• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Um livro de memórias de Gaillot, o bispo deposto. Artigo de Francesco Strazzari

Mais Lidos

  • Santander financia grupo ligado a desmatamento no Brasil

    LER MAIS
  • Gaza, novos ataques israelenses: mais de 100 mortos durante a noite. Human Rights Watch: “É extermínio”

    LER MAIS
  • Acolher o novo mandamento de Jesus. Comentário de Ana Casarotti

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

14 Abril 2023

"Gaillot não se movia um centímetro de suas posições. Ele certamente não era um herege (Card. Coffy), mas algumas das suas atitudes causavam mal humor e descontentamento. Ficou claro que ele queria seguir seu próprio caminho de cavaleiro solitário, evangelicamente teimoso e obstinado. Foi impedido pela Santa Sé. O Papa João Paulo II assinou a ordem de remoção. A Conferência Episcopal Francesa sofreu o golpe de não ter tido capacidade para gerir o caso".

O comentário é do cientista político italiano Francesco Strazzari, professor de Relações Internacionais na Scuola Universitaria Superiore Sant’Anna, em Pisa, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 13-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Nascido em 11 de setembro de 1935 em Saint-Dizier, diocese de Langres, foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1961, consagrado bispo de Evreux em 1982. Visitei-o várias vezes em Evreux e sobretudo em Paris. Ele morava na rue Cardinet, 131, em um apartamento simples e digno, onde havia instalado a base de sua atividade.

Ele foi destituído da autoridade em 13 de janeiro de 1995 e continuou a empenhar-se entre as pessoas mais desesperadas e a lançar suas mensagens por uma Igreja, que – repetia sempre – não se fazia entender pelas pessoas. Lembro-me de seu rosto de homem bom. Sorriso doce e olhos brilhantes. Nunca me deu a impressão de ter aquela força dentro de si que o havia imposto à atenção das mídias por anos.

Em diálogo com João Paulo II

Em 1996, um ano após seu afastamento, eu o encontrei ainda sereno, cordial, sempre desejoso para regularizar a sua situação o mais rápido possível. Ele havia se encontrado com o Papa João Paulo II em Roma, antes do Natal de 1995.

“Foi um encontro pastoral de um bispo com outro bispo. O papa demonstrava muita simpatia e fraternidade. Ele queria saber como eu estava e como estava vivendo. Ele me ouviu. Eu disse a ele que estava morando em uma casa de ocupação em Paris com pessoas despejadas. Uma vida de rua apaixonante e difícil. Eu não queria mudar de caminho. Ser bispo de Partenia, sede titular, era magnífico. Disse-me: “Mas Partenia não existe!”. Eu respondi: “É isso que é interessante. Como não existe, pode estar em todo lugar e todos podem fazer parte”. Ele olhou para mim e disse: "Felizmente não há muitos bispos como você". Eu respondi: “Sim, é verdade”. Então ele me disse: “Sabe, os bispos me dizem que você aparece muito, demais, na mídia”. "Ouça - respondi -, tento imitar o senhor". Depois sorriu: “Mas eu nunca assisto televisão”. “Nem eu”, respondi. "Espero que a televisão tenha lhe prestado um serviço".

Depois conversamos sobre várias outras coisas. Ele acrescentou: “Vá visitar a cúria, o prefeito da Congregação dos Bispos. Precisamos regularizar a situação, não pode ficar assim”, repassando a questão à administração da Cúria.

Em Reims, depois da missa, o papa veio tomar o café da manhã no refeitório do seminário. Ele veio diretamente para o café e depois saiu quase imediatamente para descansar. Aproximando-se do assento reservado para ele, parou na minha frente e pegou meu braço. Ele me sussurrou: 'Que Deus lhe abençoe' e foi embora”.

Recusando-se a trabalhar nas prisões e no hospital de Longjumeau, Gaillot continuou a trabalhar entre os despejados, "sans papiers", as pessoas mais marginalizadas:

“Por que procurar em outro lugar uma solução? Na verdade, devo agradecer ao Vaticano pelo que está fazendo. Nunca imaginei que estaria ligado a tantas pessoas marginalizadas. Considero tudo isso uma graça. Falei com os bispos sobre tudo isso. O diálogo é aberto. Certamente, não estou procurando uma diocese".

Por que removido?

Muitos de nós nos perguntamos o que Gaillot havia feito para ser removido de Evreux. O “dossiê Gaillot” foi aberto em 1987 em duas frentes: a Nunciatura Apostólica de Paris e a Conferência Episcopal Francesa. O próprio Gaillot me confessou que cartas desaprovando seu comportamento chegavam continuamente à nunciatura. Gaillot naqueles anos era, sem dúvida, uma personalidade que causava discussão. Ele era um cavaleiro solitário.

Mas quando foi obrigado a deixar a diocese de Evreux, ficaram do seu lado muitos bispos da própria Conferência Episcopal, teólogos conhecidos, homens de cultura, que não aprovaram a decisão romana. Houve uma contínua troca de cartas entre a direção da Conferência Episcopal e a Santa Sé e encontros em Roma.

Gaillot não se movia um centímetro de suas posições. Ele certamente não era um herege (Card. Coffy), mas algumas das suas atitudes causavam mau humor e descontentamento. Ficou claro que ele queria seguir seu próprio caminho de cavaleiro solitário, evangelicamente teimoso e obstinado. Foi impedido pela Santa Sé. O Papa João Paulo II assinou a ordem de remoção. A Conferência Episcopal Francesa sofreu o golpe de não ter tido capacidade para gerir o caso.

Por que não bateu o pé se estava convencido de que tal sanção abalaria o país, os fiéis, provocaria protestos, agravaria o clima às vésperas de duas viagens papais à França? Lembro-me do que me disse na época o grande teólogo Yves Congar: “É preciso resolver de maneira diferente as questões e também os conflitos. Além disso, de que adianta confiar uma sede in partibus infidelium (Partênia)? Mas que história é essa? Não lhe parece ridículo?”

Gaillot estava convencido de que era o ministro do Interior francês, Pasqua, quem queria a sua cabeça por causa de um livro que havia escrito contra a lei de imigração.

“Fiquei sabendo disso por um padre que trabalhava na Secretaria de Estado. O Ministro do Interior pressionou a Secretaria de Estado. Eu não acreditava nisso por causa da longa tradição do regime de separação entre igreja e estado. Agora tenho certeza. Certamente não me arrependo de ter escrito esse livro. Hoje vemos as consequências dessa lei.

No máximo, lamento uma atitude que tive no início do meu episcopado: a de ter mediado demais. Eu tentava ir ao encontro de toda a área do catolicismo tradicional. Por exemplo, no lado das escolas católicas: participava de suas manifestações... Não serviu para nada. E também lamento pela declaração conjunta que assinei com card. Decourtray, presidente da Conferência Episcopal em 1989.

Certamente era uma situação difícil; diziam-me para não esticar demais a corda... Lamento, embora no texto tenha me reservado a liberdade de expressão, porque foi percebido como se eu não tivesse permanecido fiel a ela. Em geral, lamento que sempre tentei consertar as coisas durante meu trabalho episcopal em Evreux. Não vai ser mais assim".

Sempre do lado dos pobres

O bispo Gaillot continuou na linha de frente da justiça. Os problemas internos da Igreja o preocupavam cada vez menos: a ordenação de homens casados, o lugar da mulher, a readmissão dos divorciados aos sacramentos, a autoridade do papa e seu serviço, que tanto espaço tiveram em suas acaloradas declarações e em suas frequentes aparições na televisão.

“Meu problema é a justiça. Estamos em uma sociedade e em uma humanidade profundamente injustas. É a zona dos 'sem': sem-abrigo, sem documentos, sem trabalho, sem cuidados de saúde... Os marginalizados. É um problema decisivo. Não se pode ser feliz sem eles; não podemos sair das dificuldades se não estivermos com elas. Meu papel é fazer com que sua dignidade seja respeitada e torná-los atores da sociedade para dar-lhes a palavra”.

Estava teimosamente e lucidamente convencido disso. Quando o encontrava, ele sempre tinha o Evangelho na mão e seus olhos se iluminavam.

Leia mais

  • Morreu o bispo Jacques Gaillot
  • “Gaillot, um homem livre, irmão dos mais pobres e bispo das periferias”. Artigo de Josep Miquel Bausset
  • Morre Jacques Gaillot, bispo que defendia divorciados, homossexuais e imigrantes
  • Natal: uma luz na noite. Artigo de Jacques Gaillot
  • Um mundo sem armas nucleares é possível. Artigo de Jacques Gaillot
  • Jacques Gaillot: Graças às vítimas, nada mais será como antes
  • “A Igreja é chamada a renascer”. Entrevista com Jacques Gaillot
  • "O que mantém de pé um bispo é o povo." Entrevista com Jacques Gaillot
  • “O casamento homossexual não é uma ameaça para a família tradicional”. Entrevista com dom Jacques Gaillot
  • Jacques Gaillot: “O futuro está aberto!”
  • Papa Francisco recebe em audiência D.Jacques Gaillot. 20 anos de exclusão
  • "Não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina". Entrevista com Jacques Gaillot

Notícias relacionadas

  • O Avesso do Claustro: a vida do 'bispo vermelho' em cena

    LER MAIS
  • Causa de canonização de “Arcebispo Vermelho” gera polêmica no Brasil

    LER MAIS
  • Jacques Gaillot: Graças às vítimas, nada mais será como antes

    LER MAIS
  • “A Igreja é chamada a renascer”. Entrevista com Jacques Gaillot

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados