham esposas e filhos dentro do Vaticano, não se podia imaginar pior", afirmou.
No entanto, afirmou que “quando parecia que a Igreja estava no fundo, caída na pior corrupção, surgiram artistas maravilhosos que pintaram a beleza e a glória do Senhor, e começaram a surgir grandes santos que renovaram a Igreja. E assim em todas as épocas.” “É por isso que sabemos que quando a Igreja sofre é porque em algum momento algo novo vai nascer, e eu quero fazer parte disso, e você quer fazer parte disso. É por isso que você não fica à vontade, mas coloca seu coração nisso e oferece seus carismas, sua força, seu tempo para evangelizar. Vamos em frente, carismáticos!", animou o arcebispo aos carismáticos.
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O Arcebispo de La Plata, indignado com as críticas ao Papa: “Há católicos que estão felizes porque Francisco tenha pouco tempo de papado” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU