Elementos litúrgicos devem promover a oração e o senso de comunhão, diz o Papa Francisco

Foto: Vatican Media

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16 Março 2023

Os elementos estéticos e artísticos que envolvem a liturgia devem promover a oração e o senso de comunhão, disse o Papa Francisco.

A reportagem é de Carol Glatz, publicada por Catholic News Service, 15-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“O espaço, a luz, a acústica, as cores, as imagens, os símbolos, o mobiliário litúrgico constituem elementos fundamentais daquela realidade, daquele evento, humano e divino ao mesmo tempo, que é precisamente a liturgia”, disse ele em uma mensagem escrita aos membros das Academias Pontifícias.

A mensagem foi dirigida ao cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação e presidente do conselho de coordenação das Academias Pontifícias, que São João Paulo II instituiu junto com os prêmios de tais academias.

A mensagem foi lida em 14 de março pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, durante a 26ª sessão pública das academias, organizada pela Pontifícia Academia de Belas Artes e Letras dos Virtuosos no Panteão. Os prêmios deste ano foram dedicados à arquitetura sacra.

Em sua mensagem, Francisco disse: “Sabemos bem como o ambiente celebrativo é importante para favorecer a oração e o senso de comunhão”.

O tema da arquitetura e dos espaços sagrados “é mais do que nunca significativo e atual, pois o debate sobre as propostas de renovação da arquitetura sacra é sempre vivo e às vezes até vivaz, tendo a árdua tarefa de criar, sobretudo nos novos bairros, seja nas periferias das cidades, seja nos pequenos centros urbanos, espaços adequados nos quais a comunidade cristã possa celebrar dignamente a santa liturgia segundo os ensinamentos do Concílio Vaticano II”, escreveu.

Ele se referiu à sua carta apostólica Desiderio desideravi (“Desejei ardentemente”), de 2022, que insistiu que os católicos precisam entender melhor a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II e o poder e a beleza da missa.

Ele destacou a importância de não perder a esperança de ajudar as pessoas a conhecerem e a compreenderem a linguagem simbólica.

“Não se trata de renunciar a tal linguagem”, escreveu ele na mensagem; “trata-se, antes, de recuperar a capacidade de usar e de compreender os símbolos da liturgia.”

O outro aspecto essencial, escreveu ele em sua mensagem, é que a inspiração da criatividade artística e arquitetônica vem de uma visão cristã que brota “da vida litúrgica, da ação do Espírito e não só da subjetividade humana”.

A medalha de ouro do prêmio das Academias Pontifícias deste ano foi entregue ao estúdio OPPS Architecture, de Florença, pelo seu trabalho de renovação de uma capela em Roma que pertence à Fundação Santos Francisco de Assis e Catarina de Sena.

A medalha de prata foi entregue à arquiteta Federica Frino pelo seu projeto da nova Igreja de São Tomé, em Pontedera, Itália.

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