As tentações do ministério [2]: anafetividade. Artigo de Domenico Marrone

Tentação de Cristo (Foto: Vince Fleming | Unsplash)

26 Abril 2023

"Ser padres anafetivos é uma blasfêmia. Sim, a verdadeira blasfêmia, hoje, é trair a humanidade, é não dar um futuro, é não concretizar a esperança. A humanidade do padre é o primeiro sacramento. Não se deve esquecer que a frieza, a distância, a anafetividade são sinais do clericalismo que, por sua vez, revelam uma instituição anafetiva sem identidade, dedicada apenas a tarefas burocráticas. A anafetividade traz uma grande rigidez. Muitos padres são afetivos virtuais e anafetivos reais", escreve Domenico Marrone, teólogo e padre italiano, professor no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Bari, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 25-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Leia o primeiro artigo da série "As tentações do ministério" aqui.

Eis o artigo.

A anafetividade é uma categoria por meio da qual se descreve um estado de frieza afetiva, que também se manifesta nas posturas e no uso do corpo. A psicologia também identifica um mecanismo de defesa, denominado "isolamento do afeto", que consiste na separação das ideias dos sentimentos originalmente associados.

É aquela modalidade defensiva que faz perder o contato com o sentimento ligado a uma determinada ideia, de forma que uma pessoa pode descrever com precisão um evento traumático sem sentir mais sua carga emocional. O resultado é de quase se assemelhar a um "robô" e os conhecidos a julgam uma pessoa "lúcida e fria". Exibem uma fachada de fria impenetrabilidade e têm dificuldade em se comunicar com quem está à sua frente em nível emocional.

“O frio pode investir, e às vezes de forma mais prejudicial, a verdade da vida. Pode investir e estar relacionado com as relações. Também pode caracterizar a maneira como se gasta os dias e as energias. Portanto, o frio do qual é preciso se abrigar não é tanto ou somente o frio físico do ambiente e das realidades que o habitam. Do frio registrado pela coluna de mercúrio é possível se defender, pelo menos para quem tem os meios. Diferente e menos fácil de enfrentar é o frio que empurra para a perigosa ladeira da indiferença, filha do individualismo. Diferente e menos fácil de enfrentar é o frio de que Alda Merini escrevia “Gostaria de lhe falar do frio do coração, do meu coração de raízes feridas”; quão diferente e menos fácil de enfrentar é o frio da razão que acaba por negar a possibilidade da fé, da alegria e aquela de doar e doar-se”[1].

Sem paixão

É a incapacidade de entrar na sensibilidade do outro e dos outros. Essa incapacidade corre o risco de ser a patologia mais extensa e profunda que adoenta o corpo eclesial, especialmente os presbíteros e/ou as pessoas consagradas. Os ambientes eclesiais geralmente giram em torno de figuras pastorais anafetivas, frias.

De fato, frio é quem não sente paixão, quem se relaciona de forma rígida e distante; frio é quem se recusa a ir ao encontro do outro para verificar possíveis formas de entendimento.

O padre anafetivo leva uma vida "de solteiro" ou "solteirão"[2]. Solteiro é o padre que não gosta de estar entre as pessoas, que se comporta como funcionário, que não se apaixona por suas histórias e sofrimentos, que não se empenha em resolvê-los, que prefere encontros públicos e formais a reuniões privadas, que não mora na casa canônica ou na paróquia, mas vai lá de vez em quando para "prestar serviços" como um empregado ou que se diz sempre cansado mesmo quando realiza apenas um pouco do seu dever e, em nome desse cansaço, organiza passeios e viagens, sem ligar que tantos paroquianos fazem longas viagens todos os dias para ir ao trabalho, que se desdobram para criar os filhos, que aceitam funções duríssimas (e muitas vezes mal pagas) para "trazer o pão para casa", que vivem períodos massacrantes quando um membro da família adoece...

E assim a castidade corre o risco de se tornar uma armadura afetiva com a qual o celibatário se revestiu para o Reino ou uma anestesia que foi injetada nele. Consequentemente, não se consegue mais demonstrar um alegre afeto por alguém, não se consegue mais decodificar os sentimentos dos pastores da Igreja, e estes por sua vez são incapazes de conhecer, de compartilhar as dificuldades e os sofrimentos dos fiéis comuns e também dos homens e mulheres não-cristãos que encontram.

Corre-se o risco de se tornar incapaz de sentir e compartilhar o que arde no coração dos outros; anafetividade, porque o vínculo com Cristo é aquele de um amor morno; anafetividade, porque os irmãos estão longe e já não se conhecem mais como o pastor conhece as ovelhas (cf. Jo 10, 14.27).

Anafetividade adestrada

Os padres, ou melhor, muitos padres – podemos mesmo dizer - correm o risco, não por natureza ou por vocação, mas pela educação que lhes é imposta no processo formativo, de serem "anafetivos" incapazes de sentir ou expressar afeto em situações ou condições em que normalmente é sentido. Muitas vezes falta uma educação sentimental no seu caminho de formação. Essa falta de formação para os sentimentos ainda afeta a alma dos padres e revela uma má educação emocional.

A exaltação constante da racionalidade sobre a emoção gera uma incapacidade sistemática de aceitar qualquer forma de atividade emotiva e uma total ausência de empatia, uma inabilidade estrutural de se colocar no lugar dos outros imaginando o que eles podem sentir em consequência das nossas ações.

É um traço constitutivo da “personalidade clerical” de “anafetividade adestrada” que se manifesta também como uma incapacidade de se colocar, justamente, no lugar dos outros.

A atitude muitas vezes predominante nos padres que não conseguiram superar a anafetividade é um querer sempre manter as distâncias, um medo de expressar abertamente seus sentimentos. O temor de que a expressão de um afeto ou mesmo um contato físico na cotidianidade da vida de paróquia possa ser mal interpretado.

Aprende-se a amar na concretude de determinadas situações, não em abstrato. As amizades são uma necessidade para as pessoas, não um luxo. Em vez disso, a obsessão pela equidistância gera frieza emocional.

Muitas vezes na Igreja as relações aparecem ocasionais, nunca se tornam história, são interrompidas e logo esquecidas, e a gratidão, a surpresa, o coração que palpita pela presença do outro são quase impossíveis de encontrar. Por quê? É uma falta de qualidade humana, de "estofo" humano? Será pelo fato de as pessoas serem educadas para serem diáfanas, às vezes "sem carne"? Será por que a vida eclesial se burocratizou tanto que já não há tempo para a amizade transparente e pura, para os encontros gratuitos, mas repletos de alegria?

Para um jovem padre

A este respeito, é necessário citar Padre Milani, no centenário de seu nascimento. Ele afirmava: “As professoras são como os padres e as prostitutas. Rapidamente se apaixonam pelas criaturas. E se depois as perdem, não têm tempo para chorar"[3]. A um jovem padre que costumava visitá-lo dizia:

“Veja, Mário, o padre deve criar para si afetos humanos verdadeiros, eu quase diria carnais. Do contrário, como viverá aquele que renunciou a constituir uma família com o casamento? Ou sai procurando mulheres ou se apega ao dinheiro. De qualquer forma, é um desesperado. Eu tenho família, não tenho problemas afetivos e não sofro de solidão. Em vez de dois, três, cinco filhos, Deus me deu dezenas deles. Eu quero bem a essas pessoas e elas me querem bem. Se um de nós fica doente, todos nos preocupamos. É mais que uma família. Deus não poderia me dar mais. Ao anoitecer, trazido pelo vento, ouve-se o barulho das lambretas que levam para casa os trabalhadores ou alguns dos rapazes mais velhos que desceram à vila para alguma tarefa. Posso dizer se é a motocicleta do pai de Giancarlo ou de algum garoto. Sinto pena quando aqueles da Cúria me oferecem uma nova paróquia, talvez de cidade, maior e mais prestigiosa que esta; como se viessem libertar alguém que é obrigado a ficar aqui e dar vida a quem está prestes a morrer. Eles acham que me agradaria trocar essas montanhas pela cidade. Sim, eu poderia até fazer isso, mas neste caso não iria embora sozinho, levaria todos comigo. Eles não sabem o que significa amar"[4].

Para Pade Milani, a relação é fundamental.

Em primeiro lugar, é tal se for vivida na máxima transparência (criticando também "a própria empresa") e na totalidade da própria pessoa. Com a intensidade das relações pessoais. Milani é contra a falsidade de um amor universal.

A intensidade, por sua vez, torna-se fidelidade à relação com a qual a confiança se renova continuamente, inclusive e principalmente nos momentos de crise e de fracasso, que um verdadeiro professor nunca transforma em sentimento de culpa ou transfere para os alunos como juízo e desapreço, mas sabe como aproveitá-la como uma oportunidade preciosa para se deixar questionar. Sempre reencontrando no fundo esperança e equilíbrios saudáveis.

Em terceiro lugar, a relação nunca é possessiva. Para dom Milani o objetivo principal da escola é a entrega à vida de homens e cidadãos soberanos. Sem timidez – como se insiste desde o início da Lettera a uma professoressa. Solicitando para isso (e não sublimando ou canalizando) uma agressividade saudável.

Mais uma vez somos levados a pensar em Sócrates, mas também na capacidade de Padre Milani de nos dizer aonde conduz uma relação verdadeira, que valor tem o conflito, o quanto seja importante a franqueza. E, portanto, como educar verdadeiramente para a paz, que só é tal se for realizada na verdade e na justiça. Tudo isso é o contrário da anafetividade.

Recorda Giovanni Salonia, capuchinho e psicoterapeuta: “a relação será a chave do terceiro milênio; [...] concretiza-se e regenera-se quando cada parceiro deixa gradualmente os sapatos do poder e da sedução, da dependência e da acusação, para entrar numa terra que lhe é desconhecida: a ‘terra de ninguém’ onde nos redescobrimos - finalmente e unicamente - companheiros de viagem. Ali se coloca o coração misterioso e inesgotável do viver juntos, onde se geme para gerar a unicidade que se entrega à relação para dar vida a uma relação que a unicidade acolhe e cuida”[5].

Amor genérico

Os padres um pouco anafetivos correm o risco de amar a todos e a ninguém e só se sentirem à vontade no clube dos poucos eleitos. Essa modalidade anafetiva de relação deveria nos fazer refletir bastante, porque diante de um padre incapaz de amor pastoral para com os fiéis, às vezes se esconde um bispo incapaz de amar o próprio padre.

Os vínculos chamados verticais, onde a hierarquia mais uma vez obviamente não diz respeito ao valor das pessoas, mas à posição intergeracional que elas ocupam e ao grau de responsabilidade que exercem, também vivem e se alimentam de uma substância ético-afetiva. Nesse caso, a dimensão afetiva se expressa na proteção e na confiança e esperança nas possibilidades do outro e a dimensão ética se traduz na responsabilidade para com ele e no empenho educativo.

Não se pode ignorar que a dimensão afetiva permeia praticamente todos os âmbitos vitais de uma pessoa. A comunicação, a reflexão e a relação implicam uma perturbação da quietude afetiva; e isso acontece também no âmbito pastoral, na evangelização e na liturgia.

Assim como o corpo está sempre envolvido nas ações humanas, o mesmo acontece com a psique, e com ela a dimensão afetiva de uma pessoa. Nesse sentido, é somente pela presença de mecanismos defensivos que se pode chegar a uma frieza, a uma impassibilidade por parte de um consagrado.

Afeto e celibato

Pelo contrário, o “celibato encontra a sua raiz sobretudo no afeto ou na faculdade do amor, onde a existência decide manifestar-se como dom”. Saber amar é ter capacidade de benevolência gratuita e de dar um passo antes mesmo que o outro o tenha merecido; é ter a capacidade de estar atento às individualidades, sem por isso cair em exclusivismos; é ter a capacidade de liderar com firmeza, acompanhando as pessoas, sem cair em atitudes meramente consoladoras.

O celibato não é para pessoas anafetivas, mas para homens e mulheres que sabem amar de verdade e, no entanto, tendo renunciado a si mesmos, vivem num dom contínuo. O celibato está a serviço do amor. Aqueles padres que, por medo, não se envolvem em relações, não correm o risco sublime da amizade, efetivamente me causam muita pena e acho que estão perdendo justamente a beleza do celibato que, ao contrário, serve para potencializar as relações, não para reprimi-las, para nos tornar capazes de ternura universal.

“Toda vocação cristã, nesse sentido – agora podemos ampliar um pouco a perspectiva, e dizer que toda vocação cristã, nesse sentido -, é esponsal. O sacerdócio é esponsal porque é o chamado, em Cristo e na Igreja, para servir a comunidade com todo o afeto, o cuidado concreto e a sabedoria que o Senhor doa. A Igreja não precisa de aspirantes ao papel de padres - não, não são necessários, é melhor que fiquem em casa -, mas precisa de homens cujos corações sejam tocados pelo Espírito Santo com um amor sem reservas pela Esposa de Cristo. No sacerdócio ama-se o povo de Deus com toda a paternidade, a ternura e a força de um esposo e de um pai”[6].

Por isso gosto de citar uma página de Romano Guardini, sobre a qual medito com frequência, na qual se fala sobre como Jesus vivia seu celibato. Esse é o meu modelo! É o que eu gostaria de ser, é o que peço a cada padre.

Jesus não tem medo da sexualidade, não a despreza nem a combate. Nunca há um único sinal que possa indicar que ele teve que a reprimir à força. Portanto, poderia surgir espontaneamente a questão de saber se ele era insensível, como certas pessoas que não conhecem nem a luta nem a superação, porque na realidade são anafetivas e indiferentes. Claro que não! O ser de Jesus é cheio de profundo calor, tudo nele vive. Tudo está atento e cheio de energia criativa. Com quanta participação ele se aproxima das pessoas! Seu amor por elas não vem do dever ou da vontade, mas se derrama por si só. O amor é a força fundamental do seu ser. (…)

Mas ninguém descobrirá nessas relações algo como um vínculo secreto ou desejos reprimidos. São expressões de uma liberdade límpida e cálida. Quando refletimos sobre Jesus, descobrimos que tudo nele é rico e vivo, porém todas as suas energias são atraídas para o coração, tornaram-se forças de amor, voltadas para Deus e em fluxo constante para Ele (…) O que justamente constitui a dimensão inapreensível da pessoa de Jesus reside no fato de que a plenitude de suas energias vai assim, sem forçar ou usar de violência, sem distorção, sem desvios maliciosos para Deus e de Deus depois vai para o homem. Que tudo seja, portanto, assim puro e transparente. Dele, que tão pouco falou sobre a sexualidade, emana uma força que pacifica, purifica e domina esses poderes como nenhum outro”[7].

Rigidez ministerial

Por que então alguns padres são tão frígidos e tristes? Nada, nem mesmo um sobressalto? Mas que Deus esses sacerdotes teriam encontrado em suas vidas? De quem seriam testemunhas esses presbíteros, se hoje se encontra mais convicção e cuidado em contar o quanto é bom um iogurte?

“Apesar de todo o seu zelo, tem-se a impressão de que essas pessoas nada irradiam do amor e da bondade de Cristo. Eles não transmitem nenhum entusiasmo. Tudo tem o sabor do pedantismo, da rigidez. São indivíduos meticulosos, desprovidos de alegria, duros no julgamento, cheios de si."[8].

Além disso, a rigidez cognitiva é uma característica das pessoas que não ousam mudar de opinião e são incapazes de aceitar novas ideias alternativas. São prisioneiras de uma espécie de "monoteísmo do eu"[9]. Isso muitas vezes não lhes impede de serem atraentes e fascinantes, em sua imagem de eternos adolescentes que se esquivam de todos os vínculos e se fazem por si mesmos.

Ser padres anafetivos é uma blasfêmia. Sim, a verdadeira blasfêmia, hoje, é trair a humanidade, é não dar um futuro, é não concretizar a esperança. A humanidade do padre é o primeiro sacramento. Não se deve esquecer que a frieza, a distância, a anafetividade são sinais do clericalismo que, por sua vez, revelam uma instituição anafetiva sem identidade, dedicada apenas a tarefas burocráticas. A anafetividade traz uma grande rigidez. Muitos padres são afetivos virtuais e anafetivos reais.

“As três palavras que definem a vida de um sacerdote, e também de um cristão, porque são tiradas precisamente do estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura”[10].

Aprendamos a viver com paixão. Perseveremos na nossa paixão pelo outro, porque não haverá nem colegialidade nem sinodalidade se a frieza das relações persistir na Igreja. O Apóstolo adverte: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fl 2,5), portanto resistamos à anafetividade.

E não se deve esquecer: onde não há afetividade, nasce e cresce o ressentimento, a frustração do clero, o sentimento de inadequação, o descontentamento. Em última análise, precisamente o que nas intenções gostaria de promover a liberdade interior do padre, por um lado é "anafetivo" e leva a trabalhar para uma comunidade ou um grupo "a fundo perdido"; por outro, paradoxalmente inflama o carreirismo. O resultado é que os sacerdotes anafetivos muitas vezes tendem a simular e mentir.

Dom Tonino

O oposto da anafetividade é o calor, “feito de relações nas quais as diferenças não são anuladas e nas quais é possível cultivar responsabilidades vividas com grande paixão. Não importa se “um grande fogo queima dentro de mim, mas ninguém chega para se aquecer nele, e quem passa apenas vê um pouco de fumaça” (V. van Gogh). Isso também pode acontecer!"[11].

Gostaria de concluir com uma oração do Venerável Bispo Tonino Bello, belo exemplo de sacerdote apaixonado, apaixonado por Deus, pelas pessoas e pelos pobres:

Espírito do Senhor, dom do Ressuscitado aos apóstolos do cenáculo, infla de paixão a vida de teus presbíteros.

Preenche de amizades discretas a sua solidão.

Torna-os apaixonados pela terra e capazes de misericórdia por todas as suas fraquezas.

Conforta-os com a gratidão das pessoas e com o óleo da comunhão fraterna.

Restaura seu cansaço, para que não encontrem apoio mais doce para seu descanso que o ombro do Mestre.

Liberta-os do medo de não conseguir ir em frente.

De seus olhos saiam convites a transparências sobre-humanas.

Do coração deles se irradie audácia misturada com ternura.

De suas mãos goteje o crisma sobre tudo o que acariciam.

Faça resplender seus corpos de alegria.

Revista-os com trajes nupciais. E os cinja com cintos de luz.

Porque, para eles e para todos, o noivo não tardará [12].

Notas

[1] N. Galantino, Freddo. Senza amore, em "Il Sole 24 Ore”, 14 de maio de 2017.

[2] Papa Francisco, Discurso aos participantes do Simpósio "Por uma teologia fundamental do sacerdócio", 17 de fevereiro de 2022.

[3] L. Milani, Lettera a una professoressa. Libreria Editrice Fiorentina, Florença 1996, p. 10.

[4] M. Landi, “Tutto al suo conto”. Don Lorenzo Milani con Dio e con l’uomo, San Paolo, Cinisello Balsamo (MI), 2023, pp. 68-69.

[5] G. Salonia, Sulla felicità e dintorni, EdiArgo, Ragusa, 2004, pp. 111-112

[6] Francisco, Audiência de 31 de outubro de 2018.

[7] R. Guardini, Il Signore, Vita e Pensiero - Morcelliana, Milan-Brescia 2005, p. 121.

[8] Rulla M. - Imoda R. - Riddick J., Struttura psicologica e vocazione, Turim 1977, p. 88.

[9] P. Sequeri, La cruna dell’ego. Uscire dal monoteismo del sé?, Vita e Pensiero, Milão 2017.

[10] Francisco, Discurso aos participantes do Simpósio "Por uma teologia fundamental do sacerdócio", 17 de fevereiro de 2022.

[11] N. Galantino, Freddo. Senza amore, em “Il Sole 24 Ore”, 14 de maio de 2017.

[12] A. Bello, Omelia per la messa crismale, 12 aprile 1990, in Id., Omelie e scritti quaresimali, = Scritti di Mons. Antonio Bello 2, Mezzina, Molfetta 1994, p. 76.

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