O Papa Francisco precisa operar a perna direita, mas responde: não quero. Ele teme os efeitos da anestesia, que no caso da colectomia foi uma experiência ruim

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25 Mai 2022

 

A verdadeira notícia dada pelo Papa Francisco: deveria fazer uma cirurgia na perna, mas não quer.

 

A reportagem é publicada por Il Sismografo, 24-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Ontem, em Il Mattino, a jornalista Franca Giansoldati, escreveu sobre o encontro entre o Papa e os bispos italianos: "Francisco disse claramente que não quer fazer uma operação, e contou aos bispos italianos que da última vez - quando foi operado para resolver o problema do cólon - teve consequências incômodas após a anestesia. Com o resultado que agora gostaria de evitar retornar à sala de cirurgia. A dor no joelho e no quadril espera resolvê-la com infiltrações e tentando respeitar os conselhos dos ortopedistas, introduzindo o uso da cadeira de rodas em seu cotidiano em Santa Marta. Há alguns dias ele vem aparecendo em público com uma bengala equipada com um tripé para torná-lo o mais estável possível".

 

Hoje, Sandro Magister no Settimo cielo (L'Espresso) retoma brevemente a questão e escreve: "Conversando a portas fechadas com os bispos italianos na tarde de segunda-feira 23 de maio e falando sobre suas condições de saúde, o Papa Francisco teria dito que não pretende de forma alguma ser operado, com uma anestesia que lhe cause problemas na cabeça como após a cirurgia de cólon há alguns meses, a ponto de fazê-lo agora afirmar: ‘Prefiro renunciar que me operar’".

 

Dessas palavras do Santo Padre não há transcrição oficial e certamente o Vaticano nunca dirá nada a respeito. Deve-se considerar, contudo, que não foram nem desmentidas nem recalibradas. Portanto, é possível supor que sejam palavras substancialmente verdadeiras e pronunciadas exatamente assim.

 

Então, a verdadeira notícia não é tanto que o Papa não queira operar a perna direita afetada por artrose do joelho e do quadril (onde, segundo alguns jornalistas argentinos, Francisco muito anos atrás teve a implantação de uma prótese), mas que foi informado pela equipe de médicos que o assistem sobre a necessidade incontornável de se submeter a essa operação.

 

O Papa teria lembrado como uma experiência ruim os efeitos da anestesia geral, administrada por três horas em 4 de julho de 2021, e que teriam se manifestado após a cirurgia.

 

Nos 11 comunicados de imprensa diários do Vaticano (4-14 de julho de 2021) nunca foram mencionados e, portanto, não está claro a que o Papa estava se referindo.

 

Parece muito mais plausível que os desagradáveis “problemas na cabeça" - na realidade tenham sido os pesados incômodos que causam os analgésicos bastante potentes que são usados nas primeiras 48 horas do pós-operatório.

 

Se a situação é a que se pode deduzir das palavras do Santo Padre, significa que para o futuro próximo a agenda papal é muito incerta, em particular no que diz respeito às viagens anunciadas (Sudão do Sul, Congo Democrático e Canadá).

 

Se o Santo Padre foi informado pelos médicos de que deve ser operado, é claro que as infiltrações não são consideradas uma solução para estabilizar a situação.

 

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